Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Nascido em 13/04/1976, o autor descende de família italiana, tradicional no ramo agrícola, em especial a cafeicultura. Residente na bela e pacata cidade de Varginha, sul das Minas Gerais, casado, pai de um lindo e extrovertido garoto de nome Miguel.
O autor é amante fiel das letras; sua primeira paixão foi “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, ainda na escola. Atuante nas demandas sociais foi presidente de associações, conselhos de bairro e diretor de cooperativa, além de contribuir nos eventos religiosos no bairro rural, onde está estabelecido desde o nascimento.
Por fim, tem alma poética, gosta de rock das antigas, tendo Renato Russo como uma grande inspiração.
“...as reflexões que a obra traz em si: como o auto perdão, dar a si mesmo a oportunidade do recomeço; questões sociais, como a vida de um sem teto, fazendo-nos refletir sobre o que pode levar uma pessoa a viver tal situação e, por fim, sobre o modo como tratamos aqueles que são diferentes de nós, afinal porque somos tão severos com o diferente, se na essência, ou seja, nos sentimentos somos tão iguais?”
Boa Leitura!
Escritor Eduardo Reghim, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?
Eduardo Reghim - Olá, o prazer é todo meu. Bom, minha primeira experiência literária foi com Vidas secas, do grande Graciliano Ramos, encantou-me a narrativa onisciente do autor, o modo como ele induz o leitor a imergir na história descrevendo com maestria os sentimentos mais íntimos de cada personagem, isso me tocou muito. Outras fontes inspiradoras das quais me embriaguei foram: às músicas de Raul seixas em parceria com o grande Paulo Coelho: essa parceria esbanjou criatividade. A poesia de Renato Russo me motivou muito também. Entre os autores, inspirei-me em Oscar Wilde, Paulo Coelho, Machado de Assis, Jane Austen...
Como se deu o início e desenvolvimento da escrita em sua carreira literária?
Eduardo Reghim - Nos anos noventa, em plena adolescência me encantei com a criatividade das letras de Raul Seixas e também de Renato Russo, Raul e Paulo Coelho transbordavam inspiração em suas composições, já Renato transbordava poesia e, eu mero mortal, queria acompanhar essa inspiração, tanto que tentei alguns escritos, mas eles eram demasiados longos e dificilmente se transformariam em músicas.
Ali pelos anos dois mil, percebi que estes escritos tinham mais a ver com poesia. Bom, a partir daí houve um grande hiato, onde nada escrevi, voltando tão somente no ano de 2014, quando minha mulher juntamente com minha irmã me desafiou a escrever um livro, pois apreciavam meus textos dizendo haver talento e inspiração neles. Foi então que resolvi tentar, essa tentativa, seis anos mais tarde resultou no romance que vou lançar em junho, “O ANDARILHO”. Foi justo nessa época quando iniciei a elaboração de contos. Nesta modalidade, além do apoio de minha mulher e de minha irmã, obtive respaldo e grandes contribuições num grupo de internet denominado “NOVOS ESCRITORES BRASILEIROS”.
O que o inspirou a escrever “O Andarilho”?
Eduardo Reghim - Várias foram às motivações: o apoio de minha mulher e de minha irmã; o desafio em si de escrever algo complexo; a necessidade de expor minhas ideias e pensamentos através da escrita, enfim... Mas teve algo que me deu um mote especial, algo que sempre tive fé que poderia dar em uma ótima história.
Em 2013, vi uma reportagem na internet, descrevendo sobre o hábito diário de um senhor ir a um restaurante, lá, se assentava na mesma mesa todos os dias, levando consigo um porta-retratos contendo a foto de sua mulher, falecida há anos e durante a refeição, o senhor dialogava com a fotografia, tal qual estivesse falando com a própria mulher. Quando li essa reportagem, comentei comigo mesmo, se um dia escrever um livro, vou colocar algo parecido.
Apresente-nos a obra
Eduardo Reghim - O Andarilho é um romance dramático e poético, onde acompanhamos a trajetória infausta de Stefano, um homem amargurado, definhando por uma culpa que o assola há tempos.
Neste percurso, se esbarra em Mariane num encontro casual. Esse encontro desperta nele memórias de um amor enclausurado no passado, por breves momentos Stefano reencontra a felicidade de seus tempos áureos, inundados por poesia, mas também revive memorias de um desespero visceral.
No decorrer do tempo, Stefano e Mariane vão se aproximando, mas é uma aproximação difícil, pois ambos têm contas a resolver consigo próprios. Stefano é enigmático pouco revela sobre seu passado, Mariane, por sua vez tem problemas com um figurão do crime, o mafioso Cezinha, conhecido como o anjo da morte.
O desenrolar desses eventos, será impactante, revelador e surpreendente.
Apresente-nos alguns tópicos do Sumário
Eduardo Reghim - Começo pelo prologo, ele tem uma narrativa bem diferente dos demais capítulos, descrevendo um estranho diálogo entre o protagonista e uma enigmática mulher, que surge do nada. Detalhe, o prologo tem sua conclusão no penúltimo episodio do livro.
Capitulo 1. O acaso: narra o conturbado encontro de Stefano e Mariane, os protagonistas.
Capitulo 2. O ensaio de uma vida: descreve a juventude do protagonista e como foi à descoberta de seu primeiro amor.
Capitulo 9. Mascaras ao chão: o clímax da história, onde revelações bombásticas veem a tona, é preciso ter preparo psicológico para ler este capitulo, além disso, foi onde mais usei a poesia e por isso o que mais gostei.
Capitulo 10. O andarilho: onde conhecemos as consequências de um ato impensado.
Capitulo 12. A forma da eternidade: uma conclusão alucinante da história foi muito gratificante escrever essa parte.
Em sua opinião, o que mais atrai o leitor a ler “O Andarilho”?
Eduardo Reghim - Bom, creio que a narrativa em prosa poética pode ser um grande atrativo, mas vai muito além, posso afirmar que o leitor irá encontrar uma boa dose de romance, em alguns momentos muito agradáveis, afinal a descoberta do amor é sempre algo bom de sentir, mas também encontrará suspense, mistério e grandes reviravoltas praticamente em toda a história e ainda uma sutil dose do sobrenatural. Outro ponto que deve ser citado são as reflexões que a obra traz em si: como o auto perdão, dar a si mesmo a oportunidade do recomeço; questões sociais, como a vida de um sem teto, fazendo-nos refletir sobre o que pode levar uma pessoa a viver tal situação e, por fim, sobre o modo como tratamos aqueles que são diferentes de nós, afinal porque somos tão severos com o diferente, se na essência, ou seja, nos sentimentos somos tão iguais?
Onde podemos comprar o seu livro?
Eduardo Reghim - Na editora busca sentido, www.buscasentido.com/ @buscasentido instagram, também estará disponível na Amazon.
Quais os seus próximos projetos literários?
Eduardo Reghim - Já estou publicado em duas antologias, são elas: O vazio; histórias sobre depressão, com o conto Viagem indigesta, editora Illuminare e a pandêmica antologia Éramos livres, com o conto Dias sombrios, disponível na Amazon.
Além destes e O andarilho, em breve será publicado o projeto Pavor&cia pela editora Leia Livros, onde participo com três contos: Sombras noturnas, O fruto proibido e O acerto, o gênero é terror.
Agora estou iniciando o segundo romance com o titulo provisório, Medo, um drama psicológico; e tenho ainda muitas ideias maquinando por aqui, que em breve pretendo passar para o papel.
Quais os seus principais objetivos a serem alcançados por meio da literatura?
Eduardo Reghim - Bom, não vou negar que sonho com sucesso e reconhecimento, sonhar ainda é permitido, mas me dou por satisfeito se me tornar um bom escritor, capaz de levar uma diversão, reflexão, ou o simples prazer de uma boa leitura a aquele que se dispuser a ler minhas obras, posso dizer que isso por si só é o suficiente para me deixar realizado. Claro que se o futuro me presentear com um sucesso próximo ao de King, ou Paulo Coelho, garanto-lhe que não vou me queixar, rs.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Eduardo Reghim. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Eduardo Reghim - Digo que a escrita foi a grande descoberta de minha vida, do mesmo modo o hábito da leitura, é um mundo que quando se entra, não há mais como voltar, alias, até há, mas a gente não quer, é um vício que não traz malefícios, portanto está mais para uma virtude viciante. Então, aconselho a quem ainda tem receios de adentrar neste mundo, que entre. Garanto que irá se arrepender, mas é de não ter entrado antes. Por fim, desejo á aqueles que se aventurarem nas leituras de minhas histórias que obtenham nessa leitura o mesmo prazer que obtive ao escrevê-las. Muito obrigado pela oportunidade e sucesso para todos nós.
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