Confrade Paulo Miranda pergunta, eu respondo
1. Dos seis Daves do Recanto, você é o mais recente, contudo, disparadamente, o mais prolífico em termos de produção literária... Será isso em razão da redundância nominal?
Fico imensamente honrado por ser incluído na sua seleta entrevista, que eu computo como o Jô Soares do Recanto das Letras. Não podemos atribuir a minha produção literária à redundância nominal, pois eu tenho mais que o dobro de textos dos outros Daves.
2. Assumindo o governo do site, de que forma - sintética - o governaria... por um dia?
Eu colocaria um texto meu por 24 horas na home do Recanto das Letras para ver se eu consigo superar um dia a Leila Angélica em primeiro lugar na lista dos batutas do Recanto das Letras.
3. Se a pandemia da COVID-19 acentuou a divisão ideológica do país... A vacina teria aprofundado essa cisão?
Eu diria que sim. O Brasil sempre foi uma referência em vacinação, mas, da COVID pra cá, tomar vacina ou não virou uma questão ideológica, não mais de saúde pública.
4. Já entrou num vestiário do Verdão? Entre passados e presentes, que ídolos abraçaria?
Você tocou no meu ponto fraco. Eu estou colhendo só recentemente os bons fluidos do Verdão, por ter pegado as vacas magras por muitos anos. Eu daria um abraço apertado e hetero no Valdivia, que era nosso ídolo quando todo mundo se negava. E no Paulo Nunes, que foi meu primeiro ídolo. Eu tive a oportunidade de entrar no vestiário do palmeiras pelo Tour que fiz no Alianz Parque, mas, infelizmente, não tinha nenhum jogador pelado na ocasião.
5. O que faria hoje, se estivesse em Porto Triste, RGS?
Eu seria contra a paralisação do serviço campeonato brasileiro para que eu continue a receber as contribuições humanitárias do futebol e, certamente, tentaria organizar o impeachment de Eduardo Leite.
6. Levaria Kathie ao Alkas' Bar, de João Pessoa, para ver um show de Vittar?
Apesar de não gostar de Vittar, o lugar aprazível e a companhia da confreira e confeiteira Kathie superariam em muito minhas preferências musicais.
7. De gêneros literários de seu apreço, no Recanto, destacaria algum?
Eu gosto de ler crônicas e de produzir resenhas de filmes, que é o que eu faço menos pior. Mas gosto de ler resenhas e textículos à la Paulo Miranda. Só não sou muito afeito a ler poesias, confesso. Poesia não é um gênero para amadores. Mas tem uma ou outra que se destacam.
8. Vinte e seis está aí... Ainda viveremos para ver Adélio em liberdade, e explicação cabal para o caso Marielle?
Da mesma forma que não conseguiram vincular a oposição no caso de Adélio, também não conseguiram vincular Bolsonaro ao caso da Marielle. Isso é o que une os dois casos. Mas, sinceramente, espero que os dois fiquem trancafiados.
9. Rezaria com Maria do Rosário?
Rezar é uma coisa muito católica para quem se chama David.
10. O feminismo nos países nórdicos estaria se tornando uma religião?
O feminismo nos países nórdicos é um método contraceptivo, por esbarrar na misandria. Acho que o sonho das feministas é descobrir uma maneira de ter filhos orgânicos com outras mulheres. Então, sim, eu diria que é uma forma de religião.
Tenho que dizer que as perguntas superaram em muito o nível das respostas. Obrigado por tirar um tempo para elaborar essas questões. Sinto que com essa entrevista, finalmente minha parca produção literária foi reconhecida.