Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
 
AJOMAR JOSÉ DOS SANTOS nasceu em Recife-Pernambuco, no dia 26 de outubro de 1966, estudou o ensino fundamental I e II na Escola Eleanor Roosevelt (de 1975 a 1981) e o ensino médio na Escola Santos Dumont (de 1982 a 1985). Ele despertou seu interesse pela literatura quando cursava a 5ª série, época na qual após algumas aulas de português começou a compor os seus primeiros versos. Quando estava no 2º ano científico em 1986, um poema de sua autoria, intitulado de Pena de Morte, foi escolhido para participar da V Coletânea de Trabalhos Escolares, coletânea tal, que publicava os melhores textos literários dos alunos de escolas estaduais de Pernambuco.  
              AJOMAR é Capitão aposentado da Polícia Militar de Pernambuco,  já serviu nos seguintes  batalhões: 6º BPM (de 1989 a 1994), CFAP (de 1994 a 1995), 13º BPM (de 1995 a 1999), 6º BPM (de 2000 a 2002), 19º BPM (de 2003 a 2006), QCG (Quartel do Comando Geral) (de 2006 a 2008), 6º BPM (de 2008 a 2010) e 1º BPM (2011), 6º BPM (2012 a 2016) e 10º BPM (2017 a 2019).
 
           
“Supondo que o amor é um sentimento sublime que não escolhe o coração que quer habitar, por causa do seu porte de nobreza, é comparado com um castelo. ...Haverá ondas e tempestades que necessitarão da solidificação de sentimentos sinceros que serão comparados a um Castelo de Areia.”
 
Boa Leitura!
 
 
Divulga Escritor - Escritor Ajomar Santos é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita?
Ajomar Santos - O prazer é meu em poder contar com o apoio de um veículo de divulgação de tão nobre importância, que não se limita a divulgar obras literárias em apenas um estado ou uma região, mas no país inteiro, no nosso caso Brasil, podendo ser ampliado a outros países de língua portuguesa a exemplo de Portugal. Que já está se tornando um ícone de divulgação literária de livros e autores independentes ou não. Quanto ao meu gosto pela escrita, tudo começou quando eu estava na 5ª série (hoje denominada de 5º ano), minha professora de português ministrou algumas aulas sobre a composição de um poema. Nessa aula ela mostrou vários estilos, além de falar de verso, rimas, ritmo, métrica, etc. Naquele momento, percebi que era fácil compor um poema e comecei a escrever os meus primeiros versos. Comecei fazendo quartetos (quadrinhas), que são os poemas com quatro versos. Depois comecei a juntar três ou quatro quartetos e colocar um título. Mostrei a alguns amigos e amigas, que no início duvidaram da minha autoria, após vários desafios de compor alguns poemas na presença deles, passaram a me incentivar e divulgar as minhas obras literárias.
 
Divulga Escritor - O que mais o encanta nos textos poéticos?
Ajomar Santos - A poesia alimenta o coração e entorpece a alma, o poeta, muitas vezes, exagera no seu romantismo e compara os seus sentimentos com elementos da natureza. O que me encanta nos textos poéticos é a magia, a busca pela perfeição dos sentimentos líricos entre o poeta e a sua musa inspiradora. Podemos ver essas características nos poemas de Castro Alves, Cecília Meireles e Florbela Espanca.
 
Divulga Escritor - Como foi a seleção dos poemas e escolha do Titulo para seus livros de poesia:
Corações amotinados – Conforme o tema, os corações amotinam-se porque não querem mais obedecer aos cérebros. Por isso, a seleção dos poemas foi baseado na busca do poeta pela perfeição do amor ou paixão sentida pela sua musa inspiradora, enfrentando antagonistas como a saudade, a solidão, o ciúme, o adeus.
 
Meu amor por uma rosa – Partindo do princípio em que o poeta se imagina como um beija-flor e a sua musa é comparada com uma rosa. Então os poemas escolhidos tem temas que lembram elementos da natureza como jardim, flores, rosas… Mas, isso não quer dizer que outros temas deixassem de ser inclusos nesse livro.
 
Da água para o vinho – O tema principal é a mudança radical de um sentimento. O amor que seria, supostamente, eterno, de repente termina com uma palavra adeus. O livro destaca o sofrimento do poeta em busca do reencontro com a suamusa inspiradora, ou ao menos, explicações que possam confortá-lo.
 
Castelo de Areia – Supondo que o amor é um sentimento sublime que não escolhe o coração que quer habitar, por causa do seu porte de nobreza, é comparado com um castelo. Mas a vida poderá trazer surpresas as quais fará o amor passar por diversas provas. Haverá ondas e tempestades que necessitarão da solidificação de sentimentos sinceros que serão comparados a um Castelo de Areia.
 
Destaque um dos textos poéticos publicados em seu lançamento “Castelo de Areia”
 
Confidências para a lua
Fiz confidências para a lua
Que vagava no céu tão feliz
Revelei a ela o meu segredo:
Você é tudo que eu sempre quis...
 
Pedi a ela que ilumine
As ruas aonde você passar
E que quando ver você triste
Que venha logo me contar...
 
Falei para ela da minha saudade
Quando você está longe de mim
Fiz confidências da nossa paixão
Sentimento que não tem mais fim...
 
Pedi também que brilhasse
Intensamente nos olhos teus
Exceto quando fechados
Durante os beijos meus...
 
Comente sobre o momento de inspiração do texto 
Ajomar Santos - A ideia surgiu de uma suposição de que a lua que acompanha os enamorados pelas ruas. Estando eles juntos ou separados. E nesse momento havendo uma interligação telepática ou não que possa se confidenciar com o satélite natural da terra confissões dos sentimentos saudosos que massacram todos os corações.
 
Divulga Escritor - Em que momento pensou em escrever o seu romance policial “Heróis e Vilões - as aventuras do Sargento Wesley Montecarlo”?
Ajomar Santos - Em 1998 publiquei o meu 1º livro, Corações Amotinados, 120 páginas, gênero poesia, muitos amigos e amigas me apoiaram na compra e na divulgação. Alguns amigos, naquela época me sugeriram escrever um romance. Comecei a imaginar sobre o que escreveria e outra sugestão me surgiu… Escrever um romance no qual o protagonista fosse um policial militar. Naquele momento comecei a imaginar uma viatura da polícia militar composta deum sargento e dois soldados, os quais iriam participar de várias ocorrências de roubos, sequestros, homicídios nas ruas do Recife. Livro tal que publiquei em 2004 e sua reimpressão foi feita em 2014.
 
Divulga Escritor - Como foi a construção do enredo e personagens desta obra?
Ajomar Santos - A construção do enredo não foi difícil porque a violência, hoje banalizada, faz parte do nosso cotidiano. Todo o dia vemos reportagens sobre o assunto na TV, revistas e jornais. Quanto às personagens, as composições  partiram da ideia de pessoas comuns enfrentando a violência do dia a dia.
 
Divulga Escritor - Onde comprar os seus livros? (podes deixar até 3 links para compra)
Ajomar Santos - Através do email ou Link na bio do Instagram
ajomarsantos@gmail.com
@ajomarsantosescritor
 
Divulga Escritor - Quais os seus principais objetivos como escritor?
Ajomar Santos - Prestigiar a literatura pernambucana e brasileira contribuindo com obras literárias de gênero romance policial e poesia com publicações de novos livros. Incentivar a leitura a novos leitores através de palestras, oficinas e reuniões literárias seja em feiras de livros, escolas, comunidades, etc.
 
Divulga Escritor - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Ajomar Santos. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos em sua opinião o que o leitor pode fazer para ajudar a vencermos os desafios encontrados no mercado literário brasileiro?
Ajomar Santos - Ler mais livros, principalmente de autores brasileiros, com a mesma intensidade que se tem em assistir aos filmes expostos nos cinemas. Mesmo concordando que os filmes apesar de serem frutos de roteiros de muitos livros, tornam-se mais fácil de conceber os seus enredos através do ver e do ouvir em alguns minutos, ao invés de ler durante dias ou semanas. Apesar de que muitas vezes chegamos a uma imprevisível conclusão: Ou o brasileiro é preguiçoso para degustar uma boa leitura ou então a emoção de assistir a um filme, ainda que seja roteiro de algum livro, é muito mais forte que a emoção de ler uma boa estória.
 
 
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Revista Literária da Lusofonia
Enviado por Revista Literária da Lusofonia em 08/07/2021
Reeditado em 06/03/2023
Código do texto: T7295453
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