Queiex Esmeraldinus #064: A LUA COMO TESTEMUNHA - Duplo dueto
Queiex Esmeraldinus #064: SE A LUA FALASSE, O QUE DIRIA?
Formatação: Queiex Esmeraldinus
Ritmo: Cordelista
Versomentria: Métrica livre
Rimada: [ABBAAB]-[CDDC DC]-[EFF EEF]-[GHHGGH G]
Bosco Esmeraldo
......
Logo após o crepúsculo lá no horizonte,
Após nascer deslumbrante a Papa-ceia,
Surge rutilante e majestosa toda cheia,
A Lua que desponta a sorrir sobre o monte
Enquanto o sol já declinou em desmonte.
Daí, testemunha tudo o que clareia.
.... ..
Lá da abóboda celeste nada escapa
E, de tudo do que aqui em baixo acontece,
Calma e serena ela vê, registra e não esmaece,
Do melhor ou do pior e não solapa.
E, quando a cor de tudo aqui já fenece
Dá lugar ao tom de prata e a tudo encapa.
... ...
Tudo o que se passa na Terra ao relento,
Qual uma atalaia, cada evento anota
No selênico breviário, cada quota.
Tudo sai registrando em cada momento,
Quer seja gozo, regozijo, choro ou lamento,
Reina lá do plúmbeo mar celeste, Lua Ilhota.
..... .
De tudo o que a Lua vê, sigo pensando,
Lá do alto, nada lhe escapa à revelia,
Quer momentos de tristeza ou de alegria,
Tudo vê e tudo escuta, vai anotando,
Cada dado, nas crateras computando.
E eu penso: SE A LUA FALASSE, O QUE DIRIA?
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QUEIEX Garimpado e lapidado: SILENTE EM PENSO
Garimpado e lapidado no Queiex acima
Margareth D S Leite
Depois de brilhar tanto se recolhe cansado
Sendo uma grande Estrela de especial fulgor
Dá as boas vindas, vem Lua meu amor
Estarei de longe a contemplar-te que dó;
A iluminar -te, ficando ardente extasiado
Vai... Testemunha corações em clamor.
Em teu espaço glacial, o que te é banal?
Não disfarças teus mistérios, tudo participa
Usa suas fases, nada tu encapas, não escapa
Da moral, o mais vital, do legal ao ideal.
Dá do teu luar, faz nascer à flor do amor
Dá lugar aos mistérios, e trás à luz a flor
E ao relento os que vagueiam no escuro, soturno
Aos teus olhos nada, ao teu luar, o que escapa?
No silêncio na calada, nas noitadas cada etapa.
São tuas lágrimas a cair em gotas de sereno
Tão sentimental mesmo interlúnio em turno
No plúmbeo mar reflete prateada capa.
Fala, majestosa musa linda encantada
Tão altaneira a reinar no mundo em treva
Tua canção fala aos corações em disparada
Tua luz clareia vilarejos que se entreva
Calma, silenciosa, parece tão parada...
Em tuas crateras, da Terra, escondes toda maleva.
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Extrato da Capo Garimpado #082: SE A LUA FALASSE, O QUE DIRIA?
Rimadas, métrica e formatação livres.
Bosco Esmeraldo
Lua tu fazes vibrar e abrir meu coração
Tu fascinas de paixão de uma flor o desabrochar
Um grande amor, paixão adormecida
A flor do no silêncio a transpor em poesia.
Inspiras meu coração, te vestes do véu de prata
Ouves o silente sereno a cantar nas cascatas
Que deslumbra quando em jura os namorados
Dão-se em beijos, praia em noite enluarada
.
Quando à noite enluarada, Lua espraias
Tudo vês, na sombra,os mistérios
Que tua luz irradia, enfim fascinas
Falsas juras, mariposas ali se escondem.
Tu espreitas, testemunhas meu amor
As chacinas, os sem tetos, ser de rua,
Que a vagar, ser sem lume, ou vaga-lume
Em contrate tu te escondes em bela flor
Vês vagar sem clemência a violência
Da inocente incoerência do silêncio
De uma flor, total êxtase, em carícias
Que exala, cheiro olente, seu perfume.
Se a Lua falasse, o que diria?
Bosco Esmeraldo
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“Garimpado e lapidado na poesia de Margareth D S Leite ‘E SE A LUA FALASSE?’ disposto abaixo”
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E SE A LUA FALASSE?
Rimadas: Livre.
Margareth D S Leite
Lua, tu fascinas a um grande amor
Faz vibrar uma paixão adormecida,
Contemplas o abrir da flor no silencio;
Inspiras meu coração transpor em poesia.
Veste-te do véu de prata que deslumbra
Vês os beijos dos namorados quando em juras
Ouves o cantar das cascatas em noites enluarada
O sereno, teu prazer quando espraias na areia ao luar.
Ó lua que fascinas tua luz espreita meu amor
Vês tudo ao teu redor escutas nossas juras,
Na sombra os destroços da chacina e te escondes
Os mistérios dos apetrechos das mariposas noturnas
Vês a opulência da aparência em contraste co’amor
A violência sem clemência a vagar em tua sombra
A inocência da incoerência em silencio tu te escondes
O serenar, teu choro a cuidar da linda flor.
Em êxtase total, fica tudo por igual, eu e você
Beijos e carícias acobertas e te escondes
A flor que se expõe ao relento tu afagas;
O perfume que exala em tua luz tu absorves.
Eu penso: Se a Lua falasse, o que diria?
Margareth D S Leite