Cordel #078: ERVA DANINA, QUEM? EU?

Por que razão tanto insistes

Oh, mísera, vil plantinha?

Não és bem-vinda, erva daninha,

Mas em nascer, tu persistes,

Eu resisto e não desistes.

Não sou daninha, senhor,

E seja então sabedor;

Procure no Google e veja,

Poderes de cura, reveja,

Dados pelo Criador.

Não podes assim me chamar

Estou cumprindo o meu papel,

Então, pra que esse escarcéu?

Eu não sou qualquer ao léu.

Estou aqui pra ajudar,

Proteger, solo compor

Para não se decompor;

Sou apta também pra curar.

Não vim para atrapalhar,

Sou obra do Criador.

Ele é sábio e soberano,

Tudo o que faz é bem feito

E não é de qualquer jeito.

E, em Si, não há engano.

Tudo é parte do Seu Plano.

Nas encostas a transpor,

Segurança ao seu dispor.

Evito deslizamento,

Até desmoronamento.

Sou obra do Criador.

Erva daninha é o humano,

Tem raciocínio e não usa,

Da razão usa e abusa,

Só destrói e causa dano,

De modo bem desumano.

Mestre em sofrimento e dor

De todo o mal causador

Vai contra a ecologia

Destrói na maior covardia

A obra do Criador.

E se esquece (que ironia!),

Do que planta, não se escolhe,

Mas é disso que se colhe.

Isto não é fantasia,

É natural discrasia.

Não seja destruidor

Mas seja restaurador

Do nosso Lar, pois senão,

Futuro ninguém tem, não,

A obra do Criador.

Se cuidarmos com carinho

De cada ecossistema,

Solvemos qualquer problema

Mesmo que haja o espinho,

Seguro é o nosso destino.

Qual bom administrador,

Do meio organizador,

Ciente, fazemos parte

Conservemos, pois, destarte,

A obra do Criador.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 25/10/2011
Reeditado em 25/10/2011
Código do texto: T3296483
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