Queiex Esmeraldinus #029: MEU SOGRO PODERIA AINDA ESTAR CONOSCO

Queiex Esmeraldinus #029: MEU SOGRO PODERIA AINDA ESTAR CONOSCO 

Estrofação: ([6]-[4.2]-[3.3]-[5.1]

Versometria: Decassílabos

Rimada: ABBAAB CDDC DC EFG GFE HIHIHi I

Ao ritmo Parnasiano

BOSCO ESMERALDO

Meu sogro estava enfartando

Dentro de uma ambulância,

E o preposto (que ganância!),

Logo nos foi avisando:

"É SUS? Vou logo avisando,

Sem vaga, sem relutância!"

Hospital fora-da-lei!

Porque reza claramente,

Que atender o paciente,

É mister, esta é a Lei!

Sem caução, seja ciente!

Depois não diga: "Não sei!"

Perdeu-se enorme tempão,

Pra acertar a quantia,

Fazendo grande chantagem.

Que roubo! Mas que pilhagem!

Com descaso e à revelia,

Meu sogro fina-se, então.

É certo que até tentaram

Alguma coisa fazer,

Mas tempo desperdiçaram,

Não puderam reaver;

Do paciente mal cuidaram.

Mais uma vítima! O que dizer?!!!

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Em memória do meu saudoso sogro, que morreu em conseqüência de um enfarto, vítima da voraz ganância do nosocômio, que feriu a Lei em favor dos interesses monetários.

Ah, fidúcias! Fica aquela esperança pretérita subjuntiva, alentada num possível "se": "Se tivessem dado prioridade ao atendimento ao paciente, certamente ainda conosco ele estaria!"

AH! FIDÚCIAS DAS FIDÚCIAS!!!

Confiar somente em Deus!

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 09/05/2012
Código do texto: T3659399
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