O QUE FAREI AMANHÃ
O que farei amanhã?
Se vivo, farei poesia.
E ontem, fizeste o quê?
Pratiquei a engenharia.
Então vou te perguntar:
e se pudesses mudar,
o que diverso farias?
Não digo que me arrependa
de nada em meu roteiro,
e até sou realizado
na carreira de engenheiro.
Mas nada iguala a poesia,
demorei pois não sabia,
que tenho o sangue tinteiro.
(Respondendo ao “E o que farei?” Da Ieda Chaves Freitas)
Vejam que beleza de soneto ganhei de Um Piauiense Armengador de Verso:
Não sei pra onde me leva o meu destino,
Que transita ao sabor da ventania,
Adivinhar eu não conseguiria,
De vidente não tenho o menor tino.
O sol da vida não está a pino,
Estou chegando ao fim da escadaria,
Procuro desfrutar de cada dia
O melhor do profano, ou do divino.
O cardápio que tenho pra amanhã
Sairá do improviso e mente sã:
Amando ainda melhor com alegria.
Exercitando o corpo no calor,
Pensando em quem deseja meu amor
E pra ela escrever uma poesia.
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