RECUSO!

Ainda que por ti, incandescente apaixonado eu morra,
Outra se aproxime, console, afague e me socorra.
Tenho-te repulsa tal que nem tua voz escuto.
Depois do abandono por vil razão e inesperado,
Tripudiando sobre meu ser em trapos e estonteado,
Junto a mim, soa tua presença como insuportável insulto.

Se ainda por teu despido corpo sinta algum desejo,
Tu'alma vil, impiedosa, vestida de soberba ordinária

Não me permite nem concede infinitesimal ensejo,
Para que te aproximes. És traiçoeira, mil vezes temerária.
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 02/12/2012
Reeditado em 06/01/2013
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