Opinando e Transformando - Mônica Bittencourt
Mônica Bittencourt é carioca, tem 34 anos e é atriz formada pela UFBA e jornalista formada pela FACHA. Trabalha como atriz, roteirista, apresentadora, mestre de cerimônias e locutora há 15 anos nos mais diversos meios.
À frente do programa “Almanaque” da tradicional rádio carioca, a Roquette-Pinto, Mônica faz sua estreia na Rádio. O programa vai ao ar toda semana, de segunda a sexta, de 13h às 15h, na 94,1 FM.
O Almanaque é um programa que reúne cultura, criatividade, educação, empreendedorismo, história de gente do Rio e muita música. De forma descontraída, Mônica Bittencourt comanda a atração recebendo para um bate-papo gente de diversas áreas com trabalhos e ideias interessantes para compartilhar.
Atualmente, Mônica faz parte do casting da agência Cartola Entretenimento.
Em sua opinião, o que é cultura de paz?
Eu acho que a cultura de paz tem a ver com conviver em sociedade da melhor forma possível, principalmente respeitando a cultura, as escolhas e a liberdade do outro. Exercitar a nossa escuta, a empatia e a generosidade. Pregar sempre a não-violência, o diálogo, o debate de ideias para que se construa um ambiente saudável nas discussões políticas e na nossa vida social e privada.
Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Acho que difundir a paz tem a ver primeiro com ficar em paz com nossas escolhas, com nós mesmos e saber respeitar o outro. Propagar a paz de forma coerente é tratar sempre os conflitos de uma forma mais respeitosa e empática possível.
Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade/humanidade?
Como artista e comunicadora tento problematizar algumas ‘’verdades’’ e provocar o pensamento, para que a gente se permita sempre a pensar fora da caixa. O ser humano é complexo e a arte, o pensamento, a cultura estão aí para que possamos acessar essas outras camadas. E a partir desta visão mais ampla sobre si mesmo e sobre as relações humanas poder, com mais consciência, escolher as próprias batalhas.
A cultura, a educação liberta ou aprisiona os indivíduos?
Liberta sempre, quanto mais conhecimento, experiência, pontos de vista a pessoa tiver acesso, mais portas de pensamento e de visão vão se abrir, sem dúvida.
Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
A gente vive um momento muito bélico hoje na política, nas redes sociais e o ódio dá lucro, engajamento. Quando falamos de pensamento, olhar crítico, opinião, vivemos um impasse. As bolhas das redes sociais em que o algoritmo só te mostra mais do mesmo, nos tornou extremamente parciais e incapazes de ampliar o pensamento. E aí os extremos só se fortalecem.
Mas ao mesmo tempo quantas possibilidades maravilhosas de conexão, aprendizagem, diversão que o meio digital proporciona. Acho que o meio digital fez enxergarmos mais quem são ‘os outros’ que não conhecemos. Que a gente possa usar essa plataforma tão preciosa para a nossa evolução como humanidade.
Qual mensagem você deixa para humanidade?
Menos ódio, guerra e mais amor, mais escuta e abertura para o diferente. Batalhas vão existir, faz parte da vida. Mas que a nossa luta pessoal leve sempre em consideração o outro e a comunidade. Repensar o coletivo e sair da nossa bolha é urgente.