Soneto #026: LETRAS EM DESENCANTO - Dueto
MARGARETH D S LEITE BOSCO ESMERALDO
Desencantou-se de mim às letras, Para que eu sirvo então?
Embaraçando minha inspiração! Pra gerar palavras, claro!
Me sinto jogada às feras... Num cognitivo declaro
Como fica minha interação? Qual seja a minha intenção
Não sou massa de manobra Não gosto de quando me usam
Tenho na letra finalidade, Com o intuito de falsidade
Com ela realizo à obra, Me sinto bem, de verdade
Há em nós afinidade... Se nunca de mim abusam.
Temos vida além da letra, Palavra expõe sentimento
Um espírito semelhante, Nem sempre bem entendido,
De vida bem abundante. Que gera vida e até morte.
Somos mais que poetas... Pode determinar sorte
Temos portas abertas Dependendo do sentido
Nossas letras se completam. Pra dar vida, o alimento.