Decatos Tetraectos #032: EM NOME DAS BRASILEIRAS

Toda mulher brasileira

É honesta, é decente.

Certa TV indecente

É contumaz, é vezeira.

Não posso de camarote

Assistir e me calar,

E a emissora a propalar

Difamação em magote

De folhetins, à folote*,

Contra a rainha do lar.

Não posso ficar calado

A "G-lobo" se degrada,

Em lama atola, desagrada,

Apela por todo lado.

A minha mãe, Deus a tenha,

Filha, netas, minhas noras,

Minha sogra a quaisquer horas,

São honradas e, convenha,

A TV pra que obtenha

IBOPE, honra em penhoras.

De há muito tempo se escracha

Nos mais sórdidos apelos,

À família, sem desvelos,

Rebaixando-a a mera caxa*. 

A esse esgoto mental

Aberto em plena sala,

Esse mal que a nós entala

Deve ter ponto final,

E "desliga", afinal,

O canal que o mal se cala.

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(*) A folote = em incontável quantidade.

(*) Significado de Caxa

f.

Moéda de deminuto valor, na Índia e noutras partes do Oriente.

(Do tamul kásu)

P. Ext. Algo de irrisório valor.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 21/02/2012
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T3510873
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