Extrato da Capo Garimpado #050: SE OS RIOS CORREM PARA O MAR... - Dueto
Extrato da Capo Garimpado #050: SE OS RIOS CORREM PARA O MAR...
Formatação Quadrões Lapidados
Ao ritmo livre
BOSCO ESMERALDO
Eis que o nosso pecado, Senhor o lançou
No Mar do esquecimento e dele não faz menção;
De modo que nós não os devemos buscar
Se quisermos ter paz cordata e obter restauração.
Não são poucas as vezes que esse mar revolto
Tenta nos acuar, quando traz à tona lembranças,
Feridas d'alma que só de lembrar nos faz chorar
E amarga nosso dia e nos quer tolher a temperança.
Todos os rios correm para o mar, lei natural.
Se rio morto, morte certa ao mar portará.
Somos quais rios, e o mar, o mundo representa;
Que tipo d'água temos fluído? Vida ou morte? Bem ou mal?
Muitas praias poluídas revelam o que os homens têm feito;
Como têm destruído e portam-se mal em relação ao ambiente.
Que tipo de vida projetamos pros nossos netos!
Têm-se portado tão covardes, tão inconseqüente!
Tantas dádivas, bens ou dons do Alto temos recebido!
Determinado foi que cuidássemos, não destruíssemos;
Que nos cuidássemos bem e muito bem um dos outros,
E, pra conservarmos a Casa, a Terra, uns aos outros nos amássemos.
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Garimpado na mina a seguir...
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Extrato da Capo Garimpado #050: SE OS RIOS CORREM PARA O MAR...
Formatação Quadrões Lapidados
Ao ritmo livre
MARGARETH DOMINGOS D S LEITE
Em profundas águas límpidas;
No mar além do esquecimento,
Onde, incrustados, os corolários,
Repousa, um passado em destroços.
Vez por outra, o mar encapelado
Na embarcação, (vida) é jogado coração,
Agigantam-se ondas, e te sentes embaraçado,
Sempre furibundo, perdido, sem exceção...
Olha ao teu redor, vês o grande mar,
Nele há tormentas, profusão em abundância,
Grandes substâncias, e até especiarias...
E ainda assim, há a calmaria e o desaguar.
Quanto ele recebe, tanto ele dá...
Não retém em si à vida, nada,
Nem as vidas que nele habita,
Dele, de si, na praia desemboca.
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