Decatos Tetraectos #011: AOS HERÓIS ANÔNIMOS DE BRASÍLIA
Rimada ABBA CDDCCD
Decatos tetraectos (quartetos e sextetos intercalados)
Dia vinte e um de Abril
Outono do ano sessenta,
Século vinte, se assenta
A capital do Brasil.
Juscelino cumpre, então,
A promessa em Jataí,
Que iria transferir,
Pro centro, o coração
Do Brasil e com razão,
Logo, logo, deferir.
Cinquenta e sete, sucede,
Prometeu que afinal
Para o Planalto Central
A Capital, nossa sede.
Juscelino então recebe
Traçado num guardanapo
Entre um trago e um bom papo
Lucio Costa, enquanto bebe,
Brasília assim concebe
Num traço de bate-papo.
Niemeyer trouxe a lume
O que o Lucio gestou
JK idealizou
Sobre o Planalto, seu cume.
E, daquele emaranhado
Em cada traço, deu forma,
E, desse nada transforma,
O que antes foi sonhado,
Agora, realizado,
E cada obra, enforma.
A cidade foi predita
Por Dom Bosco em um sonho
Este projeto medonho
Sua construção foi predita.
Por estes dois paralelos
Entre os graus quinze e vinte,
Foi predito o seguinte:
Entre as montanhas, seus elos,
Busca minas, Terra, anelos,
A Prometida se tinte.
E sem muita confusão
Entre jornadas, fandangos,
Brilham fortes, os Candangos,
Brasília em construção.
A obra foi concluída,
Brasília é o topônimo,
De unidade é sinônimo,
Com tanta entrada e saída,
Candango, após construída
É o nosso herói anônimo.
====================
Caros leitores e amigos.
Eis-me aqui, de volta ao RL
Muita saudade e falta de todos senti.
Assim que der, lerei a cada um de vocês e marcarei
presença em suas escrivaninhas.
Deus abençoes a todos.
====================
Minha intenção neste cordel "decatos tetraectos" foi pura e simplesmente homenagear este herói anônimo - o Candango, figura, sem a qual Brasília jamais teria o brilho e esplendor de hoje. Inspirei-me ao ver a foto exprimindo a euforia de todos eles por sua obra bem acabada. Bravo! Sem vocês, Brasília não seria o que é.