MÁQUINA

ando tão farto destas cores

cansado dos mesmos olhares

perdido nesta razão variante

com o pensamento metalizado

maquinista aterrador

E na falta de luz das falsas energias

se concentra o sumo entorpecente

capaz de ausentar a não existência

onde o vácuo se encontra com a totalidade

e eu continuo aqui, inerte

estático frente o todo operante

com os lábios selados pela verdade

e os olhos furados pelo bom senso

sem rir ou chorar

apenas apreciando o momento maquinário

que a grande técnica nos ensinou

Inoperante ,me oponho à santidade

na pobreza ali imposta

calado, sem forças para temer

a tudo o que me foi ensinado.

Isis Rost
Enviado por Isis Rost em 02/12/2012
Código do texto: T4015946
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