Entrevista com o autor Dionísio Dinis
Entrevista
ICE- O que é para si a poesia? E o que é para si um poeta?
Dionísio Dinis- Da experiência, vivida e inventada, do muito labor, do talento, de muitas leituras, do saber e da arte se faz o poeta para que surja a Poesia.
ICE-Como foi o seu primeiro contacto com a poesia?
Dionísio Dinis- A sério e com mestre recebia-a nos ensinamentos, como leitor assíduo nas bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, à boa mercê do enorme poeta António José Forte.
ICE-Escreve apenas poesia ou também tem interesse por outro género literário?
Dionísio Dinis- A poesia é a parte essencial, mas também enveredo, por vezes, pela crónica e conto passageiro.
ICE-Prefere escrever quando está sozinho ou a vida que o/a rodeia é também a sua inspiração?
Dionísio Dinis- Em solidão, de preferência. Muita pouca, quase nada, inspiração, mas sim com muito labor e memória de vidas, quase sempre em invenção sobre factos quase reais.
ICE-A que autor(es) escreveria um poema em agradecimento ou homenagem pela inspiração que lhe transmitiu?
Dionísio Dinis- António José Forte, Maria Gabriela Llansol, Malcom Lowry e Herberto Helder,
ICE-Alguma vez quis ou sentiu a necessidade de frequentar um curso de escrita criativa?
Dionísio Dinis- Já tive esse pensamento em tempos idos, agora é só ler escrever e aprender.
ICE- Gosta mais de livros físicos ou os livros digitais (e-books)?
Dionísio Dinis- Absolutamente físicos. Ocasionalmente virtuais.
ICE-Quando começa a escrever, já sabe como vai terminar o seu poema? Ou vai criando à medida que escreve?
Dionísio Dinis- A escrita constrói-se e acrescenta-se todos os dias. Matéria mutável, dia após dia.
ICE-Quais são os seus autores preferidos (nacionais ou estrangeiros)?
Dionísio Dinis- Lobo Antunes, Gabriela Llansol, António Forte, Herberto Helder, Sofia, Rimbaud, Baudelaire, Yourcenar e por aí…
ICE- Tem alguma obra publicada ou que gostasse de vir a publicar? Quer falar-nos desses projetos?
Dionísio Dinis- Publiquei sempre em modo de colectâneas e antologias. No modo individual, um dia, quando a escrita assim o justificar, talvez tente essa sorte.