Poesia - Um Oásis em nossas almas (Bosco Esmeraldo)

Cronto nublar #125: A CLASSIFICAÇÃO

Amin e Roos visitam Od e Susana

Susana, como sempre, preparando o café da manhã, de celular no bolso do avental no viva voz a tocar MP3. Uma seleção de louvores da Harpa Cristã que o Od havia pré-selecionado. Um mixdown que ele próprio fizera e mixara com especial carinho para a sua querida esposa. Ela sempre coloca o MP3 do celular em viva voz para ficar atenta a algum chamado dos filhos ou do portão.

[Susana]: Benzinho! Acho que um carro parou ao portão.

[Od]: Tá, meu Meu Bem! Vou descer e ver quem é.

Od passa rapidamente a camiseta por dentro do short e desce a escada amarrando o cordão, para impedir deste cair pelas pernas. Na porta da varanda, calça as sandálias para cruzar as vielas contornadas de cerca viva de pitangueiras apinhadas de frutos cor de vinho, a convidar à colheita.
Lá do portão ouve uma conversa a meia-voz e suspeita serem o Amin e Rúshia (Roos):

[Amin]: Quem estará aqui na casa do Od?

[Rushia]: Esquisito! Não tenho a menor ideia! Olha lá! Parece o Od se aproximando.

[Amin]: É mesmo ele. OOOOd, meu Primo! Que cê tá fazendo por aqui? Pensei que estivesse na Suíça ou África do Sul.

Od abre-lhe o portão e dá-lhes um forte abraço e pensa: “A Susie não vai acreditar!”.

[Od]: Mas olha! Quem diria! E eu pensava: “Por onde andam o Amin e a Rushia? Não tínhamos a mínima ideia. Vamos entrando que a Susie acaba de por a mesa pro café. Entrem! Entrem!

Enquanto caminham pra dentro, vão colhendo pitangas fresquinhas, ainda molhadas pelo orvalho da madrugada. Chegam a estalar a língua de tão doces e sabor exótico da pitanga. Tiram os calçados e os deixam na soleira da porta e entram descalços. Chegando à copa, a Susie os recebe com muita alegria. Lavam as mãos e sentam-se à mesma, farta como sempre. Od dá a honra ao Amin de elevar ao Senhor as graças por nosso desjejum.

[Amin]: Hummmmmm! Há tempo que desejava esse sabor típico nordestino. Esse beju está bom demais. Ooh! Lá em Brasília não encontrei uma goma fresca pra Rushia fazer uma dessas por lá!

[Susana]: O que você disse? Ouvi bem, Brasília?

[Rushia]: Isso mesmo! Nos mudamos para lá, desde julho passado. E Vocês? Quando voltaram da Suíça?

[Susana]: Deixem de brincadeira, primos! Nós não estávamos na Suíça nem na África, como vocês costumam dizem, mas em Brasília. Tivemos que nos mudar pra lá, para tratamento de saúde. Um longo tratamento e ficaria muito dispendioso se permanecêssemos em Crato. E vocês, Por que se mudaram para lá? Em qual cidade satélite vocês estão morando?

[Amin]: Deixem de brincadeira, dizemos nós! Até parece que vocês estão relatando a nossa história! É coincidência demais! Só falta-me dizer que o problema também é com a visão.

[Od]: Eita, Deus! Até parece que vocês e nós somos as mesmas pessoas. Vão bem dizer que estão morando Recanto das Emas, Quadra........

[Rushia]: Ó pra isso, Amin! Bota coincidência nisso. Moramos tão perto e nem sabíamos! Agora é que vão dizer que somos carne e unha, as mesmas pessoas. Ah, se eu soubesse que vocês estavam ali morando já teríamos feito uma visitinha. Sentimos muito sua falta. E vocês? O que vieram fazer aqui?

[Od]: Viemos saldar alguns negócios e por nossa casa em uma imobiliária para que aluguem o nosso imóvel e depois voltarmos para dar seguimento ao tratamento da Susie. Não vão me dizer que vieram cá pelo mesmo motivo!

[Rushia]: Meu Deus! Se não fosse bem da bola, diriam que estaríamos em crise de identidade. (Com as costa da mão esquerda na ilharga, e com a direita espalmada pra cima e apontando na direção minha e da Susie) Ó pra isso, Amin! É coincidência demais! Assim vão dizer que somos irmãos corsos, univitelinos ou, na pior das hipóteses, estaríamos em crise de identidade. Eu não estou em crise e muito menos vocês.

[Amim]: Deus tenha misericórdia de nós. Sabe quem encontrei outro dia na Casa Bahia comprando um quarto de casal? E não era aquele ilusório com cama caixão, ou "box", se quiserem ser snobes.

[Od e Susana]: Quem? Quem?

[Amin]: O Split e esposa.

[Od]: Não! 'stás brincando! Quer dizer então que já saiu o último pau de arara?

[Susana]: Só falta o motivo ser de saúde!


[Amin]: Nem perguntei sobre. Enquanto isso, aproveitamos para entrar no RL e curtir a maior euforia em termo de novos estilos ou experimental, como o Recanto assim classificou. Assim, ajudando-te nessa campanha para que atinjas a quota exigida pela administração, estou divulgando entre os amigos.

[Od]: Ah, Primo! Sou-te muito grato! Enquanto você divulga o Sonidilho, vou aqui também fazendo a minha parte. Falando um pouco da Palavra de Deus, homenageando algum amigo e assim vamos propagando os nossos estilos. A Margareth com seu Canzoneto e a Luna, com o MINDIM que, por sinal, são estilos bem agradáveis, tanto de criar, quanto de ler e sempre abençoando todos quantos eu puder abençoar.

[Amin]: É verdade. O Daniel Fiuza recentemente criou o seu Fiuzix e outros estilos em parceria com a Lully Ferrário e você, dentre vários, o SONIDILHO que está como os outros, sendo a coqueluche do momento.

[Od]: Valeu, Amin! Se todos os amigos assim agirem, certamente alcançaremos a quota alvo fácil, fácil. Só tenho mesmo é que agradecer a todos os colegas e amigos que têm acreditado em nós e têm-nos prestigiado. Que o Senhor a todos abençoe grandemente!

(*) Ilharga – cada uma das arcadas dos ossos da bacia, à altura da cintura.
Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 16/10/2012
Reeditado em 22/04/2013
Código do texto: T3935080
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