Cordel #056: FLORESTA NACIONAL DO CARIRI, SEM IGUAL
Esta é a primeira floresta
Que no Brasil foi criada,
Por uma lei decretada
Pra preservar o resta
Da flora e fauna uma aresta.
Assim foi cria a FLONA,
A FLORESTA NACIONAL
DO ARARIPE, sem igual,
Sua riqueza não distona,
Do Sertão, tão bela zona.
Do Araripe, a Chapada,
O Cariri compreende,
Por ela toda se estende,
Em cada vale encravada,
Uma cidade enscrustada.
No campo, o bucolismo,
Nos faz sair do mesmismo;
Trilhas, fontes, balneáreos,
Folclore, minas, calcáreos,
Quel alavacam o turismo.
REGIÃO METROPOLITANA
DO CARIRI, foi criada
Do que antes foi formada,
Uma área conurbana
Como uma só zona urbana.
De um povo hospitaleiro
Tanto pro crente ou romeiro
Onde a fé em Cristo espalha,
Quer seja lá em Barbalha,
Quer seja em crato ou Juazeiro.
Caririaçu, Jardim,
E |Missão Velha também
Agropecuária aqui tem
Tem cana, tem alfinim
E rapadura tem, sim.
O folclore é abundante,
Rico, belo, fascinante,
Te, coco, forró, tem reizado,
Penitente encapuzado,
Que enternece ao viajante.
Santana do Cariri
E o berço da Arqueologia;
Fósseis, Paleontologia,
O mais importante que eu vi
É o GeoPark daqui.
Espécies em abundância
É, pois, de grande importância,
Santanaraptor Placidus,
Peixe em pedra, em meios ácidos,
Encontramos nessa estância.
Campos Sales, Araripe,
Potengi, Farias Brito,
Cá não berra o bom cabrito
Vou de caminhão ou jipe
Pra Porteira, São Felipe.
Mauriti, Não vá-se embora,
Jati, Penaforte, agora,
Abaiara, Brejo Santo,
Belas Serras em cada canto,
Grangeiro, Barro, Aurora.
Um filão que não se finda,
E se encontra em cada casa,
Seu subsolo embasa
E embeleza mais ainda,
Cálcareo de Nova Olinda.
Assaré, então cativa
Com sua beleza nativa.
Escreveu com maestria
Coisas da vida em poesia,
Nosso imortal Patativa.
Muito tenho a dizer,
Há muito pra se falar
E também confabular
Aqui só quis bendizer
Sem jamais contradizer.
Aqui mana leite e mel,
É um pedacinho do céu.
Se tem coisa pra assentar
Você quer acrescentar?
Enriqueça o meu cordel.