Tinha tudo, mais não tenho nada...

Eram 8:03 da noite do dia 31 de Dezembro de 2012.

Eu estava na casa de um amigo usando o Facebook, enquanto ele se aprontava para sairmos numa longa noite de Réveillon.

Foi quando uma desconhecida me mandou um "Oi" pelo chat, enquanto eu vagava pelas paginas vazias do Face. Começamos a conversar, conversar e conversar. O resultado foi que eu resolvi dar um "Feliz Ano Novo" pessoalmente. E pra minha sorte, ela concordou.

Marcamos então um lugar para se encontrar, eu iria ao ponto de encontro a pé, e chegando lá, encontraria ela de carro. Mais, não deu muito certo. Devido a falta de comunicação, por eu estar sem celular, nós não pudemos nos encontrar... Ironia do Destino talvez? Quem sabe...

Voltamos a nos falar no outro dia, comentando do incidente, e remarcamos para outro dia, que também não deu muito certo! Vai entender...

Mais, devido ao meu sangue guerreiro, tentei outra vez. Dessa vez foi com sucesso.

Fui com a fé numa mão e com a ansiedade numa outra. Na barriga um friozinho clássico e na cabeça uma enxurrada de pensamentos. Até que tudo sumiu num piscar de olhos, quando ela apareceu... Com um olhinho meio puxado, um lindo sorriso metálico¹ e com seus negros cabelos soltos.

Conversamos sobre várias coisas, do tipo, desilusões amorosas, sobre ideologias politicas, filosofias desse mundo, etc... O interessante é que tudo se encaixou. Mais de um jeito suave, gostoso de se apaixonar.

No fim do encontro, ela me deu uma carona pra casa, foi quando eu pedi para que parasse o carro, só por um momento e... Com palavras meio enroladas, meio difíceis de sair devido toda a tensão do momento. Conquistei o nosso primeiro beijo. Exatamente as 9:24 da noite, no dia 8 de Janeiro.

É incrível essa reação do coração, quando outros lábios tocam nossa boca. Quando você sente a ligação química sendo transmitida entre duas pessoas, criando uma conexão estável de conforto e felicidade.

Na hora, eu tive certeza... Eu tinha me apaixonado...

Dias passam, nesse meio tempo conversando somente por alguns SMS e mensagens no Facebook, ela me mostrou sua banda preferida. Me fez gostar deles também... - Coisa que eu realmente acha impossível de acontecer, pois nunca tive vontade nenhuma de escutar The Beatles - e depois de muita conversa, marcamos de nos ver novamente...

Dessa vez, eu fui pra casa dela, onde passamos a noite conversando e tentando jogar ao mesmo tempo. O tempo voou rápido, enquanto dávamos varias risadas, e nos distraiamos do resto do mundo. Quando eu fui reparar nas horas, já não passava mais ônibus. O que fez ela me levar pra casa novamente... E dessa vez, pra variar, ficamos de novo.

É interessante notar que, eu não estava gostando dela, pela sua aparência/beleza. O que me cativava nela cada vez mais, era o seu jeito de ser, o seu charme, o seu estilo. Isso tudo combinado com sua inteligencia. Pelo fato de não ser só mais uma que só pensa em novelas, moda e balada. Ela era madura, era dois anos mais velha do que eu. Do jeitinho que eu queria. Tinha certeza de que poderia amadurecer muito com uma pessoa assim... Que me dera, pena que o destino foi irônico mais uma vez...

Continua...

Pedro Hartmanns
Enviado por Pedro Hartmanns em 22/01/2013
Reeditado em 22/01/2013
Código do texto: T4097881
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