Univerbum #011: REVESES E DELISES DA ESTAÇÃO
Anualmente
Há os que
Anual
Mentem.
Promessas
Falácias,
Engodo
Sufragante.
Sufrágios
Visados
Pura mente
Explorada
Espoliada
Engodada
Compra,
Venda,
Votos
Cabresto.
Entr'ano
Sai ano
Nada fazem.
Prevenir?
Pra quê?
Se der voto,
Prevenção,
Do contrário,
Perversão.
Cai chuva,
Cai do céu,
Caem morros,
Gente morre
Ribanceira
Soterrante.
Sorrisos
Eletivos?
Quem sabe?
Ninguém viu.
Descem
morros,
Ex-casas,
Terra invade,
Só terra.
Soterram
Vidas,
Casas,
Bairros.
Cidades.
Passa vida,
Estações,
Primavera
Verão
Cadê obras?
Prevenção?
Nada,
Nada.
Só promessas
Vai devendo.
Perdem tempo
Precioso
Sem planos
Combate.
Catástrofe
Iminente.
Mas ninguém
(Nem aí!)
Vem outono,
Inverno
Novamente.
Que vergonha!
Nada feito,
Tudo feio,
Desabando.
Muita gente
Desabrigo,
Neo-sem terras,
Descem verbas,
Enxurradas
Para obras
Emergentes.
Cadê obras?
História,
Triste história
Se repete.
Muita lama
Das encosta,
Muita lama
Que decide
Nada, nada
Decidir.
Sigo triste
Acabrunhado,
Macambúzio,
Sorumbático,
Coisa feia!
Mal se alastra,
Dor que enxarca,
Que nos mata
De vergonha.
Males cíclicos
Se repetem,
Verba entra,
Entra e sai.
Dor do povo
Só aumenta.