Boa noite, Tristeza

Noite. Gelada. Geada.

A estrada é de pedra, em meio à árvores.

Peguei minha lamparina, acendi.

O caminho é fácil e frio, mas até reconfortante.

Depois de alguns minutos chego à casa dela.

Casa simples, madeira. Poucas janelas e humilde, nunca frequentada por alguém além de mim.

Vejo às luzes ainda acesas e ela em seu

Sofá olhar a lareira.

Bato à porta três vezes.

Ela range, é pesada, mas abre.

— Boa noite, Tristeza — Digo eu.

— Seja bem-vindo novamente, querido — Diz ela.

Assento-me de frente à ela. A poltrona minha é confortável, couro.

Lareira quente, aconchegante.

— Porque sempre volta? — Disse ela.

— Não me sinto só com a senhora. — Digo.

— Não diga isso, filho! — Retrucou. — Porque não se consulta consigo?

— A senhora é muito mais interessante. — Insisto.

ReaderVanni
Enviado por ReaderVanni em 09/11/2024
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