Uma leitura que vai te surpreender em ‘Beijos, Bicicletas e Óvnis’

 

Por Shirley  M. Cavalcante

 
Amilton Costa, possui graduação em Ciência Política, graduação em Odontologia, especialista em Saúde Pública, Mestre em Saúde da Família. Trabalhou durante dez anos como dentista de família e neste período escreveu diariamente no blog “De Boca Aberta”, cujas crônicas deram origem ao livro de mesmo nome. Atualmente é professor universitário e mora na cidade de Sobral, Ceará, Brasil.
 
“Para levantar reflexão, escolhi pontos cruciais na história, tais como a reforma religiosa realizada por Akhenaton no Antigo Egito, o assassinato de Sócrates na Grécia Antiga, as perseguições imputadas pelo tribunal da Santa Inquisição durante o período medieval e a reforma protestante na modernidade.”
 
Boa leitura!
 
Escritor Amilton Costa, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o inspirou a escrever “Beijos, Bicicletas e Óvnis”?
Amilton Costa - Muito obrigado pelo convite e oportunidade de compartilhar minha história.
Sempre fui fascinado por questões relacionadas à vida extraterrestre, é um tema que me instiga desde a infância. Mas o motivo maior ao começar o processo de criação foi a necessidade de levantar um debate e propiciar, de certa forma, uma reflexão acerca de temas universais, tais como: a vida no planeta Terra, as diferenças sociais, o preconceito social, sexual e religioso. Dessa forma, imaginei um cenário distópico e uma guerra que separava pessoas pelos dogmas religiosos.
 
Quais critérios foram utilizados para escolha do título?
Amilton Costa - Inicialmente o título não era esse, os personagens surgiram, a história ficou bem clara na minha cabeça e o título foi mudando ao longo da escrita. Fiquei feliz quando entendi que deveria ser realmente algo que conseguisse trazer uma noção do que a história proporciona: amor, amizade, desprendimento e capacidade de viver os momentos mais simples, superar as adversidades e acreditar no inimaginável.
 
Apresente-nos a obra
Amilton Costa - Posso dizer que o centro propulsor do enredo é Belfast, capital da Irlanda do Norte, março de 1984. No auge dos conflitos entre católicos e protestantes descortina-se uma história de amor e amizade entre um terrorista do Exército Republicano Irlandês (IRA) e um protestante. Além da guerra diária, os protagonistas precisam viajar no tempo para resolver questões inacabadas. Do Egito antigo a Nova York de 2195 d. C. eles quebram a barreira do espaço-tempo e trazem uma visão diferente acerca da fé, religião, amor, homossexualidade e a vida no planeta Terra.
 
Qual o momento, enquanto escrevia a trama, que mais chamou a sua atenção? Comente.
Amilton Costa - Alguns momentos ainda causam impacto quando leio e reflito sobre tudo aquilo; como nas cenas do capítulo “Tempora Amoris” que se passa durante o ano de 1304 d.C num mosteiro nas encostas de Sena, Itália. São travados embates psicológicos dos protagonistas na ânsia de se libertarem da clausura, do aprisionamento imposto pelo tribunal da Santa Inquisição. E tudo leva a um desfecho inesperado.
 
O que mais o atrai na leitura da obra?
Amilton Costa - Os questionamentos levantados pelos personagens sobre a vida no planeta Terra, das diferenças e preconceitos que acabam aniquilando vidas. Para levantar reflexão, escolhi pontos cruciais na história, tais como a reforma religiosa realizada por Akhenaton no Antigo Egito, o assassinato de Sócrates na Grécia Antiga, as perseguições imputadas pelo tribunal da Santa Inquisição durante o período medieval e a reforma protestante na modernidade.
 
Onde podemos comprar o seu livro?
Amilton Costa - No site de minha editora, Clube de Autores, e também nas lojas Americanas, Amazon, Livraria Cultura, Submarino, Estante Virtual e Mercado Livre.
 
Além de “Beijos, Bicicletas e Óvnis” você tem outras obras publicadas, apresente-nos os títulos?
Amilton Costa - Meu primeiro livro são crônicas que retratam a relação profissional-paciente na perspectiva e olhar do dentista no livro “De Boca Aberta”; depois publiquei “20 Dias” que conta a história do Marcos que descobre ter apenas vinte dias de vida, cada capítulo é um dia na vida dele, ou do que resta dela; meu terceiro livro são poemas, “Inifinitos Fins”; também tenho dois livros técnicos sobre políticas públicas: “Políticas de Saúde na Atenção Básica” e “ Redes de Atenção à Saúde e Atenção Básica: interfaces na construção das políticas de saúde”.
 
O que a escrita representa para você? Comente como vem se desenvolvendo a escrita em sua carreira  literária?
Amilton Costa - Escrever representa parte de minha vida, de ressignificação e  também que transcende ao real e imagens daquilo que permeia minha mente e ganha vida, possibilidades através dos personagens que surgem tão naturalmente como o ar que respiro.
 
Quais os seus próximos projetos literários?
Amilton Costa - Tenho desejo de escrever uma continuação para “Beijos, Bicicletas e ´Óvnis” e pretendo lançar um segundo livro de poesias.
 
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Amilton Costa. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Amilton Costa - Eu agradeço a oportunidade e gostaria de enfatizar a importância da leitura, de transformar e implementar o hábito de ler. Também de valorizar os autores locais e independentes do grande círculo comercial. A leitura realmente empodera vidas e pode libertar mentes, descortinar novos caminhos e perspectivas. Finalizo com uma frase do livro “Beijos, Bicicletas e Óvnis” : “Aos que duvidam e persistem na ânsia de encontrar o caminho”.
 
 
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Revista Literária da Lusofonia
Enviado por Revista Literária da Lusofonia em 01/05/2021
Reeditado em 06/03/2023
Código do texto: T7245908
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