TEMPO
O tempo move-se silencioso
A revelia de pêndulos e ponteiros;
Passam-se dezembros e janeiros;
Do outono parte o vento fogoso;
Chega o verão c’ o sol luminoso
Contra o tempo armam-se lanceiros.
Mas não há quem possa lutar e vencer
Essa guerra certa e intransigente
Que não se vê, mas apenas se sente
Nas faces, no caminhar e sofrer...
O tempo devora imparcialmente
Cada momento, dias ou anos, o querer...
O tempo às vezes corre... às vezes para
Que segredo então pode ou não existir
Para não vê-lo se consumir ou passar ?
O tempo é um jogo que não sei jogar
Vagos momentos que se vive a fingir
A areia da ampulheta é coisa rara...
Tudo o que sei é que quando acordo,
“Não tenho mais o tempo que passou”
Não se para o tempo e desse modo
Em passado o presente transformou
Domá-lo é uma loucura... denodo...
Intrepidez que a si o tempo outorgou...
O tempo move-se silencioso
A revelia de pêndulos e ponteiros;
Passam-se dezembros e janeiros;
Do outono parte o vento fogoso;
Chega o verão c’ o sol luminoso
Contra o tempo armam-se lanceiros.
Mas não há quem possa lutar e vencer
Essa guerra certa e intransigente
Que não se vê, mas apenas se sente
Nas faces, no caminhar e sofrer...
O tempo devora imparcialmente
Cada momento, dias ou anos, o querer...
O tempo às vezes corre... às vezes para
Que segredo então pode ou não existir
Para não vê-lo se consumir ou passar ?
O tempo é um jogo que não sei jogar
Vagos momentos que se vive a fingir
A areia da ampulheta é coisa rara...
Tudo o que sei é que quando acordo,
“Não tenho mais o tempo que passou”
Não se para o tempo e desse modo
Em passado o presente transformou
Domá-lo é uma loucura... denodo...
Intrepidez que a si o tempo outorgou...
Obs: modalidade poética denominada Queiex Esmeraldinus, criada por Bosco Esmeraldo.
( grifo em itálico: verso da música “Tempo Perdido” – composição de Renato Russo e interpretada por Legião Urbana)
Imagem: Google