(((AOS MEUS AMIGOS VIRTUAIS.)))

Terno da Capo Garimpado: 0#11- AOS MEUS AMIGOS VIRTUAIS

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Nem preciso de espelho só sinto...

O contrário vê, mas, não é real,

Só preciso de mim no meu próprio natural.

Como enigma reflito, nem sempre refletindo,

A olhar-me ao contrário quantas vezes que desgosto,

Sou real, reflito a criança que há em mim.

Crianças ou adultos? Imaturo não velhaco,

Eu me falo, ouço, me sinto e ali me vejo,

Sem retoque, com os traços, e maus tratos da idade.

No pc é de igual modo eu e você,

É real, virtual, só não reflete mais é real...

Se dissimula? É mais que mula, o tempo anula!

Pode ser na rede, ou em qualquer lugar, é virtual,

Mas é real, têm sentimento se odeiam, ou se amam,

Como espelho, não se tocam, só o tempo dá o toque.

As palavras, decerto, é que fala o real,

Com o tempo, o virtual é ideal, e é legal!

Em palavras, o virtual traduz, no sentimento nos tocamos.

Conectados, podemos estar com Deus e não o vemos,

Somos reais, mas, nem todos são leais a Ele,

Louvo a Deus, porque real, são meus amigos virtuais.

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Bosco Esmeraldo

Ao ritmo Terno Lapidado.#027

Sempre que eu olho no espelho, imagino

O contrário, pois lá está meu rosto invertido

Maduro, o oposto do que eu era quando menino

Sempre ao contrário, sou maduro, não menino;

O contrário, o oposto sem desgosto;

Mais maduro, mas menino, divertido.

Maduro menino, imaturo adulto, espelhado;

Posso ver, ouvir, tocar jamais;

São retrato, não maus tratos, de uma idade;

Ao monitor, vejo ao teclo, virtualmente;

É real? Ou, quem sabe, só virtual;

Dissimula? Se faz mula? Eu não creio.

Nessa rede, na Internet, são virtuais;

Que se falam ou se odeiam, confiáveis:

Só o tempo ou cara-a-cara, saberemos.

Mas, decerto, é bem certo, tenho achado

Bons amigos, fiéis até, no emaranhado

Virtual que nos conecta e faz irmãos.

Tanto amigo, mais chegados que os presentes;

Embora virtuais, são leais, são reais.

Louvo a Deus por meus amigos virtuais.