Extrato Interlinear #003: MEU DOCE ARQUINIMIGO X RELES DUBLÊ DE DOCE
Está dito: Um abismo leva a outro abismo;
Pois foi assim que apneia do sono
Conduziu-me ao diabetes. Que abandono!
E amargo o jugo desse inconformismo.
Doces? Já era! Que sina!
Engodo amaro; que pinima!
Adeus toda dopamina!
Entre humanos a viver mascarados,
Descubro, de igual modo os adoçantes,
Que deveriam chamar-se de amargantes;
Canastrões, quase doce, malfadados.
Que mal doce incompetente!
Talvez o jiló decente
Adoçasse eficazmente.
Como se não me bastasse o amargante
Desse doce tão amargo pervertido,
De sal que é, na pressão comprometido,
De prêmio vem hipertensão adiante.
Insulso comer prefiro,
Ao natural sabor defiro
Dublê de doce! Desfiro.