Apelo a JOSÉ CAMBINDA DALA *
Pois diz
se o mar
daí
da
Luanda
é verde,
azul,
que tom
há de
ser.
Daí
veio
gente
que sem
querer
fez o
povo
deste
Brasil.
Bom foi
a nós,
os
de cá,
hoje,
se bem
sabes.
Parte
do que
aqui
se sabe
e torna
belo
este
Brasil,
veio
das
terras
daí.
Erro
feio
foi
o modo
como
vieram.
À força
bruta,
vieram.
Mas o
nosso
saber
tem a ver
com
os que
daí
vieram.
Comer,
beber,
falar,
cantar,
dançar,
vestir
nosso,
tem a ver
com o que
é vosso.
Brasil,
humor
de tal
riso,
herdou
daí.
Hoje,
aqui
é momo.
Luanda,
anda
Brasil
com teu
som,
ritmo...
Samba!
Ó, poeta,
faz
mindim
sobre
nós,
ainda
que
em vós
haja
nós.
A nós
apraz
que a vós
venha
paz,
rico
porvir.
Assim,
diz em
mindim
o que
achas
de nós
mesmo
que teu
canto
ou teu
verso
seja
feito
d'águas
das
mágoas.
Ó, poeta, faz mindim sobre nós, mesmo que o sentimento sobre o Brasil não seja positivo. Sobre mim, devo dizer que meus ancestrais foram sempre anti-escravagistas e republicanos. Por tal motivo, minha tetravó e meus tios foram perseguidos, ao ponto do exílio, da prisão e de outros castigos por Pedro I do Brasil ou Pedro IV de Portugal.
Pois diz
se o mar
daí
da
Luanda
é verde,
azul,
que tom
há de
ser.
Daí
veio
gente
que sem
querer
fez o
povo
deste
Brasil.
Bom foi
a nós,
os
de cá,
hoje,
se bem
sabes.
Parte
do que
aqui
se sabe
e torna
belo
este
Brasil,
veio
das
terras
daí.
Erro
feio
foi
o modo
como
vieram.
À força
bruta,
vieram.
Mas o
nosso
saber
tem a ver
com
os que
daí
vieram.
Comer,
beber,
falar,
cantar,
dançar,
vestir
nosso,
tem a ver
com o que
é vosso.
Brasil,
humor
de tal
riso,
herdou
daí.
Hoje,
aqui
é momo.
Luanda,
anda
Brasil
com teu
som,
ritmo...
Samba!
Ó, poeta,
faz
mindim
sobre
nós,
ainda
que
em vós
haja
nós.
A nós
apraz
que a vós
venha
paz,
rico
porvir.
Assim,
diz em
mindim
o que
achas
de nós
mesmo
que teu
canto
ou teu
verso
seja
feito
d'águas
das
mágoas.
Ó, poeta, faz mindim sobre nós, mesmo que o sentimento sobre o Brasil não seja positivo. Sobre mim, devo dizer que meus ancestrais foram sempre anti-escravagistas e republicanos. Por tal motivo, minha tetravó e meus tios foram perseguidos, ao ponto do exílio, da prisão e de outros castigos por Pedro I do Brasil ou Pedro IV de Portugal.