QUESTÕES IMPORTANTES REUNIDAS I - Pergunte ao doutor! - 1
A finalidade deste trabalho é o de responder a qüestões formuladas por clientes e amigos, que necessitam desta informação para o seu caminhar mais orientado.
Já faço este trabalho há mais de 06 anos, com mais de 5.000 respostas dadas.
Espero que gostem.
Se tiverem perguntas a serem feitas, elas podem ser encaminhadas para: pergunteaodoutor@drmarcio.com
Responderemos todas e publicaremos as mais sugestivas...
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Temas abordados nesta página:
- Cegueira como meio de fuga
- Insatisfeita
- O que passa pela cabeça dos meninos?
- Viuvez feliz
- Domésticas Parideiras?
- Frieza Sexual
- Em crise, Creia e Crie
- Geração Minojo
- Orgasmos múltiplos
- Prendas domésticas - O desafio
- Prendas domésticas - A missão
- O Síndrome de Rebeca
- A maconha que beira mares
- Eterno Peter Pan?
- Super 15
- A dança de executivos
- Insatisfação
- Gravidez divide o casal?
- Deprê
- Barriguinha malvada
- Ciúmes de você
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Cegueira como meio de fuga?
Dou aulas particulares e vejo muita angústia em meus alunos. Às vezes me fazem confidências e revelam lares desajustados, onde os pais estão sempre fugindo da solução dos seus problemas. Alguns queixam-se das mães, que vivem fazendo cursos e mais cursos, para fugir de casa. Um deles me disse que a mãe estava fazendo um curso sobre a família, abandonando o pai, que em sua ausência bebe até cair e os filhos sem jantar. Outro me fala sobre o pai, que vive brigando com a mãe e cuja única diversão é trocar de carro a cada seis, oito meses. Para isto, impõe uma economia violenta, regulando o sorvete e as sobremesas da família. Vejo mulheres fanáticas com as “coisas de Deus”, esquecendo-se que Deus está presente em cada pequeno gesto de amor, não em fanatismo. Aonde iremos parar, se não conseguirmos encontrarmos solução para nossas angústias? - Débora.
Sabe Débora, recebi um trabalho esses dias, onde o psiquiatra faz um rastreamento dos portadores de depressão, num total de mais de trezentos casos pesquisados, chegando à conclusão de que desses casos, apenas dezesseis por cento tiveram a obtenção de uma cura definitiva. Isto não se deu porque a medicina não tenha solução para eles, mas porque se perderam entre os diversos caminhos dispersivos, que geralmente são enveredados.
Muitos desses depressivos, iniciaram com tratamentos caseiros, com vitaminas, chás, receitas das comadres, religiões que lhes permitam atribuir ao diabo a sua causa, aos cultos como a macumba e outros, ao uso inadequado e muitas vezes abusivo de calmantes e soníferos, que só deprimem o sistema nervoso e às peregrinações por consultórios de clínicos, cardiologistas e gastroenterologistas, na busca de alívio para os sintomas emergentes e não para as causas. Tantos outros, partiram para o uso de álcool e outras drogas, bem como para uma atividade compulsiva para com o sexo.
A Organização Mundial de Saúde assinala, só para confirmar um dos dados acima, que cerca de setenta por cento das consultas médicas, de todas as clínicas, são geradas por problemas psíquicos.
Neste caos, sobra a pergunta: Como resolver de forma satisfatória estes problemas?
A resposta está no próprio ser humano. Quando formos capazes de sentirmos que não estamos vivendo bem, que estamos mal preparados, que vivemos fingindo, ao invés de vivermos decentemente, talvez passemos a nos cuidar objetivamente, buscando ajuda eficaz para nossas angústias, exigindo um programa de orientação psicológica para nosso povo, via saúde pública, via meios de comunicação, via políticas voltadas para a valorização do ser humano nas empresas, igrejas, comunidades de bairro e prefeituras.
Porém, não tenho dúvidas, o ser humano, passivo que é, terá de lamber o lodo do fundo do poço, para depois se revoltar e exigir seus direitos.
Dizem que sou comunista, que sou anarquista e outros “istas”, quando falo assim. Sei o que afirmo, pois ainda hoje, examinei um senhor, que vem tomando sonífero, muitos comprimidos por dia, há mais de um ano, sem que a família o percebesse, tão atarefada com esta tal de “strong for life”, que está a nos estrangular.
Ou lutamos para enfrentar nossos fantasmas com realismo, ou...
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Insatisfeita!
Estou noiva e gosto muito do meu noivo. fazemos sexo 2 ou 3 vezes por semana, mas eu não estou satisfeita com a espessura do pênis dele , que é mais fino que o normal. Quando temos relações sexuais eu sinto que se o pênis dele fosse um pouco mais grosso eu me sentiria mais realizada e teria um melhor orgasmo. as vezes tenho que acelerar mentalmente meu orgasmo para conseguir realmente tê-lo. Minha pergunta então é: existe alguma técnica para aumentar a espessura do pênis?
Muito obrigada pela a atenção! – D.
Minha cara , o tamanho ou a espessura do pênis podem ajudar no orgasmo, ou mesmo atrapalhá-lo, isto se for muito maior que o tamanho da vagina ou mais calibroso que ela, causará dor e machucará o colo do útero. O pênis pequeno ou fino, podem perfeitamente ser compensados, com a mudança na posição sexual.
Normalmente a mulher abre suas pernas e o homem a penetra. Se for fino, “dança” numa vagina normal, e se for curto, sai com facilidade. A compensação é obtida com a penetração, depois a mulher fecha as pernas e o homem abre as dele envolvendo as dela. Nesta preparação ele sobe um pouco o corpo, de forma que o pênis toque o clitóris dela. Como ela passa a ter o controle da penetração, poderá apertar o suficiente o pênis, causando duas vantagens: melhor contato e atraso na ejaculação dele.
Outra variante é fazer o mesmo, com a mulher por cima. Ela controla e fricção do pênis e a penetração.
Um terceiro meio é conseguido com a estimulação do clitóris pela mão do homem, concomitante com os movimentos.
Um lembrete serve para todos os tipos de pênis, vagina, relacionamentos sexuais: só permitir/fazer a penetração, quando os dois estiverem muito excitados.
Costumo dizer que a hora em que mais nos aproximamos da felicidade, é na hora de um orgasmo gostoso, construído sob o amor.
Experimentem, criem, deliciem-se, mas nunca se deixem estagnar!
Felicidades!
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O que passa pela cabeça dos meninos?
Encontrei uma revista antiga que tinha uma entrevista com alguns meninos e procurou extrair deles as dúvidas mais freqüentes, sobre o comportamento das meninas. Eles fizeram estas colocações, que pediria para o senhor responder. Obrigado! - JPT
- Por quê elas vão bem arrumadinhas para a escola: pelos colegas ou professores?
Elas se arrumam pelos colegas, como parte do jogo de atração sexual. Podem até sentir-se atraídas por algum professor, mas na maioria das vezes, fazem o charme e atraem a atenção dos professores, para despertarem ciúme nos colegas.
- Por que as meninas gostam mais de namorar que os meninos?
Primeiro, porque amadurecem mais rápido. Segundo, porque desde pequenas são criadas com a idéia de que não podem ficar solteiras. Terceiro, porque são mais afetivas e precisam de carinho. Quarto, porque os meninos demoram mais a sair da fase do “clube do bolinha” e se sentem mais gratificados em se exibir para os colegas. Quinto, porque os pais, principalmente as mães, ensinam aos meninos a não serem fáceis na conquista. E milhares de outras razões...
- Por que as meninas ficam tão bravas quando estão menstruadas?
Porque costumam ter com freqüência, um problema ocasionado pela troca de hormônios neste período, chamado de “Síndrome da tensão (pré)menstrual”, que entre outras coisas, lhes armazena mais líquidos no cérebro, seios, trompas e ovários, ocasionando-lhes desconforto, irritabilidade, cólicas e no fundo, todas não estão preparadas para as menstruações (por sinal, a certeza de que são férteis e normais) detestando o sangramento, que é sabido, é uma defesa do organismo.
- Por que elas mudam de voz ao telefone?
Primeiro, porque o fone do aparelho distorce a voz; depois, porque querem ser melosas, ou ao contrário, demonstrar maturidade, segurança. Às vezes para disfarçarem mesmo, na tentativa de identificar o “mala” e dizerem que não estão.
- Por que as meninas inventam desculpas quando têm de dizer aos pais que vão à casa dos namorados?
Porque os pais têm o hábito de mantê-las com o “cabresto curto”, pois temem que elas venham a fazer sexo, a engravidar e outros grilos. Isto se deve à insegurança dos pais, obrigando-as a mentir.
- Por que num grupo de meninas há sempre uma que é feia e é justamente essa que mais olha para a gente?
Normalmente as bonitas, são mais seguras de si e se mostram mais recatadas. A menos dotada é sempre a que precisa tomar a iniciativa e atrair os rapazes. Às vezes ela olha para os mais bonitos; isto deveria ser encarado como um elogio. Se o rapaz é feio, ela olha para ele com o pensamento: “pelo menos este eu consigo!...” Uma coisa é certa: por mais feia que seja, sempre ela achará alguém que a ache bonita.
- Por que a maioria das meninas não sabem transar sem compromisso?
Porque socialmente elas carregam mais responsabilidade na transa, pois podem engravidar e ter um filho bastardo, se não houver a responsabilidade do parceiro. Além disto elas são induzidas a se resguardarem mais, pois não querem ser “toalhas de mão”, onde todos se enxugam.
- Por que elas têm vergonha de falar que são virgens?
Porque os meios de comunicação impuseram na cabeça das jovens, que ser virgem é caretice. Este truque sujo, imposto por homens, é para conseguirem “faturar” mais meninas. No fundo, entretanto, o homem tem mais medo de falar que é virgem, mente sobre isto, vive em pânico de que descubram, têm muito mais medo da primeira transa que as meninas e por incrível que pareça, gostariam de casar com uma virgem. Ainda hoje!
- Por que algumas meninas se vestem como homens?
Por ser uma roupa mais prática, para se resguardarem dos olhares indiscretos, por timidez, para testarem sua beleza sem artifícios de saias curtas e mil outras razões. No fundo, estão procurando serem iguais aos meninos, a terem os mesmos direitos e a fugirem do gênero “patricinha”.
- Por que a maioria é tão ciumenta?
Todo ciúme existe por insegurança de quem o sente. Via de regra, entretanto, os meninos são infinitamente mais infiéis e elas gostam de ter a posse exclusiva do ser amado.
- Por que elas sempre querem ir ao banheiro em dupla?
Para fazerem comentários sobre suas paqueras ou fofocas sobre os presentes.
- Por que as meninas quase sempre pedem para a amiga avisar o cara que ela está a fim?
Porque é tímida para se declarar e porque os meninos não percebem bem os sinais que elas enviam.
- Como elas têm coragem de depilar a perna com cera?
Já alguém disse: “no amor e na guerra vale tudo”. O jogo de sedução exige muitos sacrifícios. No fundo, têm vergonha mesmo, é das colegas rirem delas. Será que ainda tem algum menino que gosta de menina com as pernas cabeludas?
- Por que elas demoram tanto no telefone?
Porque tem alguém que as escuta; gostam de trocar experiências entre si: faz parte do jogo de sedução; não têm muita noção de tempo; preferem “papear”, que ir estudar; as fofocas as fazem sentir-se importantes e mil outras razões. Os meninos também demoram.
- Como as meninas podem achar bonito pintar cada unha com uma cor diferente?
Não precisa ser bonito, basta atrair a atenção sobre si. Esta é uma linguagem comum nos jovens. Uns usam enfeites, outros se pintam. Neste ponto, guardamos ainda os mesmos traços mágicos de nossos antepassados (primitivos?).
- Por que muitas meninas andam com camisinha no bolso, mas não topam transar?
Porque não gostaram do parceiro proponente da transa; porque querem exibir-se emancipadas, mas não o são, ou como meio de chamar os “prinsps” a se desfilarem diante delas.
- As meninas se masturbam?
A maioria delas sim. Isto não faz mal, ajuda a conhecer o próprio organismo, prepara a mulher para a vida sexual e deverá ser praticada por toda a vida, como um ato saudável, desde que não seja praticada como única forma de satisfação, por temor ao sexo. Neste caso, é uma fuga.
- Por que as meninas sempre olham mais para a gente quando estão em grupo?
O grupo as encoraja à desinibição, criando a competição, que as faz tagarelas e mais soltas.
- Por que elas passam tanto bilhete entre si?
Para se divertirem, para falarem de seus planos e críticas e, principalmente, para se fazerem notar.
- Por que elas não demonstram, quando acham um menino bonito?
Existe um ditado que diz: “quanto mais oferecida a mercadoria, menor o seu preço”. Intuitivamente cada mulher sabe disto e algumas fazem seu charme, sendo difíceis. O homem valoriza isto, mesmo que sofra, pois gosta de ser caçador em busca da sua presa. Está é a essência do jogo de sedução.
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Viuvez Feliz?
Meu marido era o homem mais legal que já conheci. Ensinou-me o sentido do verdadeiro amor, era um amigo/amante de primeira e mostrou-me que dificuldades existem para todos, mas nos ajudam a crescer, quando as enfrentamos. Morreu de infarto fulminante há seis meses. Meus familiares e amigos estão chocados com sua morte e creio, que se deixar que façam o meu enclausuramento, como pretendem, serei eu a próxima a morrer. Meu esposo sempre me disse: “Se um dia eu morrer, reverencie minha lembrança com a vida plena; não morra também”. Como conseguir que me deixem viver, sem julgamentos banais, preconceituosos? - Lenice
Sabe, Lenice, este conceito da anulação do(a) viúvo(a) é muito antigo e tem razões sociais. Cria-se que se o viúvo(a) fosse cuidar de ser feliz, abandonaria os filhos à mercê da vida, exigindo que a sociedade cuidasse deles e com isto onerasse a cultura. Era um conceito também machista, pois era obrigando as mulheres a se enclausurarem, que impunham a idéia de que o esposo era tão maravilhoso, que a viúva se enterrava junto, embora continuasse viva. Os faraós enterravam suas esposas e servos junto com eles, nas pirâmides, baseados na crença religiosa de que os deuses os ressuscitariam. Não sei como fariam isto, pois eram embalsamados e lhes eram arrancados os cérebros. Já pensou um faraó ressuscitando totalmente pastel, babando de tonto? Ia assustar os "sobreviventes".
Brincadeira à parte o mundo já não é mais o mesmo, mas as pessoas teimam em manter certos preconceitos, que confirmam o que penso: “Apesar de toda evolução, mantém-se certos nichos de tabus, que, ou os combatemos, ou viveremos infelizes para sempre”. Vou mais fundo ainda e afirmo que o comportamento do viuvo(a), determina como foi o casamento. Assim, se uma viúva se apega depressiva aos filhos, indica que o esposo a castrou, a fez infeliz e tornou-a um vegetal, sem iniciativa. Viúva com vida teve um bom esposo, ou na pior das hipóteses, livrou-se de um abacaxi.
O que você precisa é viver com e apesar deles. Seu comportamento poderá trazer-lhes uma visão diferente da viuvez. Repito sempre: “Vive-se uma única vez e precisamos viver bem, para mostrarmos ao mundo a nossa felicidade e o nosso agradecimento a Deus”. Infelizmente, a sociedade só nos aponta exemplos de mártires e sofredores como pessoas santas. Com isto ela pretende nos confortar, mostrando outras dores maiores que a nossa, mas acaba, em muitos casos, fazendo a apologia do sofrimento, como forma de crescimento. Penso que se fosse este o nosso destino, Deus não teria nos dado como herança, o instinto de prazer. Seríamos penitentes renitentes, como pretendem os que intermediam mal o nosso encontro com Deus. Seja você mesmo, viva feliz e cumpra o pedido de seu inteligente viúvo.
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Por quê nos transformamos em domésticas parideiras? Assusta-me ver-nos tão passivas diante do mundo. - Josiane
Até há bem pouco tempo, as mulheres aceitaram sem questionar esta situação. Será que eram passivas, sem inteligência? Não o creio. Na surdina dos lares, na rotina estafante, no relacionamento com seu “senhor”, ela sempre sabia que tinha o domínio da situação, pois era a gestante, a geradora da vida. Mais ainda, sabia que tinha o homem sob seus pés, à medida em que o enlouquecia de prazer com seus pratos deliciosos e seu sexo perfumado. Ela tinha a consciência de que sua palavra, verbalizada ou expressa com seus trejeitos, era importante para as decisões do lar. Ela sabia que o dinheiro da casa vinha dele, mas era ela que o dispunha. E principalmente, o que mantinha o estado de equilíbrio era a fé, que a fazia aceitar coisas escritas pelos homens, em nome de um Deus homem, que a faziam colocar-se um passo atrás do “patrão”. Estas coisas não eram questionadas em público. Quando muito, fazia-se o desabafo com algumas amigas, mas na hora do vamos ver, por mais “bananão” que fosse o esposo, ela fazia com que ele fosse visto como o dono da casa. Os próprios filhos tinham um respeito cego por ele. As funções dele eram a de defender, suprir, cobrar com o olhar, exigir “o que era seu direito”.
A comunicação não era universal, um costume levava anos para pegar e para chegar aos povos. As missas eram em latim; as religiões, 4 ou 5. A rotina: _assistir no rádio “O Direito de Nascer”, depois do “Repórter Esso” e pimba: cama direto, depois de mandar os meninos lavarem os pés.
Com o advento da televisão, as mulheres passaram a fazer reportagens, a sentir que o prazer existe, a descobrir profissões, a ter câncer de pulmão pelo uso do cigarro e a se lamentar porque não são livres, “parideiras domésticas”. Como diria o personagem das propagandas: _ mas que mundo é este, onde vamos parar?
Minha avó, que morreu aos 84 anos, nunca foi submissa ao meu avô, tinha a maior consciência e orgulho do seu papel de parideira, foi paparicada pelos filhos, netos e bisnetos, tinha uma grande loja de presentes e roupas, com que sustentou a família depois da morte precoce do meu avô; era seresteira, repentista e até aos 80 anos, o clube que ajudou a fundar em Nova Lima, Minas Gerais, só iniciava o carnaval, depois que Dona Josefina (Bibina para os Novalimenses), entrasse no salão vestida de porta-bandeira, com o emblema do clube. Até aos 82 anos, viajava sozinha para o Rio e São Paulo, para fazer compras.
Qual a diferença dela para as “parideiras domésticas” de hoje? Ela tinha vida, consciência de seu valor e não titubeava em dizer não sei, não quero, não insista, conheço minhas fraquezas. Seus valores eram Deus, a família e a pátria. E ai de quem se insurgisse contra eles. A maior parte das “parideiras domésticas” de hoje, não se valorizam, vivem cansadas, buscando Deus como remédio e não como amigo. Estão esperando um milagre, que as salve delas mesmas, pois a maioria não se suporta e vive se preparando para um “não-sei-o-quê-que-nunca-vem”, desesperando os esposos e os filhos.
Creio que o sentimento que fica, é mesmo o de perplexidade, diante do sofrimento e depressão que elas estampam, e é uma pena mesmo, pois a vida é boa, não exige grandes feitos, mas feitos bem feitos, com amor. Não precisamos nos rebaixar tanto, pois dentro de cada um de nós existe um ser sonhador, capaz de criações maravilhosas. Basta que nos encontremos e nos aceitemos como somos.
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Frieza Sexual
Meu esposo está morrendo com cirrose hepática de tanto beber e em seu leito de morte, me culpa, dizendo que nunca o amei. Eu era fria sexualmente. Sempre ele brigou comigo por isto. Sinto-me triste, mas não culpada, pois acho que ele não soube me ensinar a ter prazer com o sexo. Se eu pudesse retornar a vida, eu tentaria buscar ajuda para isto. O que me magoa, é estar triste, sem saída, encurralada, trabalhando como uma louca, no fundo, para tentar provar que sou boa mulher. - Giza.
Giza, será que somos tão burros à ponto de errarmos de propósito? Não o creio. Erramos quando não sabemos acertar. E vocês dois não souberam acertar em alguns pontos, por visão errônea, falta de preparo.
Não creio que ao homem compete ensinar a uma mulher ter prazer no sexo, mas esta é uma visão distorcida que tem destroçado muitos casamentos. Ela foi imposta pelos homens inseguros, ao longo do tempo, que acreditavam agir assim, para preservar a ingenuidade das mulheres. No fundo, eles tinham medo de não conseguirem satisfazê-las e acabaram passando este conceito para suas filhas, que passaram a esperar um príncipe encantado, num corcel branco (e olha que a Ford parou de fabricá-lo!), com os bolsos despencando ouro e com um charme irresistível, para levá-las a um palácio, onde viveriam felizes para sempre. Em troca este tipo de mulher daria sua virgindade e quantos filhos maravilhosos o “prinspe” quisesse ter. A realidade era outra: o príncipe era pobre, inseguro, com ejaculação rápida, rival do primeiro filho, que se homem, estava no purgatório com o pai e no altar da mãe. O corcel, se existia era um fusquinha do Itamar, batido e o palácio era “um palco iluminado, onde a lua furando nosso zinco, salpicava de estrelas nosso chão”. Pagar as contas, ir para a maternidade e tomar uns “goles” era a rotina, entremeada por sexo cedido, não compartilhado, onde o “bafo na nuca” era cinqüenta e uma vezes pior que a impotência que começava a prenunciar. Reclamar era a arma dela, sem convicção de querer mudá-lo. Era um queixar para obter pontos na canonização das mártires. Lutar para curá-lo, falando as palavras mágicas (“eu te amo, por isto te quero sóbrio”), nem pensar. “Deixe que se dane!” era o pensamento secreto.
Junto ao leito de morte, o descortinar das visões de culpa, remorso, sei lá o quê. Pouca valia. O pano se fecha e abre-se nova cena: a da avó carcomida, corroída, esclerosando na paz das “coitadinhas”.
Sabe Giza, não quero dizer que estive falando de você, ou criticando você, mas é este o quadro em que se meteram a maioria dos seres humanos, que quando me ouvem ou me lêem, perguntam: _ Mas fazer o quê? Já erramos mesmo! Respondo sempre: _ Corre lá, fala para ele, antes que morra, que você sente muito, que os dois erraram, mas que sobraram feitos positivos, que você o amou, apesar de despreparada. Tira o peso da culpa só dos ombros dele, pois o que você não está percebendo, é que ele está inseguro, tentando ver a sua reação neste derradeiro momento, para ver se você diz que o ama. Corre e conta para seus filhos, noras e netos o quanto vocês foram bobos e impediram-se de amar. Fala para eles para não cometerem os mesmos erros e deixe de ser mártir, pois errou sem querer, sem saber no que ia dar.
Que esta dor tão doída seja o começo da sua iluminação. Pois você ainda tem muito que iluminar.
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Em crise, creia e crie!
Como o senhor deve ter percebido, o mundo passa por uma de suas maiores crises. As pessoas, assim como todos em casa, não agüentamos mais de tanta preocupação e o pior, não sabemos mais o que fazer, para melhorarmos o nosso padrão sofrido de vida. Existe alguma perspectiva, que não achamos? O senhor está otimista com os planos do novo governo? - Everaldo
Sobre os planos, Everaldo, estou como a maioria: _ Torço para que dê certo. O país merece e está depositando a maior confiança. Se não der certo, se os banqueiros continuarem exigindo paga pelas doações de campanha, podemos começar uma marcha pelo Parlamentarismo,com voto distrital e referendo popular que derrube um possível governo incompetente. Garanto que as forças representativas reais do povo, apoiarão, sem golpismo.
A realidade é que estou vendo muitas pessoas sem saída, sem sequer ter ânimo para o trabalho. Pessoalmente tenho dúvidas se para sair da crise é preciso tanta destruição, tanta gente falida. Acho que precisamos ter uma forma de socorrer quem caiu feio e não tem onde se apoiar, pois faliu e não consegue soerguer-se.
Contudo, cabe algumas observações e até sugestões. Somos um pais de analfabetos. Isto não se refere apenas às pessoas que não foram à escola. Estou falando de um povo sem debates, sem visão objetiva de seus problemas, à mercê de programas publicitários, que nos empurraram goela abaixo, até há pouco, candidatos ineficazes, lançados à ventura de um cargo, despreparados, sujeitos a tecnocratas que lhes ditam a saída que encontram, e dane-se o resto, isto é nós. A culpa não é deles, ressalto, é nossa, ao aceitarmos sem cobranças. Costumamos dizer: _Ah, mas fazer o quê? E não fazemos nada, a não ser resmungar, com os braços cruzados.
Devemos escrever, quando estivermos insatisfeitos, para os nossos vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e presidente, até que se encham de ler nossas cartas, se preciso em repetição, e resolvam dar-nos uma satisfação. Afinal, vivemos numa democracia, que quer dizer que o governo exerce o seu poder em nome do(votado pelo) povo.
Outra coisa que me permito lembrar-lhe:_ são os momentos de crise, onde já não vemos possibilidade de um retorno, que acabam nos impulsionando, para tomadas de decisões, que se não estivéssemos sob pressão, não tomaríamos. Isto não quer dizer que devemos tomar atitudes sem uma avaliação mais criteriosa, sem uma análise dos possíveis insucessos, mas buscando uma margem de risco maior. Cabe aqui uma observação que fiz: _ muitas pessoas estão buscando fazer empresas, em áreas já saturadas.
Por experiência de análises de mercado, que tive oportunidade de ver serem feitas, as únicas empresas que correm pouco risco, são as de fast-food (lanches), desde que bem situadas e com um serviço bom, e as de revelação fotográfica, que a nossa cidade já tem muitas.
Afora isto, a procura se concentrará sempre em preços baixos, boa qualidade e em produtos que não agridam o meio ambiente. Qualquer que seja o produto. Contudo, não adianta fabricar, para depois vender. Uma empresa só existe, se tiver comprador, isto é, se tiver encomenda. A menos que o produto seja algo, que inventado, se mostre indispensável.
Um amigo meu, francês de nascimento e 12 anos de Brasil, acha que somos muito ricos, esbanjadores e sem consciência do que significa passar dificuldades e que esta crise nos ensinará, o que o governo e as escolas não ensinaram: _ esbanjamento é sinal de pobreza cultural. Segundo ele, quem esbanja e joga fora é “curto de idéia”. Concordo com ele. O duro é mudarmos.
Assim, apesar da crise, alimentamos nossos sonhos de conseguirmos mais aquela tranqueirinha que vimos na loja. E se a conseguimos, em breve estará encostada nalgum cantinho, como tantas outras. E como lembrei-me do francês, porque não os imitamos e fazemos também um mercado de trocas, como existe em Paris. No mínimo estaremos imitando gente chique. Aliás, já discuti esta idéia com tantas pessoas, que a acharam boa. Quem sabe poderíamos conseguir um espaço para solução de algumas de nossas mazelas econômicas? Um “mercado de pulgas”, como é chamado lá, cairia muito bem aqui. Poderia até ser realizado a cada 15 dias, com um nome sugerido pela população. Eu sugiro “TRAG-TROC, por exemplo. Poderíamos fazer disto mais uma atração turística, com mil carrinhos de pipocas e sorvetes faturando.
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"Geração Minojo"
Considero-me uma boa quituteira, tenho prazer em fazer novas receitas, faço doces como poucas. Tudo isto me causa enorme satisfação. Não sou uma mãe que reprime os filhos e gosto que convivam socialmente. Mas para minha tristeza, vejo-os adquirindo hábitos alimentares semelhantes aos seus coleguinhas, cujas mães são acomodadas e até incentivam seus filhos a usarem estes macarrões prontos, que não têm nenhum sabor. Sou de opinião de que, esta acomodação nos faz ficar cada vez mais preguiçosos e burros. Assim, como é possível exigirmos um mundo melhor, se nós mesmos estamos morrendo, sem crescer? - Alice.
Gosto de ver, Alice, que as pessoas estão entendendo onde queremos chegar. Não adianta exigirmos de volta a nossa cidadania, se não a sabemos usar. Ser cidadão significa estarmos conscientes de nosso papel social, exercendo nossos deveres e direitos.
Este fato levantado por você, não está ocorrendo só aqui no Brasil. A filha de uma amiga muito querida, esteve nos Estados Unidos em um intercâmbio e precisou mudar de casa/família hospedeira, pois lá só se comia (e mal) no almoço e jantar e mesmo assim, à base de empacotados macarrões e sopas. Nos fins de semana, comiam camarões "estisicados", que segundo ela, nem cor tinham. Acabou entrando em fraqueza e precisou tratar-se.
O tempo das facilidades está instalado e os fabricantes de alimentos chegam a adicionar vitaminas em subdoses, para justificar a preguiça dos pais, que justificam dizendo: "Tem até vitaminas!".
As pessoas estão desiludidas com este modelo de vida, deprimem-se com facilidade e vão empurrando a vida como dá. Seus filhos estão desnutridos, desestimulados e vão crescer preguiçosos como os pais. E pior, desnutridos. A Organização Mundial da Saúde está nos alertando para a desnutrição crescente nas crianças das classes A e B, quase tão séria, que a das classes menos favorecidas, tal a quantidade de porcarias e "enche-pandulhos" que comem. Alerta também, para a quantidade de verminoses que apresentam.
Conversando com um excelente gastrenterologista amigo meu, ele me confidenciou que tem como norma, fazer um inventário alimentar de seus pacientes com gastrites e colites, pois descobriu que, 70% desses pacientes só precisam de correção alimentar. Some-se a isto um elevado grau de angústia que se abate sobre a população e temos aí a explicação para esse desânimo crônico que se percebe.
O que me dá tristeza, Alice, é que sabemos disto, falamos sobre isto sempre e as pessoas nos encontram na rua e dizem: "Gosto muito de ler sua coluna. Tem muita gente que precisa ouvir estas verdades". Dizem isto, como se fosse bom para os outros, e os seus filhos, meus conhecidos em sua maioria, estão iguais aos filhos dos outros.
Só para lhe dar uma referência de raciocínio, passe a observar como cresceu a quantidade de empacotados para pronto uso, nos supermercados. Até os cães e gatos comem sob cardápio. Isto me faz lembrar de um filme futurista, onde a população elevada, só comia uma pasta com nutrientes necessários, sem sabor. Já pensou no estrago que faria sobre o povo? Provavelmente traria mutações genéticas em alguns anos, para adaptar a população a este consumo. Está assustada? Pois já está acontecendo. Nós temos dentes fracos, hérnias de hiato, dispepsias, falta de nutrientes, fraqueza geral e depressão, decorrentes desta má nutrição. Mostre isto a seus filhos e se negue a comprar estas porcarias para eles. Esta é a maneira certa.
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"Orgasmos múltiplos"
Tenho 43 anos, me considero atualizada, com bom nível cultural, me acho bastante atraente, feliz, levo uma vida saudável, tenho três filhos maravilhosos e em quase todas as minhas relações sexuais, tenho múltiplos orgasmos. Converso com minhas amigas e elas não acreditam, dizendo encarar sexo como coisa automática, sem muito prazer, na maioria das vezes sem orgasmos. Acham que algo está errado comigo. Meu marido mesmo, crê que sou diferente, que o procuro muito (uma a duas vezes por semana). Serei eu a anormal, uma aberração da natureza? Por que tenho orgasmos múltiplos? - B.
B., sou de opinião que as pessoas felizes vivem bem e não têm dúvidas sobre os seus prazeres. Quando me fazem uma pergunta, estão interessadas mais em mostrar que ainda existe gente feliz e querem que eu esclareça aos outros.
O gráfico acima, mostra uma linha horizontal, que representa uma pessoa sem excitação, em estado de repouso. A primeira curva, em linha cheia, representa a resposta sexual masculina: excitação rápida, orgasmo rápido e perda da excitação rápida. Por saberem que são assim, muitos homens, ao invés de atrasarem o seu orgasmo, ficam mais ansiosos e deixam as mulheres insatisfeitas, frias com o decorrer do tempo. É o caso da maioria das suas amigas, que têm uma resposta como a da segunda curva, também em linha cheia: excitação lenta, orgasmo demorado e perda da excitação lenta, o que muitas vezes, não coincide com a resposta masculina. Como conseqüência, tornam-se irritadas, fugindo do sexo, inventando dores e cansaço, vivendo infelizes.
Algumas mulheres curtem tanto a vida sexual, como você, que têm o seu orgasmo repartido em vários orgasmos intensos e prazeirosos (curva pontilhada do gráfico). Para esta alegria, contam com a compreensão e o "esticamento" da curva do companheiro, que consegue o orgasmo junto, ou logo depois da mulher. Portanto, o seu esposo não precisa preocupar-se; você é normal, saudável e tem um ótimo parceiro. Como diria a "Magna Mendes": "um T de marido".
Para as suas amigas descrentes com o sexo, um conselho: não deixem que esta vidinha de "arroz com feijão" as arrasem; busquem orientação sexológica, que irão achar de novo o prazer. Este gesto não irá diminuí-las, não serão taxadas de ignorantes ou imaturas. Sexólogo é coisa séria, corrige mesmices e ajuda a crescer. É melhor que novela das oito, que só enche a cabeça de tontices e de fantasias absurdas.
Parabéns B. Continue feliz. Adorei sua carta.
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"Prendas Domésticas - O desafio"
Depois que comecei a trabalhar fora de casa, como gerente de uma loja, meu apetite sexual aumentou, estou gostando de mim, meu marido e meus filhos me dão mais valor e me tratam com consideração redobrada. O senhor acredita que este é o caminho para as mulheres? - Sônia
Uma amiga minha me segredou, que tem as mesmas reações suas, ao aprender uma sobremesa nova, ou um enfeite novo para casa. Tem orgasmos profundos quando o filho de quatro anos, lhe trás um trabalho escolar bem colorido, ou o esposo vem lhe contando uma dificuldade vencida no trabalho. Ela não precisou sair de casa, para sentir-se feliz.
Conheço inúmeras mulheres infelizes, que trabalham fora e tantas outras que não saem de casa para trabalhar. Qual o ponto comum?
O ser feliz consigo própria, o ter segurança para se valorizar e dar valor ao que se faz, é a principal motivação para a nossa vida. Muitas vezes, vivendo ao lado de uma mãe infeliz, insatisfeita com a vida, pode criar-nos um desestímulo para a vida e a crença de que precisamos fazer coisas grandiosas para sermos felizes, como encontramos nos exemplos mentirosos que tentam nos impingir. A vida, entretanto, é feita de coisas simples, suficientes para que possamos demonstrar amor e receber em troca, carinho, afeto.
Pode ser que você não estava conseguindo se encontrar em casa e achou felicidade no novo emprego. O importante é renovarmos, sairmos para uma busca, mas sempre conscientes, de que temos que nos encontrarmos. Dentro de nós mesmos.
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"Prendas domésticas II - A Missão"
Minha esposa quer que eu abra uma lanchonete para ela. Acho o fim do mundo! Nunca deixei faltar-lhe nada, por que agora inventa estas idéias? Será que isto não é uma fuga? M.C.
Pela sua indignação, sinto que você é muito rígido e faz-me lembrar de um pensamento machista que diz: "mulher minha, esquenta a barriga no fogão e esfria no tanque". Pode ser que ela não esteja sentindo-se valorizada no trabalho caseiro e queira ter distração em outro trabalho. Pode ser que busque a sua realização profissional. Pode até ser que consiga com o trabalho fora, libertar a empreendedora que existe dentro dela. Só não pode continuar frustrada, se não conseguir o que quer, senão ela ficará triste, bloqueada e transformando-se numa bruxa intolerante, que o fará sofrer. Lanchonetes bem dirigidas dão lucro. Aproveite e ajude-a a tentar, mas não torça para dar errado.
Nós homens, costumamos ser mesquinhos e achamos que as mulheres, trabalhando fora, nos deixarão de lado, não nos amarão. Muitos de nós as sufocamos.
Se o gesto da sua esposa não for fuga, será feliz. Se for, ajude-a a encontrar-se, apoiando-a. Será um belo gesto e ela o recompensará.
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"O Síndrome de Rebeca"
Vi o seu e-mail em sua página no Virtual Books, e tenho tentado buscar uma auto-ajuda no sentido de me livrar de uma dependência emocional.
Estou saindo de um relacionamento que durou pouco mais de dois anos onde existia muito ciúmes, desconfiança e insegurança, mas por outro lado muito amor.
Estou à base de calmante natural para conseguir relaxar e dormir à noite pois foi um choque emocional muito grande perdê-lo.
A decisão foi recíproca, porém não consegui ficar um dia sequer sem telefonar para saber como ele está, e choro e me desespero em vários momentos.
Preciso ser feliz e me livrar desse sofrimento, sei que eu mesma vou ter que me esforçar para sair dessa situação e estar bem para seguir em frente. Entro em crise por causa da minha idade, e me acho velha com 30 anos, por ainda estar solteira e não ter um filho.
Quero muito ser feliz e encontrar uma pessoa que queira estar comigo para concretizar um casamento e a construção de uma família com uma filha linda.
Peço sua ajuda no sentido de me orientar um livro que possa me ajudar e peço-lhe algumas palavras de consolo nesse momento.
Um grande abraço. - Gi
Gi, Carmen Posadas escreveu um livro formidável, cujo título usei para designar a resposta à sua pergunta.
Nele, fazendo um paralelo com o filme "Rebeca, a mulher inesquecível", diversas vezes filmado, ela faz uma abordagem de como as pessoas reagem ao amor e ao interrompê-lo, quais os vícios que ocorrem. Eu achei demais! Principalmente porque a Carmen se auto-analisa.
Não creio em livros de auto-ajuda, e menos ainda, em algum livro salvador. Livros existem para aumentar nossas defesas, para nos livrar do medo maior, que é a ignorância. Mas ler um só, ou uma série de uma mesma corrente de pensamento, poderemos criar tapa-olhos e agirmos como os burrinhos, que só vêem o caminho a seguir, sem apreciar o que ocorre concomitante ao trote.
Isto cria os filósofos de metade, de um quarto de meia verdade, aguerridos, briguentos, ignorantes. Mas deve ler este livro. Vai gostar.
Por que sofrem as pessoas com os rompimentos, como você está sofrendo?
Primeiro porque têm sentimentos, e isto é muito bom.
Depois porque colocam todos os "ovos numa só cesta", isto é entregam sua felicidade e realização afetiva na mão do outro. O dia em que ele, geralmente inseguro também, se cansa, pois comete o mesmo erro e percebe que tem que ficar sustentando o(a) parceiro(a), quando queria ser sustentado, surge o caos e as separações se tornam verdadeira novela mexicana.
Para que um relacionamento dê certo, é preciso, antes de mais nada:
Que tu ames, inicialmente a ti mesmo.
Se não o fizeres, jamais saberás amar.
O que estarás fazendo é te dar a esmo,
Numa busca maluca, pro outro agradar".
Mas não basta um versinho, e pronto,
Tudo está resolvido! É preciso ir fundo,
Buscando seus medos, ir ao encontro
Da face que ocultas, até para o mundo,
Pois temes teus traumas, hoje guardados,
Num porão escuro, chamado 'inconsciente',
Que modela teus gestos, os faz controlados,
Te faz assustada, mas de gesto imponente,
Temendo o tempo, que ainda tens de sobra.
Esqueces: és jovem, e portanto: mãos à obra!
Primeiro procure se enxergar e responder para você: Quem sou eu? O que quero da vida? Quais as dificuldades que tenho, para conseguir a solução de meus problemas? Por que tenho tanto medo da velhice (futura) e me julgo sem esperança aos 30 anos (idade mais linda da mulher!)? Depois de escrever sobre tudo isto, veja se precisa conversar com alguém. De preferência um profissional, que não dará soluções, mas lhe fará as perguntas certas, que lhe criarão conhecimento (cognição), para seus medos, sofrimentos, comportamentos (comportamental). Se precisar disto, não estará dando sinal de fraqueza, mas de inteligência, pois são poucos os que têm consciência da necessidade de um aperfeiçoamento, neste mundo de túneis desconhecidos.
Lembre-se também: a vida, até que provem o contrário, é vivida uma só vez. Se chegarmos ao momento derradeiro, sentindo que tudo foi "um eterno podia ter sido, mas não aconteceu", deve dar um desespero só!
O profissional mais indicado, se precisar é um analista, que trabalhe a linha cognitivo-comportamental (rápida e rasteira!).
Para encerrar, quero lhe dizer algo, que não sei se você tem, mas muitos se desesperam ao precisar:
O psiquiatra é um médico
Igual a todos os demais.
O preconceito patético,
Vem de crermos anormais,
Se precisamos de ajuda.
E não buscando-a jamais,
Seremos uma eterna muda,
Incapazes de achar a paz.
Felicidades na busca.
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A maconha, que beira mares!
Tenho uma filha de 17 anos e sei que esta entrando no meio das drogas devagarzinho, pois usa maconha de vez em quando, gostaria de saber o que fazer para que ela não continue com isso, pois acontece na faculdade, no barzinho e até mesmo no calçadão da praia, não é todo dia (ainda), mas já estou apavorada. Obrigada! - Perspicaz
Minha cara, a maconha não é uma droga inocente, faz muito mal, assim como faz mal a percepção de um problema como este e não o resolver.
Se você tem dificuldades em lidar com ele, seu relacionamento com sua filha é superficial, baseado no medo, seja de feri-la, seja de ferir-se, porque talvez seja arredia, ou rebelde.
Trabalho com jovens usuários no campo da prevenção e fiz já duas pesquisas sobre o assunto, sendo a que fala das "Motivações para o uso das drogas" pode ser encontrada neste site na seção de Literatura. Abordo o problema das drogas e das doenças sexualmente transmissíveis, após falar-lhes sem rodeios ou mistérios, por duas a três horas, sobre a vida sexual. Atentos, eles acabam me confiando muitos dados, ao final.
O medo de ser careta, o medo de ser feia, a frigidez sexual (falsa?), a decepção sexual, a impotência psicológica, a ejaculação precoce, a violência caseira, a falta de diálogo, as dúvidas não resolvidas, o amor não correspondido, os pais ausentes, uma escola despreparada e milhares de outros motivos, são usados como desculpa por quem usa drogas, mas o principal é a insegurança, manifestada pelo "medo de errar sem retorno".
Chego a ser repetitivo, quando digo que o erro é a segunda certeza do ser humano. A primeira é a morte. Todo acerto se faz com tentativas, onde os erros são a constante.
Falar com sua filha, desprovida de sentimento de culpa, é o melhor caminho, dando-lhe apoio, ajudando-a com amor e ouvindo o que tem a dizer, sem censuras.
Se sentir que ela não tem vontade de lhe falar, busque ajuda de quem conhece o assunto, como grupos de ajuda para parentes de drogados.
Perceba que os filhos não nascem com manuais e que muitos fatores diferenciam uns dos outros, fazendo com que as carências e verdades de cada um são únicas.
A Organização Mundial de Saúde, em trabalho chefiado pelo Professor Jorge Alberto Costa e Silva, psiquiatra brasileiro ilustre, mostrou que ao iniciar a adolescência, a criança apaga os programas caseiros em seu cérebro e sofre a sociabilização do meio que passa a frequentar. Só depois, ao iniciar a fase adulta, volta a fundir os dois aprendizados, e se não fez concessões desastrosas e se os dados caseiros e sociais foram fortes, sadios, será um ser equilibrado, senão precisará reaprender, ou sofrerá com os conflitos.
Portanto, busque ajuda, para você primeiro, depois poderá melhorar o diálogo e conseguir ajudá-la.
Principalmente não se esqueça: "Ninguém consegue viver 24 horas sem amor".
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Eterno Peter Pan?
Como explicar e como agir diante da atitude infantil, que diversos homens assumem? Devemos ser crianças também, ou sacudi-los para que acordem? Estou ficando velha por não conseguir me adequar a esta imaturidade? - Ana
Minha cara Ana, Dan Kiley, em seus livros “Síndrome de Peter Pan” e “O Dilema de Wendy”, que eu recomendo para todos os sexos, descreve de forma magnífica a sua dúvida. O que ocorre é um conjunto de fatores, que começam com os hormônios, passam pela educação e fixam-se num comportamento exibicionista, imaturo, inseguro, que todos homens, sem exceção, em maior ou menor grau, exibem. Eles são estimulados pelas mães a se exibirem, a serem loroteiros e consequentemente, embrulhões, conquistadores, machistas e tudo mais que você quiser culpá-los. Mas, aí está o segredo, as mulheres acham graça nisto, em certa fase do relacionamento. Elas não gostam de homens quadrados, frequentemente adoram aventureiros, motoqueiros, skatistas, grunges e outros bichos. Estimulam as suas exibicionices e a partir de um certo ponto, que pode ser o casamento, o aparecimento dos filhos, ou outro marco, querem que mudem da noite para o dia. Tornam-se rabugentas, fechadas (da cabeça aos pés), sonhadoras com outros homens e mal amadas daí em diante.
Se você pegar o fio da meada, verá que se uma mulher o destrambelhou, outra, se o amar e achar que vale a pena, o “trambelhará”. Como? Mantendo-se sempre amiga, sedutora, usando suas fantasias para fazê-lo feliz. Com isto ele será grato, amigo e se ligará às necessidades do casal.
O que não pode acontecer é a mulher se anular e virar a mãe dele, chata, metida a Deus, criadora de obstáculos, cobradora incansável e impertinente, que põe "catraca genital". Deve ser buscado um equilíbrio da mulher, entre a ponderação e a sedução (representadas, respectivamente, por Wendy e Sininho da lenda de Peter Pan).
Esta visão não tem nada de machista. Tem a ver com a idéia de casamento como complemento da nossa felicidade e para isto, precisamos ensinar e aprender com o(a) estranho(a), que entra na nossa vida, com amor, determinação de quem quer ser feliz e sem medo de falar "não sei", "não está bom", "assim talvez seja melhor". Por mais tempo que se namore.
O "peterpanzismo", costuma ser uma camuflagem para a "síndrome do pênis pequeno", que todo homem sofreu ou sofre, ou para a dúvida atroz do: "será que sobe?".
Para acalmar-se um Peter Pan(aca?), deve ser mostrado a ele, ser o sexo coisa para dois adultos, que precisa de integração, exercício e, fundamentalmente, muito amor.
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SUPER 15
O meu filho tem 15 anos e não consegue fazer sexo com a namorada.
Na primeira tentativa ele não conseguiu ter ereção. Eu o acalmei e passados alguns dias, ele também não conseguiu. Agora tentou com outra menina e aí o desespero foi geral. Segundo ele fazem vários dias, em que não consegue ereção. Solicito orientação, por favor!... - Pai Assustado.
Antes de responder, quero deixar claro que o e-mail original denotava tanta ansiedade, que resolvi usar o nome Pai assustado, para brincar com todos os pais, que como este, ficam em pânico, quando isto ocorre.
Quinze anos era, até pouco tempo atrás, a idade onde se jogava bafo com as figurinhas de mulheres peladas, ou com jogadores de futebol, conforme a inocência, e o máximo que se fazia era esbarrar nas meninas, vermelho como pimentão, olhar a empregada tomar banho pelo buraco na fechadura e "puxar uma".
Hoje, com quinze, "neguim", já falhou três, o pai já está com o revólver na cabeça, pensando nos amigos, o que vão dizer do "Maurição" (estão lembrados do Jorge Dória, na Zorra?)
A maior aflição se deve ao fato de que os pais temem ser o filho um errado, a educação ser incompleta e "esta porcaria de escola que não ensina o meu filho a ser homem e a minha filha a ser virgem!"
O pior são os pais que se esquecem que foram crianças, que viviam controlando para ver se não tinham cabelo crescendo na Maria Palma e que a sua primeira, foi morrendo de medo, suando frio e com ejaculação precoce, para tristeza da iniciante, que achava, iria se divertir por horas, com aquele menino parrudinho.
O mundo parece ter evoluído, mas as dúvidas existem. Quer ver? Para que serve o hímen (não fale errado que é para proteção)? Quais são as diferenças entre as curvas de respostas sexuais masculinas e femininas? O que são zonas erógenas? Homem sente excitação anal? Mulher ejacula? Existe ciúme entre homens? E entre mulheres? O que é o órgão vômero-nasal? O que são feronômios? Como eles determinam os relacionamentos interpessoais? Ejaculação precoce só acontece com inseguros? A mulher que tem múltiplos orgasmos é histérica? O homem tem que fazer várias relações seguidas, sem pausa? Quem consegue isto é macho ou inseguro? Qual a demora permitida às mulheres, para terem o orgasmo? Quem desempenha o papel mais importante no sexo, o homem ou a mulher? Quem é o sexo frágil no casamento? Como as mães criam os meninos? E as meninas? É careta a moça virgem? Tem que fazer sexo antes do casamento, para saber se vai dar certo? Aquelas verrugas na cabeça do pênis do meu companheiro me fazem sentir muito prazer. O que são elas? Os vírus da AIDS atravessam a camisinha? É certo, todo rapaz ter uma camisinha na carteira, ou no bolso, onde se guarda dinheiro e porcarias? É certo fazer sexo menstruada? O sangue menstrual faz dar doenças no pênis? Na menstruação se engravida? Como funciona o método da tabelinha na anti-concepção? Quem transmite o vírus da AIDS, o pernilongo ou o pênis longo?
De propósito, não gosto de ser severo, gosto de brincar com coisas sérias, para mostrar uma verdade: não sabemos tudo, mentimos muito, cobramos direitos, ficamos apavorados e fingimos ser donos da bola. Estamos enganando a quem?
Um pai deve ser preparado para dizer ao seu filho, sem medo: "Eu também tive medo na minha primeira vez e falhei outras. Isto é normal e você não tem que entrar em pânico. O pênis só cresce se estivermos calmos, com a parceira certa, no local certo, com a excitação certa. Ele não cresce quando queremos provar compulsivamente que somos machos, quando a fêmea é vista como: 'muita areia para o meu caminhãozinho!', ou quando quero fazer as coisas às pressas, ou com medo".
Sexo é algo a dois, precisa de ser ensinado, mas os adultos, frequentemente são medrosos, inseguros e embusteiros. Se negam a permitir que as escolas falem de sexo com os filhos, "para não estimulá-los" e choram lágrimas de sangue, quando as filhas são mães solteiras ou quando um dos filhos estão com o vírus da AIDS ou do Condiloma Acuminado, que ainda não tem cura.
Descobri, trabalhando com pessoas em recuperação ao uso de drogas, que 21% deles o fazem por insegurança sexual, sem direcionar a resposta, à pergunta em uma pesquisa por escrito. Venho elaborando cursos de formação de Orientadores Sexuais, para evitar que, professoras despreparadas venham a fazer orientação preconceituosa.
O mais divertido, e ao mesmo tempo trágico, é que sempre que proponho este curso, vejo na cara das pessoas um preconceito imenso, que só se dissipa, quando faço as perguntas acima e provo que sabemos pouco e somos metidos.
Isto não está sendo dito para menosprezar o pai que me fez esta pergunta, mas para mostrar minha tese. Ele foi honesto: não sabe e por isto pergunta. Não finge que sabe, ou faz considerações ridículas.
Finalizo dizendo: Não só em sexo, mas em toda a nossa vida, precisamos nos inquirir e buscar ajuda às nossas dúvidas. Sempre!
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Dança de executivos!
A empresa onde trabalho está demitindo todo mundo, principalmente no alto escalão, contratando gente com pouca experiência, que ganha pouco e desta maneira, está tornando o ambiente insustentável, com todo mundo irritado.
Cuido do setor de RH, não sou gerente, graças a Deus, mas percebo que o número de faltas, com atestados médicos está aumentando. Não sei como resolver esta situação. Tenho medo de falar com os patrões e ser demitido. Como devo agir? - Daniel
Daniel, o absenteísmo, ou falta ao trabalho habitual, tem como causas principais, o medo, a insatisfação com o emprego e a chefia intragável. E para justificar a falta, a consulta médica é o caminho achado. Alguns patrões, piorando a situação, exigem que o funcionário peça ao médico que escreva no atestado, qual o período o funcionário esteve ausente. O médico que faz isto, torna-se cúmplice do patrão e algoz do funcionário. Este não é o caminho.
A empresa deve fornecer o cargo, para que o funcionário faça uma prestação de serviços; deve pagar um salário, em retribuição a este trabalho e deve proteger a instituição e, consequentemente, os funcionários, para que tenham um ambiente tranquilo, e de respeito às normas instituídas. Caso a empresa quebre estes acordos, além do absenteísmo, surge o vandalismo e a sabotagem. Isto é muito óbvio, mas só recentemente, nós estamos conseguindo convencer aos dicionaristas a mudarem os conceitos antigos, que diziam ver a sabotagem ocorrendo, nos períodos de dissídio ou por motivos políticos. Na verdade a estabilidade funcional, quem dá é o empresário. É sua segurança e tranquilidade, que mobilizará empregados tranquilos e seguros a procurarem emprego com ele, como dita a "Lei da Atração Marginal". Esta lei psico-sociológica é bastante estudada e reza: "Os iguais se atraem, ou se completam!"
Se você ama sua empresa e cuida do RH (nome errado, pois ser humano não é recurso e sim colaborador), deve propor um plano de cargos e salários, onde se determine que cargos podem evoluir, até que posição e os limites a serem gastos com contratação, bem como o perfil de cada ocupante dos cargos. Talvez consiga minorar esta dança, contratando gente mais responsável e ligada ao crescimento da empresa. Se não souber fazer isto, sugira que contratem alguém para esta função.
A grande verdade, é que esta antropofágica globalização e os fracassos financeiros que têm imposto, levam às demissões de altos salários, para contenção de verbas. Além do mais, o mercado está cheio de bons profissionais desempregados e por isto, põem em risco os funcionários antigos, muitos deles com sua competência ultrapassada.
No caso da sua empresa, o pessoal está insatisfeito com os novatos. e o responsável pelo rh está em pânico. Pode ser um problema simples, que muitas empresas não sabem fazer: ambientar o contratado, que como costumamos dizer, se vem substituir alguém muito querido, e não for bem ambientado, será digerido pelas feras, como os cristãos pelos leões.
Independente de quem dirige a empresa, o responsável pelo departamento de RELAÇÕES HUMANAS, tem que apontar as soluções para os problemas, e não pode encolher, senão é decapitado.
Pensem nisto!
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Insatisfação
Tenho 33 anos e até hoje não consegui ter orgasmo. Meu marido reclama que costumo fazer sexo morno, não que pra ele seja totalmente ruim, mas, sei que não consigo, nem mesmo me excitar, gostaria de saber se tem alguma coisa que posso fazer, para mudar isso, algum tratamento. Se possível me indique algum. Grata. - Drika
Drika, como você, existem muitas mulheres que não conseguem ter excitação e orgasmo.
As causas são muitas e variam desde uma educação rígida, ou onde o assunto sexo nunca fez parte da conversa, até a problemas psíquicos e orgânicos.
Sei que você deve procurar um ginecologista inicialmente, para ver se está tudo correndo bem. Já o fez?
Se organicamente não tiver problemas, busque um sexólogo, de preferência um psiquiatra, que lhe fará uma entrevista, incluirá o seu esposo e lhe dará a informação completa.
Em seu pedido ficou faltando informar dois dados: Você costuma ter sonhos eróticos, mesmo que espaçadamente? Se sim, seu organismo é normal. Você consegue orgasmo com a masturbação? Se sim, seu problema pode ser psíquico ou a prática sexual não é boa. Se não, pode ser que tenha um preconceito contra esta prática sadia e que ajuda na cura, ou ter algum problema hormonal.
A maior parte das mulheres são "pseudo-frias". Isto quer dizer que a posição sexual, o tamanho dos genitais, a duração do ato e das preliminares, não são satisfatórios.
Busque ajuda e experimente uma vida feliz.
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Gravidez Divide o Casal?
Minha companheira está grávida (no sexto mês), mas ela não sente mais
vontade de contato físico, nem mesmo quer beijar, isto é normal ou estamos
passando por uma crise conjugal sem que saibamos?
Peço encarecidamente uma certa urgência na resposta, pois já estou ficando
agoniado com isso e não quero perde-la.
Obrigado - Vitor
PS: Tenho muitas dificuldades para fazer novas amizades, gostaria de saber com quem devo procurar ajuda?
Vítor, você é tímido, precisa de conversar com alguém, de preferência alguém que possa lhe dar uma orientação psicoterápica, como um psicólogo, ou um psicanalista psiquiatra. Lhe garanto que não dói, não precisará ser internado, nem tomará remédios que enlouquecem.
Sua esposa grávida, pode estar sentindo necessidade de recolher-se com o neném que vem por aí.
As mulheres adoram estes momentos mágicos e os homens, meio bobões, se sentem rejeitados. Deite perto dela, não fale nada, passe a mão no rosto dela, beije a barriga dela e deixe desta mania machista, que a maioria tem,de só pensar em sexo, como demonstração de ser amado. Afinal, vocês realizaram um milagre, curta-o.
Pode ser, entretanto, que sua timidez esteja fazendo com que você se tranque mais e ela esteja preferindo o neném na barriga, que você.
Procure ajuda, para não se tornar mais um filho para sua esposa , ou um competidor com ele.
Lembre-se: Com mãe ninguém vai para a cama; portanto, seja esposo, companheiro, amigo, amante, mas nunca filho.
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"Deprê"
Estou pesquisando sobre "depressão" e tive a oportunidade de ler seus artigos na internet, inclusive " o paciente deprimido segundo suas próprias queixas".
Além da pesquisa, estou buscando a solução para uma série de problemas que vêm ocorrendo na minha vida desde os 18 anos, hoje estou com 33. Após muita leitura sobre a depressão, já estou conseguindo encontrar a resposta para isso que sinto, realmente é depressão.
Acho que o problema já está num 2º ou 3º estágio, tive crises constantes dos 18 aos 20 anos, dos 25 - 26 anos, aos 29, 31 e 33 anos. Em cada crise dessas aumenta as sintomas e todas correspondem às queixas relacionadas no seu artigo.
Agora, estou ciente de que preciso fazer um longo tratamento com urgência (preciso recuperar o tempo perdido e conquistar tudo o que não conquistei até hoje por não saber as origens de meu problema). Tenho muito medo de tomar remédios fortes que ao invés de me ajudar, resultem numa pior situação e não quero correr este risco, pois vivo sozinha e não tenho ninguém para me acompanhar diariamente.
Diante disto e da distância que estamos, não tenho condições de procurar seu consultório para um tratamento, pois estou em Criciúma em SC. Gostaria de obter a indicação de bom profissional em Florianópolis (não posso errar na escolha do médico) para que eu possa me tratar.
Aguardo ansiosamente sua resposta - Leila
"Toda mulher quer ser Leila Diniz..."
Desculpe a brincadeira, mas não resisti à tentação de lembrar a Rita Lee.
Primeiro: Me defina o que são remédios fortes. São remédios anabolizados? Não os conheço.
Conheço o preconceito das pessoas, que gastam metade da vida se preparando, para chegarem à conclusão de que estão doentes; têm medo de tomar "remédios fortes", ou "que viciam" e vivem uma droga de vida se debatendo diante de idéias, como as que está (disfarçadamente) exibindo: "Tenho que dar um tiro e achar um primeiro e único médico que me cure!". Por quê? Você acha 100% possível, tal coisa?
Não existem médicos infalíveis. Existem médicos que conquistam ou não a nossa confiança, nos transmitem segurança e racham de estudar os pacientes, testam o organismo deles, até achar uma cura, ou pelo menos uma melhora.
A Organização Mundial de saúde estima ser a depressão a quarta causa de incapacidade para o trabalho: bem vinda ao time! Estima mais: 70% das consultas clínicas são psíquicas, ou psiquiátricas. Continua no time!
Só sai dessa, quem não fica se instruindo a vida inteira, sem um mínimo de estudos sobre fisiologia do sistema nervoso. Só para lhe dar uma idéia, para se saber sobre depressão, um tiquinho só, estudamos a vida inteira.
Não posso lhe indicar um médico infalível em sua cidade, primeiro porque não conheço a formação dele; segundo, porque o seu organismo é único, e o que é bom para o Pedro, não serve para o Zé; terceiro porque você tem que ir com a cara dele, gostar do que ele lhe fala e o seu momento de empatia casar com o dele.
Só não pode adiar mais nem um dia o início da cura.
Atrasar a busca é sabotagem da grossa, contra seu organismo.
Sabe quais são os melhores clientes e os melhores médicos? Aqueles que sabem que sabem pouco e buscam ajuda. Estudar sobre a depressão, principalmente se você for ler as bulas de medicamentos (qualquer medicamento), vai ficar doida e encomendará seu caixão.
Sai dessa, busque ajuda e se não der certo depois de algumas tentativas, busque outras.
Aproveite para parar de ficar com pena de você. Afinal, foi você quem teve o mérito de se achar deprimida. Meio mundo nem sabe o que isto quer dizer...
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Barriguinha malvada!
Gostaria, se for possível, de algumas orientações. Tenho uma filha de 11 anos que apresentou, a mais ou menos 1 ano, dores na barriga. Essas dores eram constantes mas com intervalos maiores e passou a ser quase todo dia.. Fizemos três endoscopias:
1 - Acusou Esofagite, Gastrite Crônica com metaplasia intestinal parcial
e duodenite (com Helicobacter)
2 - Igual a primeira menos a metaplasia (sem Helicobacter)
3 - Acusou Esofagite erosiva e pangastrite
Entre a 1 e a 2 endoscopias, ela tomou medicamentos para o estômago e antibióticos.
Parecia ter melhorado, pois o médico deu "alta".
Depois vieram as dores novamente e fizemos a terceira endoscopia. A
partir dai, fomos em outro médico, que receitou outros medicamentos para o estômago (não esta tomando mais). Ela ainda se queixa de dores pela manhã. Tenho medo que fique e pior !
O que podemos fazer para melhorar isso tudo ? - João
Sem ver a cliente, com tão poucos dados, é muito difícil acertar, ainda mais se basear em exames; Os com outra visão, preferimos a história clínica, como soberana e muitas vezes prescindindo de exames confusos, caros e desnecessários.
O Helicobacter é uma bactéria que causa gastrite, ou surge depois de uma gastrite. Confusão na área!... :-))
O que é preciso diagnosticar, e não tratar sintomas é a causa dos problemas. Já tive muitos pacientes que frequentaram vários médicos, que não conseguiram ver que as "panqualquercoisa", eram causadas por um quadro de depressão ou/e ansiedade, que aí sim, tratados, faziam desaparecer todos os quadros acessórios, que a medicina chama pomposamente de comorbidades. Chique, não?
Eu acho que melhor que ninguém, você conhece as variáveis que sua filha é submetida, se elas são por tensão, se ela é fechada, como foi o parto dela, etc, coisas que uma boa consulta resolve.
Nossa pretensão é orientar. Por isto, eu começaria por um bom psiquiatra e ele deverá saber que estes inibidores da acidez gástrica, em doses fortes, produzem ressecamento intestinal, com gazes retidos, dores abdominais, tristeza, câimbras musculares e um monte de sintomas colaterais, produzidos pelo furor terapêutico.
às vezes, como reza a Organização Mundial de Saúde, ela pode estar nos 70% de clientes que buscam em outras especialidades, uma razão para suas pendengas psicológicas. Os clínicos não gostam da psiquiatria e o bom psiquiatra tem que ser clínico.
Só não pode haver preconceito, nem do médico, nem do cliente.
A depressão é a 4a. causa de incapacidade para o trabalho. E cria sintomas. Veja trabalho sobre depressão na minha página.
Busque ajuda com um psiquiatra bom e acho que ele saberá, pelo menos lhe orientar.
Tive um caso, que as gastrites, colites e evacuações ligeiras na cueca de um rapaz, eram crises de uma disritmia cerebral (dis = distúrbio, alterado). Tratou e nunca mais teve nada.
Espero que possa conseguir ajuda.
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Ciúmes de Você!...
Morro de ciúme da minha sogra, que morre de ciúme de mim e juntas, acabamos com o sossego do meu namorado. Isto está acabando comigo e com ele. Chego a ter descargas com minha sogra, que consegue me tirar do sério. Pode me orientar? - Gisele
Ciúme é um sentimento que desgasta bastante e pode arruinar um relacionamento.
A causa principal é a insegurança do ciumento, sobre a sua capacidade de cativar e contentar ao outro. Para disfarçar, usa o ciúme, muitas vezes buscando provas inexistente, para incriminar o outro e complicar o relacionamento a um ponto insuportável, ou fala que são os outros que lhe incitam ao ciúme.
Toda mãe, em maior ou menor grau, tem ciúme do "rebento" principalmente se é mal amada, fria, sofrida. O amor que deveria ser do companheiro, transmite para o filho e bagunça a nora, o filho e principalmente ela.
Ciúme como os de vocês é distúrbio e precisa de tratamento.
É importante salientar que os filhos de mães ciumentas, buscam namoradas ciumentas, que geram filhos inseguros, que buscam mulheres inseguras, que serão ciumentas, e gerarão....
Esta é a regra e sem tratamento, adeus felicidade!
Tentar esconder o problema ou culpar outros, não resolve nada. É preciso encarar e cuidar, sem medo ou preconceitos. Espero que você se valorize bastante, para não ficar neste ciclo.
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Continua com o mesmo título, mas com números crescentes.
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