Chico Aafa - Um dos destaques do The Voice +
Série Opinando e Transformando
> Nome: Chico Aafa
> Breve biografia: Cantor, compositor, integrante da Eco Academia de Letras, Ciências e Artes de Teresópolis de Goiás - GO (EALCAT), ocupante da cadeira nº 5, tendo como patrono o compositor e maestro Heitor Villa-Lobos. Aafa (Instagram @chicoaafa) nasceu em Teresina - PI, migrou para Goiás ainda criança, começou sua carreira artística fazendo apresentações musicais em casas noturnas e participando de festivais; conquistando o primeiro lugar na maioria deles, além de outras colocações como: melhor letra, melhor música, melhor arranjo, melhor intérprete, etc. Participou por diversas vezes dos concertos apresentados pelo compositor baiano Elomar Figueira Melo, uma dessas participações está registrada no LP “Cantoria II”, quando gravou ao lado de Elomar, Xangai, Geraldo Azevedo e Vital Farias. Atualmente se apresenta em espaços e projetos culturais. “Ser Tão Profundo” é seu mais novo trabalho, concluído em 2020, com canções autorais e algumas parcerias. Chico Aafa recebeu em 2018 o Prêmio Grão de Música e lançou o CD “Cantigas do Estradar”; uma retomada ao estilo voz e violão e à parceria com o violonista clássico Felipe Valoz. Em 2015 produziu o CD “Chuva das Flores”; disco que traz a vertente mais romântica de Aafa, sem perder de vista a exaltação à natureza, evidenciando a necessidade latente de proteção do meio ambiente. Ainda em 2015 saiu em turnê com o concerto “Chuva Das Flores”, acompanhado pelo duo de violonistas Com a Corda Toda (Luis Chafim e Pedro Braga). Depois de gravar vários discos, em 2011 Aafa marcou sua carreira com a produção do seu primeiro DVD, que leva a “essência” do seu trabalho. “Sertana Cantares” é o nome do DVD, título dado pelo compositor Elomar, já que, exceto uma música, todo o repertório é de canções daquele compositor. Com direção musical e arranjos do maestro João Omar de Carvalho Mello, o roteiro foi classificado dentro de um conteúdo que reflete a temática medieval/sertânica. Em 2010 gravou o CD “Por Onde Eu For”, com uma faixa especial, presente do amigo Juraildes da Cruz. Em 2008 foi a vez do CD “Cio das Águas”, com temáticas que transcendem através da poesia. Em 2006 Aafa participou do Projeto Pixinguinha viajando pelo Sudeste, Norte e Nordeste do país. Ainda em 2006 Aafa produziu o CD “Cantam em Si as Cigarras”; dando início ao registro das canções autorais premiadas nos festivais que participou. São canções inéditas, com temas que evocam os costumes regionais e o amor pela natureza, com destaque para ritmos e estilos musicais populares, sem perder, contudo, a universalidade da música erudita. Em maio de 2004, com o violonista Felipe Valoz, produziu o CD “Cantada do Sertanez de Elomar”, interpretando 12 canções do cancioneiro Elomariano. Sua experiência com disco vem da era do vinil, com a produção de um compacto duplo e a participação em vários discos de festivais, além do “Cantoria II”. Aafa compõe trilhas sonoras para cinema, a exemplo do filme “Uma Saga Brasileira”, de Pedro Augusto Brito.
Confira a entrevista com Chico Aafa
> Em sua opinião, o que é cultura de paz?
A cultura de paz é todo movimento que vai em prol do celebrar as coisas belas, celebrar um novo dia, celebrar uma flor, o perfume de uma flor. Não só isso! Cultura de paz é também um manifesto em defesa da preservação do meio ambiente. Costumo dizer que quando se dá um grito de guerra em prol da vida é cultura de paz.
> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Nós podemos difundir esta cultura através dos nossos sentimentos, basta ser fiel ao que se pretende, sem máscaras, neste sentido, lógico. E assim a gente vai passando o que realmente pode contribuir com a formação de uma consciência coletiva.
> Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
Movimentos importantes surgirão neste sentido, ao logo do despertar de um novo olhar para a arte, arte no seu todo, seja na literatura, na música, no teatro. Agora mesmo comemoramos 100 anos da Semana de Arte Moderna, ali foi um marco, tudo começou a ter um novo rumo, foi um movimento muito importante, lógico que depois veio a tropicália, bossa nova, vários movimentos que estão acontecendo até hoje. Isso é um efeito natural, e nos cabe é isso, atuar, neste sentido de fazer, de expressar essa consciência.
> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos?
Sempre quando buscamos o conhecimento, a gente tem uma sensação de novos horizontes. E se assim é, com certeza libertam. Cada vez que você adquire um conhecimento, é uma luz que se abre, é uma luz que clareia o seu norte. Com certeza, libertam!
> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
Isso sem dúvida é uma nova realidade, isso tem ajudado muito. Isso vai ser muito importante para uma nova era da humanidade, uma nova esfera. É lógico que com estas facilidades todas é preciso ter cuidado, porque também tem muitas brincadeirinhas, muitas inverdades, as famosas fake news. Então se deve primar o que realmente constrói, e com certeza esta forma digital de fazer as coisas vai ser um novo momento para a humanidade. Teremos sim uma humanidade mais preparada, porque é através desta forma de comunicação que pessoas que antes não tinham acesso à cultura, não tinham acesso a um bom livro, não tinham acesso à música que gostasse; hoje, através da internet, chegam a um concerto, a uma ópera, a uma sinfonia, uma trilha, uma música que gosta, um bom livro, são tantas possibilidades. Vai, sim, ser um grande momento, não futuramente, mas muito em breve.
> Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Estude, precisamos estudar, precisamos buscar o conhecimento, porque as possibilidades estão aqui, não diria a nossas portas, mas em nossos dedos, em nosso olhar.