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ESTIAGEM¹
 


O velho e sempre novo estio
massacra dos sertões o solo
e põe-se tudo mais sombrio.
 


A seca cíclica castiga,
cá, no Nordeste, polo a polo:
chaga das glebas tão antiga.
 


Sem água, eis todo o flagelo:
andam-se léguas para achá-la.
 


Contudo, um drama não se cala.
Seco o Nordeste, e quão é belo!
 

Fort., 26/10/2012.
 
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¹Outro poema de feições estróficas
e rímicas à maneira esmeraldina. O
que vale dizer, segundo a proposta
estética do poeta Bosco Esmeraldo,
porém lhe fugindo à métrica, pois,
aqui, demos ao texto uma  roupagem
em versos octossílabos.

 

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 26/10/2012
Código do texto: T3954173
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