Artistas da Terra

Tive a alegria e o prazer em receber uma aluna da Escola Municipal José Sarney, a qual carinhosamente perguntou se poderia entrevistar-me por ocasião da Feira de Conhecimento que iria ocorrer em sua escola, cujo tema de sua equipe era POESIA e na oportunidade iriam ressaltar também os poetas da terra. Eu prontamente aceitei o convite e foi com satisfação que respondi, em breves palavras, a entrevista que ora segue:

ENTREVISTA

Profa. Elian Maria Bantim Sousa

1. Como você se sente fazendo poemas?

Sinto-me realizada como ser humano. É um prazer difícil de explicar. Encontrar um papel em branco e nele delinear todos os sentimentos que ora pulsa em meu coração, as tristezas que vivencio, as alegrias conquistadas diariamente, tudo isso é indescritível. O deleite maior é reler o que escrevo, é uma sensação de vitória e de satisfação.

2. Em que você se inspira para fazer seus poemas?

Geralmente escrevo o que meu coração dita no momento, comumente escrevo o que estou vivendo, inspiro-me nas coisas do cotidiano, e procuro transformar em letras todos os meus desejos.

Dia desses estava na varanda da minha casa apreciando nosso jardim quando, de repente, presenciei a bela cena de um beija-flor pousando numa rosa, nesse exato momento peguei um papel e escrevi: ATO SUBLIME DE AMOR, uma poesia linda que retrata todo o momento de amor entre o pássaro e sua “presa”.

3. Dos poemas que você escreveu qual é o seu predileto.

Na verdade gosto de tudo que escrevo tanto é que quase todos os dias releio tudo que já escrevi até agora, e olha que foram muitos. Mas tem um em particular que aprecio, não menosprezando os outros, intitulado Encanto versus Desencanto. Confesso que todos são meus prediletos porque cada um tem uma história e um momento todo particular, enfim...é a minha vida transformada em letras.

4. Qual é o seu maior sonho na carreira de poeta?

Tenho plena convicção que o sonho de todo escritor é um dia poder publicar suas obras. E se não publicá-las, pelo menos torná-las conhecidas. É gratificante saber que outras pessoas terão acesso ao que escrevi e, quem sabe, esses escritos sirvam também de inspiração para outros que ainda não descobriram a arte de escrever.

5. Quais os poetas que você mais gosta?

Quero falar em primeiro lugar de uma grande escritora a qual admiro muito, minha irmã Eliran. Ela escreve poemas belíssimos e emocionantes. Sou sua fã. Mas falando dos literatos gosto muito de Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes e, claro, meus conterrâneos Gonçalves Dias e Ferreira Gullar.

6. Com quantos anos você começou a escrever poemas?

Comecei escrever recentemente, há uns 5 anos, inclusive tem até um texto meu que traduz esse início, intitulado: A ARTE DE ESCREVER. Nele está contido todo o meu processo de como despertei para a arte da escrita. Desde então não mais parei. Todos os dias escrevo pelo menos três obras, incluindo poesias, cartas, orações, homenagens e frases.

7. O que levou você a ser poeta?

Acho que foram os momentos da vida. Quis transportar tudo que sentia para o papel, guardá-los como se fosse uma companhia, eestática, mas uma companhia. É como se fosse uma resposta para os meus sentimentos.

Levando em conta, claro, que sou uma devora de livros e tenho convicção de que isso me ajudou muito. Ficava horas admirando as obras dos grandes poetas e indagava-me como as palavras eram colocadas no papel em perfeita harmonia. Essa curiosidade foi parte essencial para o meu despertar poético.

Coelho Neto, 18 de dezembro de 2007