Extrato da Capo Garimpado #040: ENQUANTO EU PUDER RESPIRAR

Na formatação sonetoide assimétrico

Ao ritmo parnasiano. 

Bosco Esmeraldo

No nascimento, uma palmadinha nas costas

E a respirar, inspira - expira,

E a pele transpira, respira.

E nessa sucessão, vive e cresce a criancinha.

A vida é a seqüência do respirar, "gota a gota";

E enquanto há vida tem que haver respiração,

Pois, se desta, se interrompe a sucessão,

Se faz morte, porque a vida assim se esgota.

Posso então dizer que a vida é o somatório

Dos intervalos entre a inspiração e a expiração,

Sendo a morte o cessar da respiração.

Porque, enquanto a inspiração suceder a expiração,

Estamos vivos se se mantiver a respiração,

Porque sem esta, mortos somos, é bem notório.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 25/03/2012
Código do texto: T3575210
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