Entrevista com a minha Psicóloga

 

 

Entrevistadora (Angélica Lima): Hoje, tive a honra de entrevistar minha psicóloga cuja sabedoria tem ajudado muitas pessoas a encontrarem caminhos de cura emocional e crescimento pessoal.

Para começar, o que te inspirou a seguir a psicologia como profissão?

 

Psicóloga: Obrigada, Angélica. Meu interesse pela psicologia nasceu da observação do comportamento humano desde muito jovem. Sempre me intrigou como as pessoas lidam com suas emoções e desafios. Percebi que, mais do que os eventos em si, era a forma como cada um lidava com as adversidades que moldava a sua vida. Esse desejo de entender e, principalmente, de ajudar as pessoas a viverem melhor foi o que me levou a escolher essa profissão.

 

Angélica Lima: O que você acha que é o maior desafio emocional que as pessoas enfrentam hoje em dia?

 

Psicóloga: Acho que um dos maiores desafios que vemos atualmente é a falta de conexão verdadeira. Vivemos num mundo hiperconectado, mas muitos se sentem profundamente sozinhos. A comparação nas redes sociais, a busca incessante por validação externa e a pressão para sermos sempre bem-sucedidos, felizes e perfeitos criam um vazio emocional. As pessoas estão cada vez mais distantes de si mesmas, o que acaba gerando ansiedade, depressão e crises de identidade.

 

Angélica Lima: Isso ressoa muito com alguns dos temas que escrevo, como a busca por sentido e a reciprocidade nas relações. E como podemos nos reconectar, tanto conosco quanto com os outros?

 

Psicóloga: A primeira coisa é desacelerar e dar espaço para o silêncio. Precisamos aprender a ouvir a nós mesmos, a nos perguntar o que realmente estamos sentindo e pensando. A prática de autoaceitação também é fundamental. Reconhecer que não precisamos ser perfeitos para sermos dignos de amor ou de sucesso. Quanto às relações com os outros, o segredo está na presença. Estar presente de verdade com quem amamos, seja nas pequenas conversas ou nos grandes momentos, é o que constrói conexões profundas e duradouras.

 

Angélica Lima: Isso é muito poderoso. E como o conceito de empatia se encaixa nisso?

 

Psicóloga: A empatia é uma das ferramentas mais transformadoras que temos. Ela nos permite sair de nossa própria bolha de experiências e realmente entender o que o outro está sentindo. No entanto, a empatia genuína exige prática e vulnerabilidade. Precisamos estar dispostos a nos despir de julgamentos e deixar de lado a necessidade de oferecer soluções rápidas. Só assim conseguimos escutar de forma profunda. Isso, claro, fortalece qualquer relação, seja no trabalho, na família ou entre amigos.

 

Angélica Lima: Parece simples, mas sei que na prática pode ser bem desafiador. O que você diria para quem sente dificuldade em praticar essa empatia no dia a dia?

 

Psicóloga: A prática começa com a escuta ativa. Quando alguém fala, tente focar apenas no que está sendo dito, sem planejar a sua resposta enquanto a pessoa ainda está falando. Pergunte a si mesmo: "O que essa pessoa está realmente tentando me dizer?" Outra prática importante é exercitar a compaixão. Quando entendemos que todo mundo está lutando suas próprias batalhas, ficamos menos inclinados a julgar e mais propensos a compreender.

 

Angélica Lima: Acredito que, especialmente em tempos de tanta polarização, a empatia seja crucial para a cura coletiva. Em seus atendimentos, como você enxerga a importância dessa cura no nível pessoal e social?

 

Psicóloga: Absolutamente, Angélica. A cura começa no indivíduo, mas ela se amplia na sociedade. Quando cada pessoa se sente vista, ouvida e respeitada, isso cria um ambiente mais acolhedor e harmonioso. No nível pessoal, a cura acontece quando nos permitimos sentir, processar e transformar nossas dores. No nível social, essa cura se manifesta em sociedades mais empáticas, onde há mais espaço para diálogo e menos espaço para a violência e a intolerância.

 

Angélica Lima: Que mensagem final você gostaria de deixar para os leitores que buscam essa cura, seja pessoal ou social?

 

Psicóloga: Minha mensagem é simples: sejam gentis consigo mesmos e com os outros. Entendam que todos estamos em um processo de aprendizado e crescimento. A cura não acontece da noite para o dia, mas ela vem com pequenos gestos de bondade e paciência. E, acima de tudo, lembrem-se que a vulnerabilidade não é uma fraqueza, mas sim o caminho para a conexão verdadeira.

 

Angélica Lima: Que palavras lindas e inspiradoras. Obrigada por compartilhar sua sabedoria e nos ajudar a refletir sobre esses temas tão importantes. Tenho certeza de que muitos leitores se sentirão tocados por suas palavras.

 

Psicóloga: Foi um prazer, Angélica. Agradeço pelo espaço e pela troca tão enriquecedora.

 

 

 

 

 

Angélica Lima
Enviado por Angélica Lima em 18/10/2024
Reeditado em 18/10/2024
Código do texto: T8176124
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