Um Gato
- Esta é a historia de um gato, um gato diferente, bem diferente, muito diferente para falar a verdade, começando pela pelagem, com um tom que era entre o marrom e o amarelo, com nuances que ia do siano ao vermelho escarlate, mas, a cor da pelagem não importa muito já que há muitos outros gatos com estas cores por ai... Não é? Pois bem não sei disto. Mas, outra coisa que é intrigante neste gato, é quando ele resolvia cantar...
-Mas, ele canta?
-Oh sim claro, ele canta, algo meio assim, tipo assim:
" Se você fala que sou afinado amor.
Saiba que isto me causa grande
Horror
Só os mais sacanas tem o ouvido
Assim igual ao seu.
Eu possuo aquilo que meus pais.
Me deu"
- Isto me lembrou de uma musica, que minha mãe cantava antes.
- A mim também lembra, mas, sei não, talvez seja uma musica esquecida pela sociedade moderna atual deste mundo de culturas inúteis, mas, pois bem, outra coisa interessante é quando este gato resolve pintar, ele como pintor é uma mescla de Da' Vinci, Picasso, Warhol e Pollock, você consegue imaginar uma Monalisa pintada de uma maneira que é uma mancha de tinta difusa?
-Não consigo imaginar, deve ser algo muito louco.
-Sim, é bem louco, mais até que o Lobão em dia de festa, demorei para assimilar a imagem, na hora que eu vi eu pensei " É possível tal coisa?"
- Ainda não consigo imaginar.
-Nem tente é muito difícil imaginar isto, acho que causaria uma cãibra em sua mente ao tentar tal coisa. Ah sim não posso esquecer de citar uma outra ocasião dele como gato pintor, ele deu uma de Pollock e pulou dentro da lata de tinta e saiu correndo por cima da tela espalhando tinta por tudo e por cima da tela, logo depois ele começou a rolar por cima dela, formando círculos, elipses e piramides tridimensionais e também começou a fazer auto retratos bem no estilo van gogharianos ( nem deve existir esta palavra) e perspectivas de quartos.
-Mas de onde vem este gato?
- Ele vem dai, daqui, por ai, ele diz que veio de um lugar entre ali e aqui, tal como o velho sábio careca baixinho, lembra dele? Se lembra ou não não fará diferença. Ontem ele recitou uma poesia também, alguns versos, não me lembro muito bem deles, mas, eram mais ou menos assim:
" Na minha rua tem piás.
Que cantam seus lás lás lás
A chuva que os golpeia.
Chega até os machucar."
-Era mais ou menos isto, não me lembro muito bem do resto, para falar a verdade não teve resto, foi só isto. Para falar bem a verdade tenho até duvidas se é um gato de verdade...
-Mas, quando você o achou?
-Ontem de noite, este gato me fez companhia a noite inteira e se foi agora cedo...
-Foi para onde?
-Não faço a minima, mas, para falar a verdade acho que nem havia gato nenhum... quando eu percebi estava sozinho, igual sempre..
-Ah sim, agora tenho que ir, até mais cara, depois nos falamos.
-Até...
...
...
...
...
-Bem, sozinho de novo, vou ver se tem mais daquele doce na geladeira...