Decatos Tetraectos #043: VIDA NOVA MANIFESTA *
Extraído da Capo Garimpado*
Bosco Esmeraldo
Ao Ritmo Decatos Tetraectos Lapidado
Rimada ABBA CDDCCD
Ao Ritmo Decatos Tetraectos Lapidado
Rimada ABBA CDDCCD
Alegre está o Sertanejo,
Hoje tem dia molhado,
Chove bem no seu roçado,
Há festa no vilarejo.
A chover, alegremente
O Sertanejo faz festa;
Bom humor se manifesta,
Boa safra certamente
Colhe prazerosamente;
Ser feliz é o que lhe resta.
Hoje bom roçado tem,
Tem alegre o coração,
Grato a Deus em oração,
Louvando e dançado também.
Vai começar a festança.
Zé do fole é convidado,
Encanta com o seu fraseado,
Dedilhando sem mudança.
Todo mundo cai na dança;
Tem aluá e bom guisado.
Lá não tem bebida quente:
Refrigerante e refresco.
Bolo, salgados, pão fresco,
Porque é festa de crente.
Pensei cá, com os meus botões:
Mas que festa mais sem graça!
Isso vai ser uma desgraça,
Vão soltar alguns rojões,
Tenho cá minhas razões,
Vai aquela chalaça.
Mas, por certo, me enganei,
Pois mesmo sem ter cachaça
Ninguém perdeu a graça,
E até eu me animei.
Ninguém de cabeça quente,
A alegria só aumentava,
Pois nenhum se embriagava
Brincavam contentemente.
Eu nunca me diverti
Tanto assim com aquela gente,
Eu quase me converti
De gozo me preenchi.
Eita povo diferente!
Fiquei com aquilo na mente.
Às duas da madrugada,
Eu cheguei em minha casa,
Pisando na benincasa* (* planta indiana, herbácea)
Mas com minh'alma lavada.
Cedo, ao mungir da vaca,
Animado percebi
Porque ontem não bebi,
Eu despertei sem ressaca.
Quis virar minha casaca:
Converter-me concebi.
Voltei à fazenda do amigo,
Pra fazer-lhes u'as perguntas,
E fiz todas elas juntas,
Queria estar em paz comigo.
Bem, que “Jesus é Caminho,
E a Verdade e a Vida”,
Disse-me, “e a paz devida”,
Que nunca estarei sozinho,
Mesmo com pedra e espinho,
O seu amor é sem medida.
Entendi perfeitamente
Tudo o que o irmão quis falar,
Quis a todos propalar
Que agora sou novo crente.
Hoje sei o que é de fato
Servir a Cristo Jesus,
E andar na Santa Luz,
Eu agora sou cordato,
Dos pecados fui perdoado,
E ao Céu Cristo me conduz.
Hoje tem dia molhado,
Chove bem no seu roçado,
Há festa no vilarejo.
A chover, alegremente
O Sertanejo faz festa;
Bom humor se manifesta,
Boa safra certamente
Colhe prazerosamente;
Ser feliz é o que lhe resta.
Hoje bom roçado tem,
Tem alegre o coração,
Grato a Deus em oração,
Louvando e dançado também.
Vai começar a festança.
Zé do fole é convidado,
Encanta com o seu fraseado,
Dedilhando sem mudança.
Todo mundo cai na dança;
Tem aluá e bom guisado.
Lá não tem bebida quente:
Refrigerante e refresco.
Bolo, salgados, pão fresco,
Porque é festa de crente.
Pensei cá, com os meus botões:
Mas que festa mais sem graça!
Isso vai ser uma desgraça,
Vão soltar alguns rojões,
Tenho cá minhas razões,
Vai aquela chalaça.
Mas, por certo, me enganei,
Pois mesmo sem ter cachaça
Ninguém perdeu a graça,
E até eu me animei.
Ninguém de cabeça quente,
A alegria só aumentava,
Pois nenhum se embriagava
Brincavam contentemente.
Eu nunca me diverti
Tanto assim com aquela gente,
Eu quase me converti
De gozo me preenchi.
Eita povo diferente!
Fiquei com aquilo na mente.
Às duas da madrugada,
Eu cheguei em minha casa,
Pisando na benincasa* (* planta indiana, herbácea)
Mas com minh'alma lavada.
Cedo, ao mungir da vaca,
Animado percebi
Porque ontem não bebi,
Eu despertei sem ressaca.
Quis virar minha casaca:
Converter-me concebi.
Voltei à fazenda do amigo,
Pra fazer-lhes u'as perguntas,
E fiz todas elas juntas,
Queria estar em paz comigo.
Bem, que “Jesus é Caminho,
E a Verdade e a Vida”,
Disse-me, “e a paz devida”,
Que nunca estarei sozinho,
Mesmo com pedra e espinho,
O seu amor é sem medida.
Entendi perfeitamente
Tudo o que o irmão quis falar,
Quis a todos propalar
Que agora sou novo crente.
Hoje sei o que é de fato
Servir a Cristo Jesus,
E andar na Santa Luz,
Eu agora sou cordato,
Dos pecados fui perdoado,
E ao Céu Cristo me conduz.