andré boniatti
(clique)
30/08/2012
Esse conto é contundente, forte, macabro, devastador, de final inesperado. Maduro, adulto, dramático, tremendo. Mexe mesmo.
Para o texto: O PRENDEDOR DE MARGARIDAS
30/08/2012
Fardo trágico comum a todos, perceptível em gestos e ações, e a consciência desse fardo em alguns deles.
Sobre os personagens:
Concentração. Introspecção. Missão íntima de cada um: viver, e viver o outro, o próximo. Dores individuais. Dores do mundo. Nenhum altruísmo, mas tensa preocupação com o outro - para o bem e para o mal. Epifania.
Sobre o autor do conto:
Estilo dúctil, elástico, poético, mavioso. Carinho extremo com as criaturas do conto. Pai e mãe zelosos. Ternura explodinte. Descrição convincente, estilo enxuto.
Para o texto: UM ATO DE CONSCIÊNCIA
21/07/2012
valsinhazinha do haikai
eu fico pasmo
quando a palavra dança
nos meus braços
Você conseguiu capturar nos três versinhos da tua microcomposição mais que uma valsa: trouxe quais pequenos tesouros pronomes, verbos, adjetivo, preposição, artigo e substantivos --- todos felizes por tua iniciativa de expô-los publicamente.
O gênero haikai me parece estruturar-se em poemas-insights. Ou, expressando-me talvez melhor: surgem como criações iluminadas por relâmpagos.
Para o texto: valsinhazinha de haikai
21/07/2012
Li suas frases sobre deus, ele deve estar orgulhoso de você.
Para o texto: 11 frases de eu sentado olhando deus
21/07/2012
O encontro que dá crepúsculo eu levei para a escrivaninha.
Para o texto: 11 frases de além túmulo
21/07/2012
E estou levando a frase sobre a perfeição para a minha escrivaninha.
Para o texto: 13 frases do fazer poético
21/07/2012
A última frase estou levando para publicar na minha escrivaninha.
Para o texto: 7 frases do juízo virado
01/07/2012
Nessa "Cantiga...", brota a homenagem do escritor a três mulheres da sua família. O narrador esparge a água-benta da sua ternura, em versos líquidos, numa singela ficção, num faz-de-conta mavioso.
D. Bárbara, Nona Savina e Mãe Cedile são descritas em pormenores, em triunfo, sempre que possível entre flores, filhos e gestos gentis.
Surge a religiosidade ancestral, o modus vivendi de várias gerações se projetando na simplicidade de atitudes perante a vida. Tudo competentemente narrado pelo jovem André, feliz em ter muito o que contar dos seus personagens reais.
Para o texto: CANTIGA DAS TRÊS MARIAS EM PROSA
28/09/2011
Este seu poema dá a dimensão da incompreensão, da repulsa alheia. Dizendo mais claramente: desnuda sua alma, seu leme, seu barco, seu sentimento azul que ninguém quer, mulher alguma almeja. Repulsa, repito, dos outros ao seu trabalho "louco" na visão deles.
Não haverá resgate para sua alma náufraga.
Para o texto: prefácio
02/09/2011
Metafórico, revelador, pessoal, confessional - desde o título. Originalidade, simplicidade, profundidade, exposição, coragem. Ornamento, voo, pouso, ninho.
Para o texto: caminhando à noite por uma rua moral
02/09/2011
Levíssimo poema, filho dos astros breves de tão eternos. E ele tem razão: "tem apreço." faz parte da sequência natural do texto.
(Eu alertara como "nem apreço". Abaixo a minha lógica!)
Poema guardável no coração.
Para o texto: I Sing Myself!
01/09/2011
Acho que é um livro sobre a vida de Pelé...
Para o texto: A Resenha Misteriosa
De: Jô
18/08/2011
Ricas, ponderadas, amadurecidas frases, fontes de filosofia, de meditação. Separei algumas:
"De manhã reverencia o sol, e de noite a lua, e sempre estarás acompanhado da divindade."
"Aconteciência é o universo, quando o coração explodiu e libertou o processo de causalidade, único motivo de todas as coisas."
"Ouvir com a sensibilidade, então falar com a razão."
"Eu creio num destino que não toca as ações mas as possibilidades."
Para o texto: poemas e frases de circunstância
10/08/2011
O livro se divide em quatro partes:
I - poema da criação (primeiros poemas)
II - a cosmo-profecia dos mundos (segundos poemas)
III - o homem cósmico (terceiros poemas)
IV - a cosmo-profecia do movimento ao infinito (últimos poemas)
Na parte I, há os neologismos:
aconteciência
esfalecia
éssendo (= é sendo)
fenomênicos
impermanente
infixo
pletórica
Na parte II:
a físis
cogitabunda
desnexo
desnorte
devenir
existimento
gâmico
incorrente
negabilidade
naturante
(natureza) naturada
oniria
pacienciosas
vérsica
Na parte III:
aderrama
intraciência
E na parte IV:
alvir
anti-teses
cardiomundo
cemiteriais
coorp(o)ração
etereais
empequenece
errabunda
idéia-frágua
(vãs) empreitas
Alguém exclamará:
-- Mas este livro está uma bagunça, uma "zona" danada! Não batem as coisas, palavras se chocando - tudo confuso, louco, febril!
Diria eu: "Ora, amigo, se ele recria o caos primordial, aludindo à juventude de Deus - talvez ao seu nascimento, seu toque inicial no Firmamento, eternamente retocado -, como querias algo estático, em ordem, pura disciplina estelar?!"
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A sábia Natureza, que colocou no mundo Adolf Hitler (Alemanha), Alexandre (Grécia), Átila, Benito Mussolini (Itália), Fidel Castro (Cuba), Francisco Franco (Espanha), Gengis Khan, George Bush (EUA), Ho Chi Min (Ásia), Joseph Stalin (Rússia), Lindon Johnson (EUA), Richard Nixon (EUA), Ronald Reagan (EUA), ordenou-lhes: “Ide, e matai e morrei. Abri espaço para as gerações vindouras. Já!”
Tudo o que os homens fizeram desde o princípio dos tempos faz parte da lógica das coisas. As guerras, os extermínios em massa, as bombas atômicas, os assassínios, as traições, os gestos de paz, os Jesus, os gritos do silêncio - tudo toca a toga que rege o destino humano.
Entretanto o sujeito lírico irrompe, indaga, questiona, cobra do Criador mais carinho --- ou o carinho devido às criaturas. Indagações perdidas ansiando encontrá-Lo no Infinito --- e receber respostas.
Ou seja: sua competência poética (que passa antes pela competência linguística) nos deslocou, "desfixou", desacomodou e desestruturou. Seu arrazoado mexeu com todos: armou-nos, desarmou-nos, revestiu-nos enfim de humildade.
Cumpriu seu destino o poema!, saído de mãos tão aflitas, indagadoras...
Trata-se de uma reflexão de alto nível, não só de astros girando como de sentimentos incomodando, exigindo luz, atenção, renovação.
Captou o artista a magia impossível da verdade poética. Então não era impossível: porém só a tornam possível, concretizando-a, aqueles que como ele perseguem sempre o ideal de beleza.
Estranha noite da alma! Leveza pura, magnífica quietude, salmo solitário...
Assim André contribui para o cumprimento da saga do gênero humano: perdendo tempos oficinando palavras, expressões e hosanas à Criação.
Aqui, abrigados, ficamos mais livres do poder das palavras. Ou ainda mais senhores delas.
Também palavras soltas são poesia. E as dele são mais que soltas: distantes, magmáticas, telúricas, enigmáticas – caos planetário. Estranhas palavras-anjos, anunciando dunas eternas que vão se desdobrando no dele, no nosso deserto.
Por que seu poema é profundo?
Porque são suas palavras profundas lanças, que atravessam nossa sensibilidade, nossa natureza humana.
Sim: não há outro meio de sentir, senão refletindo sobre o que lemos: e para refletir, só sentindo, só sendo cativados e irresistivelmente arrebatados para o interior da obra de arte.
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André: um dia, Deus em pessoa o chamará diante do Trono para cumprimentá-lo pela visão original, percuciente, única, sem frescuras ou medos, admonitória, divinatória enfim que você teve das criações dele, produzindo um relato móvel como o Tempo e o Cosmos.
Dirá das palavras que você restaurou ou inventou para falar melhor de seres e coisas. Com tal atitude, você fez se mover, evoluir uma língua viva, pois que a revolveu e ousou remodelá-la, contribuindo para o seu engrandecimento, ininterrupto há mil anos.
E aludirá carinhosamente ao seu gesto de colocar nomes místicos, intocáveis pela Humanidade todos em letras minúsculas, substantivos simples: deus, jesus cristo, moisés, buda, gandhi, trimegisto, heráclito, spinoza, natureza,
mulher, universo e andré – gesto de extrema humildade sua, diante de Tudo. Um dia.
Isto sem contar sua capacidade de descrever, narrar o Big Bang, encerrando-o num poema épico. E aprisionando nele, também, em lexemas inescapáveis, um infinitésimo de Deus.
Para o texto: a cosmo-profecia do movimento ao infinito
18/08/2011
Permitam os leitores me redimir, no que toca aos termos que citei como neologismos. Consultando o Dicionário Aulete Digital, verifiquei estupefato que o André Boniatti empregou inúmeras palavras já existentes no idioma, e não neologismos como alerdeei. Perdoem-me, por favor!
As definições que seguem, entre aspas, pertencem ao Dicionário:
"Esfalecer - mesmo que desfalecer." (Há ainda registrado esfalecimento.)
"Fenomênico: Que diz respeito a fenômeno; fenomenal: "...a viuvinha apenas lhe permitia a contemplação de sua pessoa e pouco mais: demi bontez, lhe chama a honesta cronista deste caso fenomênico." (Camilo Castelo Branco, D. Luís de Portugal)" (Há ainda registrado fenomenismo, fenomenista, fenomenização, fenomizar-se, fenômeno e fenomelogia.)
"Impermanente. Que não é permanente; instável, mudável, inconstante." (Há ainda impermanência e impermanentemente.)
“Infixo - Que não é ou não está fixo.” (Há ainda infixidade e infixidez.)
"Pletórico - Que tem relação com a pletora (estado pletórico). Que manifesta exuberância; estuante.” (Há ainda pleto e pletora.)
“Desnexo, sm. Falta de nexo ou ligação; desconexão.”
“Desnorte” (Não o achei, mas achei vários cognatos, como: desnortear, desnorteio, desnorteante...)
"Gâmico - 1. Biol. Ref. aos gametas (sua produção, combinação etc.). 2. Diz-se de ovo que começa a se desenvolver depois da fecundação.”
“Naturante, adj. (Escolástica) que é a natureza, que é Deus: Natura naturante. Cf. naturada.”
“Paciencioso - Paciente, perseverante.”
“Cemiterial - Ref. a cemitério; cemitérico.”
“Etereal, adj. O mesmo que etéreo.”
“Empequenecer, v. tr. O mesmo que empequenitar.”
“Errabundo, adj. Errante; vagabundo.”
“Empreita, sf. Sistema de trabalho em empreitada, de empreiteiro, com tarefa e valor previamente estipulados: Construiu a casa por empreita.”
Para o texto: a cosmo-profecia do movimento ao infinito
28/07/2011
Esse diálogo me lembra um conto de Henrique M. Coelho Neto (sim, aquele poeta que escreveu "Ser mãe..."). Escritor de obra volumosa, hoje esquecido, se notabilizou a meu ver por dois escritos: esse conto (foge-me agora o seu título) e esse soneto (em minha escrivaninha).
Há portanto intertextualidade entre o poema de André e o conto de Coelho Neto: um diálogo de sinceridades temerosas.
Para o texto: brecha
28/07/2011
Por quê não publica essa entrevista na sua escrivaninha?
Para o texto: Programa Perfil Literário / Rádio Unesp FM
08/12/2010
O fluxo de consciência ("stream of counciousness") consiste numa técnica literária descoberta e empregada pelo escritor irlandês James Joyce, nos romances "Ulysses" e "Finnegans Wake". Nele se faz presente o monólogo interior (personagens soltas na trama, pensando e dizendo as coisas conforme lhes vêm à mente).
Em consequência, a narrativa abandona a linearidade e mergulha num caos confuso, cujo sentido resgatamos ao refazer seu percurso.
Concretiza-se o fluxo de consciência pela associação livre de ideias.
Além de Joyce, utilizaram-se desse aparato Virginia Woolf e William Faulkner; Antonio Callado, Autran Dourado e Clarice Lispector.
O texto “ao jô...” expressa um momento joyceano de André.
Li num frêmito tão imerecidas palavras. Confirmo a força imarcescível do seu discurso poético. Agradeço feliz.
Para o texto: ao jô do recanto das letras
08/12/2010
Contundente mistura de palavras, faz-nos pensar. E algo que nos leva a (re-)pensar está nos mudando. Eis uma das essências da Arte, da Música, da Literatura!
Para o texto: poema para a noite de número 7
07/12/2010
Poema fadado a permanecer na Literatura Brasileira. Favor não mudar-lhe uma vírgula sequer. Nenhum verso circunstancial, apenas mar e rochedos. Durará, perdurará, encantará.
Para o texto: paciência!
07/12/2010
Poema envolto no necessário mistério, vale dizer, na ambiguidade verbal de todo texto conotativo.
A relação entre significantes (palavras) e significados (sentidos) se harmoniza no absurdo das intenções cristalizadas em versos poderosos porque inspirados. Há sim partes ininteligíveis, mal escritos, turvando um entendimento maior que teríamos do seu trabalho - todavia a apreensão global da sua mensagem nos causa um estranhamento, uma angústia e uma paz, prova da solidez dos pilares estéticos sobre os quais foi construído o poema.
Para o texto: poesia
07/12/2010
O despojamento, a enxutez do seu estilo essencializa o enunciado, tornando-o mais rico de nuances aos nossos olhos símplices. Original e criativo texto.
Para o texto: comparação
10/07/2010
"foi homem
como quem adormece na turba"
não seria "na tumba"?
Por e-mail, andré esclarece:
"Não, não é na tumba não, é na turba mesmo. Veja: turba [Do lat. turba.] Substantivo feminino. 1. Multidão em desordem. 2. Muitas pessoas reunidas; povo, multidão. 3. Vozes que cantam em coro."
Para o texto: para além das lápides de mármore
06/07/2010
Preciso fixar, discorrer sobre a tua solidão individual, tua frustração no amor - com toda a carga de dor e magia - que possibilitaram a tua abstração espiritual, redundando em uma literatura voltada para a transcendência, a filosofia, as estrelas enfim.
Solidão, frustrações: carências que se compensam, se sublimam em versos responsáveis por todos.
Para o texto: é teu
05/06/2010
Meditação, mediação, limites, desencanto, impotência, desesperança. A graça da memória a serviço da densidade lírica. Esses olhos especiais não esbarram mais em nós, o público, pararam de lutar e só contemplam tudo, "mudos",
ex-sonhadores olhos.
Para o texto: esses olhos cansados
22/06/2009
Novamente a intensa emoção, ao revisitar teu trabalho. Assombrosa canção!
Ora, vejamos: por que a re-emoção, contínua pérola? Porque teu poema fala a todos, diz de todos, a todos interessa.
E por que a todos interessa? Porque feito da mais pura matéria-prima da alma, e com a devida competência artística. Todos nos sentimos prometidos a essa tua "princesa desencantada", tal a ternura devastadora com que construíste a louvação e a história dela.
E porque corporificas no texto os ciúmes humanos, a humana perfídia, os entraves que forjamos à felicidade alheia, à beleza independente, ao superior mistério de algumas criaturas.
E – repito-o – porque foste competente, sério e despojado.
Dulcíssima, tocante, majestosa canção.
Para o texto: canção de amor embalada à luz da lua
24/01/2009
Texto longo demais, embora de irmão mártir. O relato, tocante e doloroso sim, cansa pela multidão de palavras. E o pior: não chega à tão esperada plenitude estética, onde choraríamos incontrolavelmente, embora sem lágrimas visíveis. Plenitude esta que nos faria a ele retornar, continuamente, em busca da dor da estesia ou catarse.
Encontra-se ainda, este promissor exército-texto, nas fronteiras do reino das letras comuns, aguardando que André assuma o comando e o conduza, através da magia das visões feitas verbo, feitas escritura real, feitas excelência literária, aos confins da Beleza.
Falei tanto e nada, ou quase nada, disse. Não mencionei o tom elegíaco, a força-em-mágoas que move este texto, a carga, o peso triste de cada lembrança, as razões finais da Vida e da Morte nele expressas. Nem aludi sequer à sua pertinência (e relevância) temática.
E preciso reler os textos I e II, para uma necessária visão de conjunto.
Anotação de 15/02/2008:
Li os três 'Prosa Poética'. Preciso reler.
Para o texto: reflexão sobre a morte III
22/01/2009
Li sua "Utopia" - criativo, cordato e despido de preconceitos. E sensibilizei-me com os oportunos, pertinentes e amplos comentários.
"Utopia": um abraço vocabular.
Para o texto: utopia para uma prostituta
07/06/2008
Li também este. Voltarei.
Para o texto: cançãozinha de ninar
05/06/2008
Cândida meninice, André.
Para o texto: réquiem de ninar
15/02/2008
Li suas seis Letras de Música.
Para o texto: CANÇÃO DOS PALRERO ARREVOLTADO
15/02/2008
Li 'Sete contos + que curtos'. Interessantes.
Para o texto: sete contos que curtos
14/02/2008
Humor também lido. Ha ha ha!
Para o texto: autofotografia
14/02/2008
Os Haikais, li-os também.
Para o texto: valsinhazinha de haikai
14/02/2008
Li também tuas Frases, informais mas perspicazes.
Para o texto: 7 frases de eu sentado olhando o universo
14/02/2008
Até do teu asco emergem bons versos, únicos sem dúvida. Poucos, mas definitivos. Os comentários anteriores demonstram uma afinidade apaixonada com a temática e, principalmente, com o tratamento superior que lhe dás. Finíssimas opiniões (dos colegas)!
Para o texto: discurso de auto-ajuda para repetir-se em voz alta ao inimigo
14/02/2008
Li teus Acrósticos e os dois Contos. Laudatórios, porém criativos.
Para o texto: o getsêmani (o sonho)
do temor de deus
Melhores comentários: eder e advocata. Situação real: mais que a Deus, tememos os outros, como te expressaste e alguém concordou.
Situação ideal (no teu caso): crie maiores conflitos íntimos, portanto mais versos sobre "a essência de Deus".
Nível literário aceitável. Estilo desnecessariamente confuso, incongruente mesmo. Releia e corrija mais, jovem!
haikai com duas notas soltas
Este haikai é o teu momento de vadiagem, que ninguém é de ferro...
mulheres chorando
Eder, Alessandra e Klein: que argúcia, que sensibilidade! Vejo-me na invejável posição de elogiar seus felizes comentários e o poema, que provoca em mim sentimentos de tristeza, redenção, gratidão, ternura, suavidade.
A angústia, o desamparo dessas mulheres faz-me refletir, meditar, situar meu coração em seus corações.
Do sombrio interior do poema fulguram versos-diamantes: impossível a fuga. Deixemo-nos portanto iluminar...
O Corvo", de Edgar Allan Poe
Várias traduções já li d'O Corvo', desde M. de Assis. (1) A sua não vai além nem fica aquém: contém portanto o mesmo mistério arrebatador das demais. Você conversou mesmo com o corvo! Entendeu-o, interpretou cada gesto e palavra sua - e nos comunicou convincentemente seu entendimento, sua percepção, a irrealidade da situação, o fardo, o carma, a dor, os anseios de ambos - Edgar e a ave.
Intenso poder poético envolve esta tradução, meu doutor.
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(1) Traduções d'O Corvo':
Alexei Bueno
Alfredo F. Rodrigues
Alskander Santos
Alphonsus de Guimaraens
André Boniatti
Aluysio M. Sampaio
Augusto de Campos
Benedito Lopes
Bernardo Simões Coelho
Cabral do Nascimento
Carlos Primati
Carlos Versiani
Diego Raphael
Edson Negromonte
Eduardo A. Rodrigues
Em quadrinhos
Emílio de Meneses
Eric Ponty
Fernando Pessoa
Gondin da Fonseca
Haroldo de Campos
Helder da Rocha
Isa Mara Lando
João Costa
João Inácio Padilha
João Kopke
Jorge Wanderley
José Lira
José Luiz de Oliveira
Juó Bananére
Luis C. Guimarães
Machado de Assis
Margarida Vale de Gato
Máximo das Dores
Milton Amado
Odair Creazzo Jr.
Raposa
Reynaldo Jardim e Marilu Silveira
Rubens F. Lucchetti
Sergio Duarte
Vinícius Alves
Traduções francesas:
Charles Baudelaire
Stephane Mallarmé
Total de traduções: 42.
Fonte: http://www.paginas.terra.com.br
Acesso: 13/01/2008.
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Outros locais onde André escreve:
Berçário das imersões - andré boniatti
http://poiesisboniatti.hd1.com.br