Entrevista com a escritora carioca Celi Luz
Nome: Celi Barros da Luz.
Nome Literário: Celi luz.
*Natural do Rio de Janeiro.
*Representa a cidade:.- Rio de Janeiro/RJ.
*Atividades:
Escritora, poeta, palestrante, professora aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Tem 8 livros publicados.
Membro efetivo do PEN Clube Internacional, Diretora de Cultura da UBE – União Brasileira de Escritores, 2021/2023; Diretora da Apperj 2020/2022- Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro; Membro da ADABL Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras.
Participa de saraus, feiras literárias, exposições de poesia com artes plásticas. Realizou na Escola Municipal Gurgel do Amaral, 9 Mostras de Poesia com prévias oficinas de poesia e participação em Concursos Literários da Secretaria Municipal de Educação, com alunos , professores, responsáveis e funcionários.
YouTube : Aventuras de Férias Celi Luz
Instagram: @luz.celi
Facebook: Celi Luz
*Blog ou site: –
-Vejamos uma entrevista feita por Rodrigo Poeta com Celi Luz:
1-Como você começou a gostar de poesia?
R.:Comecei a gostar de poesia, ouvindo poemas e histórias que a minha mãe lia para os filhos.
2-Quem incentivou você?
R.:Entre os poetas, posso citar Affonso Romano de Sant’Anna, meu mestre no curso de Letras da UFRJ, que disse que eu tinha bons poemas. Olga Savary que me apresentou à sociedade literária, escrevendo um generoso prefácio para O Sol da Palavra, meu 1º livro solo.
3-Que tipo de poesia você mais gosta e prefere fazer?
R.:Gosto de ler diversos tipos de poemas. Minha produção poética se alterna entre poesia lírica, filosófica e social. Esta última sem ser panfletária.
4-Qual o seu estilo de fazer poesia, ou seja, qual o modo em que você faz a poesia?
R.:Escrevo no notebook sempre que posso. Algo me encanta ou me causa impacto, então tenho que manifestar algumas palavras. Volto várias vezes
à construção, até considerar o texto pronto. Às vezes, depois dessa fase, ainda mexo no poema.
5-O que representa ser poeta para você?
R.:O poeta tem um olhar diferenciado. Manifesta a beleza, mas às vezes sente necessidade de tocar o lado feio da vida. Sua ferramenta é a linguagem, e também o sentimento e a arte. Começa com o que lhe
impactou. Ser poeta é registrar um tempo com a visão, muitas vezes, futura.
6-O que representa a poesia para você?
R.: A poesia é uma das artes mais importantes na manifestação da cultura de um povo. Não só desenvolve a sensibilidade e a inteligência, mas
possibilita entretenimento e reflexão. Ela está na dor e na alegria. Cabe ao poeta compor o poema de acordo com o seu momento e o seu objetivo.
7-Quais os grandes ícones da poesia brasileira e mundial, que agradam mais a você?
R.: No Brasil, Carlos Drummond de Andrade, Olga Savary, Adélia Prado, Carlos Nejar e outros.
No exterior, Fernando Pessoa, Neruda, Ana Blamndiana (Romênia) e outros.
8-Você já participou de recitais de poesia? Se participou cite alguns de grande importância?
R.:Terça Converso, no Teatro Gláucio Gil; Mostra de Poesia Contemporânea na Apperj; Tanussi Cardoso e outras vozes - no CCJF -RJ onde participaram outros grandes poetas, inclusive alguns imortais da ABL;
Performance na Livraria da Travessa. Realização Sérgio Gerônimo, na Livraria da Travessa Barra da Tijuca, Psiu Poético festival de Poesia Contemporânea RJ e outros.
9-Qual a sua visão sobre a cultura principalmente no campo da literatura?
R.:A cultura deve ser valorizada em sua diversidade. Ela abre caminhos. Além do entretenimento, desenvolve a linguagem e a sociabilidade. É a cultura
que preserva a arte e a história de um povo. Sobre a literatura, observamos que o objeto livro vem sendo preterido por telas, especialmente o celular.
Com outro olhar, podemos ver, que há um grande número de peças, séries e filmes que partem de livros. Leitura é importante seja digital, ou de outra forma.
10-Você já publicou algum livro? Se já, cite o nome dele e o ano em que foi publicado?
R.: Celi Luz - 8 livros publicados a saber:
O sol da palavra, 2009. Ibis Libris
Bruno Berdistroki em: Senhorita Eme , 2013 Oficina Editores - Infantojuvenil (Prêmio da Diretoria UBE RJ )
Na Morada do Tempo, 2014. Oficina Editores
(Prêmio Vicente de Carvalho Internacional de Literatura por Livro Inédito UBE RJ)
Em razão do amor, 2017, edição bilíngue português/espanhol. Ed. Galo Branco. Lançado na Feria Del Libro Argentina 50 poemas escolhidos pelo autor, 2018 Ed. Galo Branco
Travessia, 2020 Ed. Batel. Prêmio Álvares de Azevedo Internacional de Literatura por Livro Inédito UBE RJ Laçado na Feira do livro de Lisboa.
Na Morada do Tempo, 2021 2ª edição, Oficina Editores Lançado na Feira do Livro de Lisboa.
Aventuras de Ana e Bia em: O Sr. Leão 2024, Oficina Editores – Infantojuvenil. Lançado na Biblioteca Ziraldo. Cidade das Artes Barra da Tijuca RJ
11-Você já fez algum projeto ou participou de algum em referência a poesia?
R.: Sim. Realizei 9 Mostras de Poesia na Escola Municipal Gurgel do Amaral, com previas oficinas, concursos envolvendo toda a comunidade escolar.
Participávamos do concurso de poesia da SME, no qual tivemos vários alunos premiados, e eu também. Encerrávamos com um bonito Festival de poesia.
12-Qual a poesia sua em que você mais possui afeição?
R..: Brasis dentro de mim
Celi Luz
Língua ouro a lamber as águas
o som a se desprender de febres
e, sempre volto à fonte de lavras.
Do Círio de Nazaré, fui procissão
do carimbó e do siriá fui Norte
da Amazônia, pássaro na vastidão.
Sou frevo do Nordeste e dança do coco
de maracatu e capoeira me encanto
de cordel, até entendo um pouco.
E o pantanal, o siriri, a cavalhada
o repente e a procissão do fogaréu
no Centro-Oeste sou ave em revoada.
Nos pampas, o gaúcho a cavalgar
a chula, o chimarrão, bendito seja!
O Sul da uva e do vinho a me alegrar.
De fandango, congada e Carnaval
de samba, sol, de lua no bar
O Sudeste é a poesia do sarau.
Dos Brasis tão díspares, tão pés
dos verde-amarelos tão distintos
sou eu, as tantas Marias e Josés.