ESCRITA COLABORATIVA NO CLICKIDEIA em http://www.clickideia.com.br/sg/co_Principal.php?tipo=1&idColaboracao=1311&idTrecho=4384&acao=nutilizar&aberto=1&interno=11#Abrir11

Minha história estranha: uma viagem extracorporal

José João Bosco Pereira

Etec Dep. Ary de Camargo Pedroso

Criado em:

08/11/2012, 20:10

Última atualização:

08/11/2012, 20:10

Hoje aqui há uma tentativa simples de partilhar uma ficção: um caso de paranormalidade - uma visão de si ou no passado ou no futuro.

Uma viagem extracorporal.

Estranhamente, trata-se de envolver os alunos no vulcão de pulsões e desejos para visualizar um contato com um ser além ou aquém.

O grotesco ou o fantástico podem ser ingredientes interessantes para a criação literária com os alunos convidados por mim no Etec.

Prof. João Bosco - 08/11/2012

Este espaço é uma boa oportunidade de interação inicial. A palavra puxa palavra. A escrita interativa ou colaborativa acontece de muitas formas, hoje é o espaço virtual nosso motivo de partilhar o verbum – a palavra falada ou desejada - e a seiva da vida que pulsa em cada um(a).

Agradeço as alunas pelo seu sim na ESCRITA COLABORATIVA. COM O TEXTO DE VOCÊS VAMOS FAZER UM ÚNICO TEXTO EM CONJUNTO. TRATA-SE DE COAUTORIA.

DESDE JÁ LHES PEÇO A PERMISSÃO PARA PUBLICÁ-LO NO CLICKIDEIA OU NO RECENTO DAS LETRAS.

O que é Escrita Colaborativa?

Como ela pode ser utilizada nas atividades educacionais?

Descubra as respostas acessando os materiais selecionados pela Equipe do Portal e participando do fórum de discussão dessa etapa do curso!

Assista o vídeo:

http://www.clickideia.com.br/sg/cpFormacao.php?tipo=escrita&etapa=2

Gabri,

Releia o texto inicial do professor acima.

Escreva agora o que quiser... Releia o texto inicial. Continue com imaginação, emoção, criatividade, intuição a visualizar o que achar... é uma viagem extracorporal, paranormal, o espaço nesse retângulo é seu.

Boa escrita. Obrigado. Prof. João Bosco

Thaynara

Releia o texto inicial do professor acima.

Escreva a partir de seu livre desejo. Depois reveja o que escreveu.

Boa escrita. Prof. João Bosco

Thayna

Releia o texto inicial do professor acima.

Boa escrita. Prof. João Bosco

Escreva o que achar interessante e instigante. Reveja seu escrito, corringo-o de tal modo fique de boa qualidade.

Obrigado, Prof. João Bosco

Gabri, Thayna e Thaynara, podem começar do então, visualizando o que quiserem a partir de agora.

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ou

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Funções Título Número de Trechos

Uma história sensível - uma experiência extracorporal 1

Trecho inicial - suspense e realismo fantástico

Uma história sensível

Dias atrás, após uma viagem de dias, retornei à minha cidade. Lembrei-me da colina em que acostumava descansar desde criança. De repente, senti algo estranho a me tocar, virei-me e não acreditei. Pareceu-me uma visão semelhante ao apocalipse. Senti-me um João deslocado no tempo, não mais no Império Romano.

A árvore, debaixo da qual que colocara meu carro, brilhava igual no filme Avatar.

Sorri! Embora tremia tanto. E então, ...

Trecho 2

Thaynara Nogueira da Silva

um calafrio. Uma doce lembrança da infância. Um sentimento de que nunca ouvi falar. Tentei me levantar da cama, mas senti-me sufocado, mais precisamente, uma mão me sufocando. O ser que avistara, fugira, e eu senti na obrigação de correr atrás daquela misteriosa aparição. De repente, um barulho na cozinha, então, levantei-me da cama e encaminhei. Mas espere! Porque estou de pé, se estou deitado na cama? Percebi que eu era um espírito. Porque acontecera isto comigo? Justo eu que não acreditava nessas coisas da alma, em coisa sobrenaturais. Desmerecera a fé no momento em que perdera minha querida filha, que, nos seus primórdios quatro anos, não merecia tamanha brutalidade. Comecei a chorar. Sentimentos como raiva, angustia, saudade, vingança vieram a tona e eu não sabia controlar. Cheguei à cozinha. A mesa estava como deixara dias atrás: migalhas de pão estilhaçadas e copos sujos sobre ela. Há também uma gota de leite que derrubei, e por lembrar-me da morte de minha filha, recusei-me a limpar. Era o leite que eu dava a ela nas noites passadas em claro. Era o leite que eu comprava no supermercado junto da companhia dela. Era ele. O leite, que tantas vezes comparava à formosura de sua pele. E ele estava lá, encima da mesa. Então, porque Aninha também não estava em cima da banca ? Se existe um Deus bom, porque tirou-me ela? A veracidade de não poder ter o que eu quero, me levava a loucura. Deve ser o vinho que tomei. Estou zonzo. A porta abrira sozinha, e então, deixei-me ser guiado por meus instintos. Acreditava em Astrologia e como sou pisciano e ajo muito na base da intuição, deixei-me guiar.

[...]

Porque estou no quintal? Não, Espere! Porque há uma foto de minha filha no chão? Se ao menos pudesse ter dado um funeral descente para minha Aninha.. Ah.. Se ao menos tivesse encontrado seu corpo, para então, me despedir. Mas não, Deus é covarde o suficiente para nem ao menos deixar-me dizer adeus a única pessoa que amei na vida. Subitamente, uma pá caira sobre meus pés. Pá negra, na qual nunca vira antes. Tentei cortar a conexão entre os fatos. O sentimento sobre minha filha e a pá? Mas era inútil. Novamente deixei-me ser guiado pela emoção e comecei a cavar. Cavei até encontrar uma coisa. Encontrei uma coiza. Mas espere. Não é uma caixa qualquer: é a caixa de bailarina que dei a minha aninha.Peguei a caixa com rapidez. Limpei-a. Ao abrir, quão é a minha surpresa ao ver que aquilo que está dentro da caixa era o que eu vinha procurando faz tempo. De súbito acordei. Levantei de fato e fui até a cozinha e qual era minha surpresa ao ver Aninha sentada em cima da mesa. “Aninha , minha filha! Como está? Papai de ama muito, papai sente sua falta. Não sinta medo minha filha. Deus deve ser bom, porque deu-me o direito de ver-te hoje.” E dei um abraço, no qual jamais havia dado antes. Mas ela sumiu, e o que restou foi apenas a caixa com seus restos mortais. Chorei. Sim, eu chorei como nunca havia chorado. No outro dia tratei de resolver o velório de minha filha. Tudo ocorreu bem. Sinti, que, ao mesmo tempo em que a enterrei, seputei meus sentimentos ruins. Da mesma forma que encontrei a caixa, eu me encontrei. Não só me encontrei, como pude ter minha fé de volta. Pude compreender que apenas o que não podemos tocar que é importal. E eu não podia tocar no amor que eu sentia por minha filha. Então, percebi que meu amor por ela era imortal. Assim como sua alma. E enfim, parei de inventar um Deus, e passei a acreditar. Porque a prova de que encontrei o corpo de minha Aninha, era a menor e melhor prova de DEUS existe.

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outra valiosa colaboradora: Gabi do 2A - Etec Ary Pedroso - nov./2012:

http://www.clickideia.com.br/sg/co_Principal.php?tipo=1 Nome do professor: José João Bosco Pereira INÍCIO DA HISTÓRIA no site acima. Uma história sensível - uma experiência extracorporal Uma história sensível Dias atrás, após uma viagem de dias, retornei à minha cidade. Lembrei-me da colina em que acostumava descansar desde criança. De repente, senti algo estranho a me tocar, virei-me e não acreditei. Pareceu-me uma visão semelhante ao apocalipse. Senti-me um João deslocado no tempo, não mais no Império Romano. A árvore, debaixo da qual que colocara meu carro, brilhava igual no filme Avatar. Sorri! Embora tremia tanto. E então, ...

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Continuação: Gabi do @A, Etec Ary Camargo Em cada galho eu pude ver cenas de minha vida, momentos que me marcaram e momentos que havia muito tinham partido de minhas memórias. Não sei quanto tempo demorei observando-a. Ria e chorava de saudades dos momentos que se foram, pessoas que passaram, ensinamentos e conhecimentos adquiridos. Quantas coisas eu não gostaria de reviver, quantas coisas eu não gostaria de consertar. Foi analisando minuciosamente aquela árvore fantástica que em dado momento ouvi um barulho e, ao me virar, deparei-me com um ser pequenino, com cerca de um metro de altura, pele enrugada, porém, rígida, marcada pela sujeira de anos; era de um tom esverdeado, meio desgastado, seus olhos eram de um amarelo vivo, esbugalhados, que pareciam faróis se avistados de longe; o nariz era turvo, o que sugeria que já o houvesse quebrado cerca de duas vezes ou mais. Parecia hiperativo e falava comigo de modo nervoso, zangado; mas eu não conseguia entender nada do que dizia, eram como grunhidos incoerentes; então ele pareceu se dar conta de algo e, com suas perninhas curtas e grossas, começou a correr em minha direção; fiquei paralisado; embora pequeno e aparentemente frágil, aquela criatura mística tinha mais força do que dois de mim juntos. Fui arremessado ao chão úmido com a criatura em meu peito, aqueles olhos ainda mais bizarros vistos de perto. Sem abrir a boca, ele transmitia informações ao meu cérebro através da telepatia e, desta vez, eu consegui compreender o que dizia. Seu nome era Dobby e era um fugitivo de se povo; disse que viviam no mesmo mundo que o meu, porém, no subterrâneo, além de onde qualquer máquina pudesse chegar. Viviam assim como os humanos, em estados, mas com uma única cultura predominante. Dobby era um “fruto proibido”, filho de um membro da elite com um membro popular, o que era terrivelmente mal visto e severamente punido, como se fosse um creme extremamente hediondo. Sua mãe, membro influente, o havia abandonado em um lugar deserto, onde esperava que ele não vingasse. Mas a reputação não era a única coisa que a mãe dele temia perder; ele me mostrou uma imagem, onde outro ser parecido com ele, mas notoriamente do sexo oposto, contava-lhe como ele havia chegado até ela. Pelo que pude entender, a mulher disse que a mãe verdadeira dele havia consultado um oráculo, que apresentou-lhe um enigma e que ela o tinha interpretado de maneira que “se seu filho perdurar até a maturidade, mudanças drásticas acontecerão na vida da elite e da população”. A mãe acreditou que isso fosse um mau presságio e que sua cria deveria morrer para que o mundo permanecesse como estava. Dobby cresceu fora de seu mundo, vivendo às margens de meu mundo e entrando em contato com ideologias de filósofos de diferentes épocas. Viu a evolução dos relacionamentos sociais e quis implantar aquilo em sua nação, queria os mesmos ideais de democracia que “adotamos” hoje. A árvore que eu estava era um portal para que ele retornasse a seu mundo encantado, o problema era que o portal se abria a cada cinqüenta anos em seu mundo, o que equivalia a mil e cinqüenta e três anos no meu mundo. Ao pular em mim, além de conseguir estabelecer contato, ele havia me salvado de entrar em seu mundo, já que, uma vez passados cinqüenta anos lá, quando eu retornasse ao meu mundo, instantaneamente viraria pó. Somente os que buscam mudanças e melhorias são capazes de encontrar aquela árvore, que aparece uma vez, a cada mil e cinqüenta e três anos, ao pôr do sol, e presenteia quem assiste, com lembranças e desejos que já muito ficaram para trás, mas que um dia poderá influenciar seres místicos como Dobby a querer (e talvez conseguir) modificar seu próprio mundo ao analisá-la. Quando a lua estava já bem no meio do céu, a pequena criaturinha simpática se despediu de mim, saltou para fora do meu corpo (e da minha mente) e saiu correndo em direção a árvore, ficando cada vez mais brilhante e se decompondo em minúsculas partículas que se infiltravam no solo. Nisso a árvore foi perdendo toda sua luminosidade e eu tomado cada vez mais pelo sono. Quarenta e dois anos depois ainda tento convencer a minha família (e a mim mesmo) de que tudo aquilo foi real. Certo dia, já velho, viajando com meus filhos, passamos por uma estrada e avistei uma colina. No topo havia uma árvore velha, porém ainda muito resistente, e tive a impressão de que, ao olhá-la através de minha visão periférica, ela brilhava...

FONTE: "gabirovisk ." <gabizinhabob@hotmail.com>

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