Rio Guaporé (TAUTOCRÓSTICO)

Rio Guaporé(TAUTOCRÒSTICO)

R io radiante, revolucionário

I ndígenas indomáveis, exploratório

O primidos, omitidos, oscilatório

G overno, generalizou, geral

U surparam,usufruíram, usuram

A mofinaram alheios, almas abalaram

P ermitiram posses, penalisaram

O bstante, obrigaram, ocultaram

R eivindicaram raizes

E rros efetivados endossaram...

Anjopoesia

Observação:

Rio Guaporé conhecido pelas suas florestas tropicais e praias.

O rio Guaporé: o sétimo dos Sete Rios é o maior desafio

Esse rio pertence ao sistema fluvial da Bacia Amazônica, nasce nos descampados do alto da Chapada dos Parecis (MT), deságua no Rio Madeira já em território brasileiro.

O vale do Guaporé inunda as planícies na cheia, criando um belo pantanal no sul de Rondônia.

Com o rio alto, encontraremos: Pintado, Jatuarana, Apapá, Matrinxã, Pirarara, Jundiá, Pirapitinga, Tambaqui e Cachorra. Já com o rio baixo, teremos o valente Tucunaré e o Pacu-caranha, além dos outros que ocorrem o ano todo.

O minhocuçú, é uma isca muito apreciada pelos Pintados e Tambaquis, porém não são encontradas na região, sendo então necessário leva-las de seu ponto de origem.

Forma a fronteira com a Bolívia, onde se estende uma imensa floresta tropical, intocada. Em 2004, como também em 2006 e 2007, ao fazer o reconhecimento aéreo, tivemos a sensação de estar visitando um jardim secreto onde a natureza ainda vive em paz. Mesmo do ar, víamos os botos pulando!

Na sua história foi por cerca de cem anos o maior complexo missionário da América meridional.

Esse quadro foi alterado nas primeiras décadas do século XX, quando foram erguidos numerosos “barracões” para a exploração de borracha e caucho na margem direita do Guaporé, mas cujos proprietários eram em sua maioria bolivianos. Sobretudo a partir da década de 1930, quando a demanda por borracha aumentou no contexto da II Guerra Mundial, o contato se intensificou e muitos povos tiveram suas aldeias invadidas, sofreram epidemias e não raro foram obrigados a abandonar seus territórios para se instalar nos “barracões”, onde ocorreram vários casamentos entre membros de etnias diferentes, colaborando para a dissolução dos grupos.

O contato com os brancos lhes trouxe a morte por doenças.

Além da morte por doenças "de branco", para as quais não tinham defesa em sua medicina tradicional ou nas "pajelanças", o contato lhes trouxe também a morte pelas armas de fogo, sobretudo em conflitos com madeireiros, jagunços, garimpeiros, entre outros.

Somem-se a isto os atritos com outros grupos indígenas regionais pela posse da terra, na medida em que esses povos perdiam seus territórios para os brancos. Assim, chegou-se a um momento em que o número de mulheres era muito superior aos homens e, na estrutura social dos Kanoê, já não havia mais como realizar os casamentos. As mulheres passaram então a se casar com homens de outras etnias (Aikaná, Jabuti, Mekém, Makurap, Cujubim etc.) e seguir seus maridos. A desintegração final do grupo se deu por ocasião da morte do último tuxaua, pai de Teresa Piraguê, pois já não havia um homem habilitado, de acordo com as tradições kanoê, para ocupar o posto do falecido.