DESAFIO DE ZÉ DO CORDA E ZÉ GALEGO
ABBAABCDDC
ZÉ DO CORDA
Zé Galêgu, veja só
O qui foi que açucedeu
O mal que em mim me mordeu
Doeu que fazia dó .
Fiquei de malá pió,
A vida de mim se perdeu.
Ela de mim se isvaía
Vivia desanimado
Di força quage zerado
Vim mim tratá im Brazilha.
ZÉ GALEGO
Vala meu Deuzin do céu
Que coisa mais isquizita
Mi espliqui essa disdita
Disvendi prá eu esse véu
Pois te perdi o chapéu
Tentando mi contentá
Num tem dotor no cariri?
Nem mermo no Ceará
Pra você ir se tratar
E ter que de lá sair?
ZÉ DO CORDA
Zé Galêgu, inté que teim
Mais são doido pur dinhêro
Trabaio na rossa o ano intero
Juntano cada vintéim
Gastano até o qui num teim
Vê-nos quar um cifrão mero.
Pió que num tem convenho
Que esses dotô satisfaça
Meu suó pra essa raça
Foi no paról do ingeinho
ZÉ GALEGO
O povim mais sem veigonha
Dá vontade de matar
E com um cipó espancar
Amassar inguá pomonha
Por todas essa artimanhas
Meréci mermo é capá
Tentar roubar os beradeiro
Quem eles pensam que são
Ingual político ladrão
Só tem os zóis no dinheiro!
ZÉ DO CORDA
Óia, Zé! Pió qui é verdade!
Sem um pingo di respeito
E ainda bate beim nu peito
Se acha donu da verdade,
Neim aí cum a farcidade,
E se acham iscorreito.
O qui importa é us duzentim.
Qui sai du bôuço du otaro,
Pra conta do perdularo
Eita povo cretinim!
ZÉ GALEGO
Mais isso eu sei vai mudar
Num durmo direito prá vê
Até garanto a você
Se quiser pode apostar
Deus vai do céu mandar
Vai ser o maior fumacê
Prá queimar esses marditos
Que querem roubar nóis o povo!
Num vai sobrar nem o ovo
Melhoras e dias bemditos‼‼!
ZÉ DO CORDA
Deus ti oiça, meu amigo
Do que tu diz tome nota,
E qui julgue esses janota,
Nos livrano dus perigo,
Provenu Divino Abrigo.
Oia quisso né lorota.
Do vil metal, desapego,
Presse belo desafio,
Di coração, tão gentil:
Brigado, amigo Galego.
========
ZÉ DO CORDA - Od Laremse
ZÉ GALEGO - Nasser Queiroga
ABBAABCDDC
ZÉ DO CORDA
Zé Galêgu, veja só
O qui foi que açucedeu
O mal que em mim me mordeu
Doeu que fazia dó .
Fiquei de malá pió,
A vida de mim se perdeu.
Ela de mim se isvaía
Vivia desanimado
Di força quage zerado
Vim mim tratá im Brazilha.
ZÉ GALEGO
Vala meu Deuzin do céu
Que coisa mais isquizita
Mi espliqui essa disdita
Disvendi prá eu esse véu
Pois te perdi o chapéu
Tentando mi contentá
Num tem dotor no cariri?
Nem mermo no Ceará
Pra você ir se tratar
E ter que de lá sair?
ZÉ DO CORDA
Zé Galêgu, inté que teim
Mais são doido pur dinhêro
Trabaio na rossa o ano intero
Juntano cada vintéim
Gastano até o qui num teim
Vê-nos quar um cifrão mero.
Pió que num tem convenho
Que esses dotô satisfaça
Meu suó pra essa raça
Foi no paról do ingeinho
ZÉ GALEGO
O povim mais sem veigonha
Dá vontade de matar
E com um cipó espancar
Amassar inguá pomonha
Por todas essa artimanhas
Meréci mermo é capá
Tentar roubar os beradeiro
Quem eles pensam que são
Ingual político ladrão
Só tem os zóis no dinheiro!
ZÉ DO CORDA
Óia, Zé! Pió qui é verdade!
Sem um pingo di respeito
E ainda bate beim nu peito
Se acha donu da verdade,
Neim aí cum a farcidade,
E se acham iscorreito.
O qui importa é us duzentim.
Qui sai du bôuço du otaro,
Pra conta do perdularo
Eita povo cretinim!
ZÉ GALEGO
Mais isso eu sei vai mudar
Num durmo direito prá vê
Até garanto a você
Se quiser pode apostar
Deus vai do céu mandar
Vai ser o maior fumacê
Prá queimar esses marditos
Que querem roubar nóis o povo!
Num vai sobrar nem o ovo
Melhoras e dias bemditos‼‼!
ZÉ DO CORDA
Deus ti oiça, meu amigo
Do que tu diz tome nota,
E qui julgue esses janota,
Nos livrano dus perigo,
Provenu Divino Abrigo.
Oia quisso né lorota.
Do vil metal, desapego,
Presse belo desafio,
Di coração, tão gentil:
Brigado, amigo Galego.
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ZÉ DO CORDA - Od Laremse
ZÉ GALEGO - Nasser Queiroga