A efêmera flor e o colibri.

Quinteneto.

Autor: Daniel Fiúza

08/11/2011

Se foram tempos felizes.

Vieram as imensas crises

uma teia discordante,

bela falseta abundante,

Ser invisível e mutante,

na inconstância, deslizes.

Era um olhar intrigante,

mascarado, escondido.

Envergonhando o cupido,

na ausência do presente,

perfil sutil e aparente,

desse amor inconsequente,

na boca o beijo cuspido.

A ternura comovente,

apedrejando a ferida,

efêmera flor ardente.

Como astuta margarida,

encanta pela beleza,

oferecendo a certeza,

do seu mar e a realeza,

desvirtuando a vida.

Antes era só nobreza,

mudou tudo no caminho,

no falsear do carinho,

numa visão de tristeza.

Pisando só em espinho,

atormentado na dor,

ferido e sem ter amor,

Coração louco sem cor,

o colibri voa sozinho.

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