Entrevista a Francisco Souza de Sá – 12/09/2016,

Praia do Anil, 12/09/2016, Segunda - 17:46

Francisco Souza de Sá

Depois de muitas leituras sobre a literatura e a vida cultural da escritora Benedita Azevedo, o RJ Click News decidiu atender ao conselho de um dos colaboradores, de fazer uma breve entrevista a uma das mais atuantes entre as pessoas apaixonadas pelas letras e as artes na cidade de Magé. Escritora, educadora, ativista cultural, Benedita se dispôs a conversar conosco, depois de um breve contato via web.

Francisco Souza de Sá

RJ: Escritora Benedita: de onde vem esse talento, e com quantos anos você despertou para ele?

Benedita: Em primeiro lugar, quero agradecer o convite para esta entrevista. Acredito que herdei dos meus pais: Minha mãe era muito inteligente e acreditava que só com muito trabalho se consegue alguma coisa na vida. Éramos 11 irmãos e ela nos mantinha sempre ocupados: estudando, fazendo cursos ou ajudando nas tarefas de casa. Sempre repetia para os filhos “Cabeça vazia é oficina do diabo”. Meu pai era um sonhador e me queria ver advogada, para viajar com ele pelo mundo. Muitas vezes me salvou das tarefas caseiras para que eu estudasse. Sempre gostei de ler e escrever. Aos dezesseis anos fui classificada em 2º lugar, no concurso de redações do colégio. Meu professor de português me aconselhou a ler e escrever mais, que no próximo concurso eu poderia ser a primeira.

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RJ: Sua trajetória como pessoa atuante dentro do que faz teve início imediato, ao se descobrir, ou se passou muito tempo até que foi possível dar vazão à veia literária?

Benedita: Demorou muito. Antes de fazer dezessete anos, comecei a trabalhar no comércio. Casei-me aos 18 e parei de estudar. Nasceram dois filhos. Nas madrugadas insones escrevi um diário entre 1971-2000. Tem 400 páginas digitadas. Nunca imaginei que alguém poderia lê-lo algum dia. Em 1973 voltei a estudar, fiz o curso de Letras, Pós-graduação em Educação e Linguística. Fui aprovada em concursos públicos para o magistério: Municipal em Itajaí, SC, em 1973. Estadual, em São Luís, MA, em 1977 e Estadual, dois em Magé em 1997 e 1998. Só pude me dedicar às atividades literárias após a aposentadoria, em 2005. Meu diário hoje é fonte de pesquisa para meus livros.

RJ: Conte-nos sobre suas angústias, que todos têm, as maiores dificuldades que já enfrentou e enfrenta, e as alegrias de fazer o que faz

Benedita: Todas as dificuldades da minha vida foram sempre resolvidas com muito trabalho. Saí da casa de meus pais aos 15 anos, para estudar na capital maranhense. Com tantos irmãos para meus pais, que eram lavradores, cuidarem, procurei um emprego no comércio, para custear meus estudos. Em 1962, aos 18 me casei e parei de estudar. Quando meu primeiro marido, que era comerciante, teve um derrame em 1971, precisei voltar ao trabalho para cuidar dele e dos filhos, então com 6 e 7 anos. Meu primeiro emprego à época foi de alfabetizadora do MOBRAL, ganhando meio salário mínimo. Ao iniciar o curso de letras, fiz concurso para o magistério municipal de Itajaí, SC e passei a lecionar 40 horas por semana ganhando 2 salários mínimos. Estudava à noite, numa jornada total de 18h por dia, 60 por semana, sem empregada para ajudar nas tarefas caseiras.

A década de 70 foi o período mais difícil de minha vida. Mas, também, das maiores conquistas. Nos dez anos que morei no Sul do Brasil, fiz a graduação, concluída em 1976. Voltei para São Luís do Maranhão, em janeiro de 1977. Fiz concurso para o magistério público Estadual e passei a lecionar no Ensino Médio, 16h semanais no período noturno. Fui admitida no Colégio Marista do Maranhão, o melhor do Estado à época. Lecionando 44h semanais. Somando, ao todo, 60h por semana.

Com muito estudo e muito trabalho, consegui escapar da extrema pobreza duas vezes: Com o primeiro emprego no comércio em 1961 e com os concursos para o magistério Estadual e particular de São Luís do Maranhão. Fechando a década, após quase dez anos de invalidez, meu marido faleceu, em 04 de maio de 1980 e os filhos concluíram o ensino médio. O rapaz com 17 e a menina com 16 anos. Nada poderia ser desculpa para não estudar.

Concluído o curso de Odontologia, em 1985, a menina veio trabalhar no Rio. Como o menino já se casara em janeiro de 1986, vim para o Rio de Janeiro em 1987, morar perto da filha. Em outubro conheci Christian que me trouxe para a Praia de Mauá, Magé, em 1989. Aqui escrevi toda a minha obra literária. Hoje, dedico-me inteiramente as atividades literárias e ao marido, meu mecenas.

RJ: Você frequenta quantas casas literárias? Qual é a sua função dentro de cada uma delas?

Minha primeira Academia foi a Mageense de Letras, na qual tomei posse em novembro de 2002, a convite de Demétrio Sena. Vou listar aqui, aquelas das quais participo e envio trabalhos sempre que são solicitados.

I – Membro Efetivo

1. Academia Mageense de Letras - Conselho - Vice-Presidente, 2005 -2006;

2. Academia Pan-Americana de Letras e Artes, Presidente: 2010-2012;

3. Presidente Fundadora da ACLAM - Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé;

4. Diretora Cultural do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, ImBrasCI- RJ.

5. Academia Brasileira de Estudos e pesquisas Literárias - RJ;

6. Membro fundador da Academia de Letras e Artes Lusófonas - ACLAL;

7. Patronesse da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores;

8. Poetas Del Mundo (Chile) - Cônsul de Magé - RJ

9. Centro de Literatura do Forte de Copacabana - RJ

10. União Brasileira de Trovadores, sessão RJ;

11. Grêmio Haicai Ipê - SP;

12. Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas - SBPA, Mariana-MG;

13. Membro do Portal CEN, Cá Estamos Nós - Portugal;

14. Sócia do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro.

15. Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras - RJ

II – Membro Correspondente

16 - Divine Academie Française des arts Lettres et Culture - França

17 - Correspondente. Honorário - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia – Portugal;

18 - Academia Portuguesa de EX-LÌBRIS - Portugal

III – Membro Honorário

19 - Real Academia de Letras de Porto Alegre - RS

20 - Ordem da Confraria dos Poetas - RS - Cônsul Honorífico de Magé - RJ

21 - Academia de Letras, Artes e Ciência Brasil (ALACIL) – Mariana-MG

22 - Academia de Letras e Artes de Castro - Acre

23 - Academia Internacional de Heráldica - Portugal

24 - Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro - Portugal

IV - Delegada

25 - Associação Profissional de Poetas do Rio de Janeiro (APPERJ)

26 - Clube de Escritores de Piracicaba/SP.

27 - Fundadora do Grêmio Haicai Sabiá – Magé – RJ, em 18/06/2006

28 - Fundadora do Grêmio Haicai Águas de Março, Rio de Janeiro, RJ.

29. Associação Nikkei Bungaku do Brasil – São Paulo – SP.

30 - Autora do Projeto Haicai na Escola, lançado em 04/10/2004 para levar oficinas às escolas públicas e particulares de Magé e Rio de Janeiro.

RJ: Diga-nos como você classifica o meio literário? A convivência com os pares, as dificuldades ou facilidades de se estabelecer e concluir um projeto.

Benedita: Quando comecei a frequentar o meio literário, em 2000, já morando aqui em Magé, fui convidada a participar das reuniões do Calçadão da Cultura em Niterói, no “Grupo Mônaco”. Lá encontrei grandes escritores que me serviram de espelho, principalmente, o mestre de haicai, Antônio Pimentel. Aqui em Magé, foi através de Demétrio Sena que cheguei à Academia Mageense de Letras, em 2002. Numa reunião da UBT-RJ, encontrei Marilza de Casto, Presidente da Academia Pan Americana de Letras e Artes, que me fez o convite a participar da APALA, como Membro Efetivo, abrindo minha senda no meio literário do Rio de Janeiro.

Hoje, o meio literário faz parte da minha vida e não saberia viver sem ele. Tenho grandes amigos, mas também há aqueles, que por ciúmes, tentam impedir a realização de alguns projetos. Com o advento da internet, algumas academias de letras sofreram um esvaziamento.

Estou convencida de que tenho mais facilidade de concluir os projetos que só dependem de mim, como por exemplo: O Projeto Haicai Na Escola. Organizei 23 antologias, tenho participação em jornais, sites e em 120 antologias das academias a que pertenço.

RJ: Soubemos que a senhora é ou foi professora. Como foi ou é a aplicação de seu talento em sala de aula?

Benedita: Comecei a lecionar em 1972 e me aposentei em 2005. Lecionei no Ensino Fundamenta, Médio e Superior. A marca registrada das minhas aulas eram as oficinas de redação e poesia, que comecei em 1977. Uma das notas do bimestre era sempre de redação. Até a aposentadoria, meus alunos tinham um caderno pequeno, de 60 páginas, só para redação. Eu as corrigia uma vez por bimestre. Em trabalho extraclasse, fazia oficinas de poesia nas escolas que eu não lecionava, quando algum colega me convidava. Por coincidência, hoje, encontrei entre papéis arquivados, o planejamento de 2003, com oficinas no C.E. José Veríssimo, que fui a convite de Demétrio Sena.

Em 2004, criei o Projeto Haicai na Escola para continuar semeando a literatura, mesmo depois da aposentadoria, já são 12 anos de semeadura.

RJ: Quer falar de possíveis premiações? Possíveis comendas ou homenagens? A senhora não se importa em falar disso?

Benedita: Tenho algumas premiações e comendas:

No mundo do haicai:

1º lugar: 17º Encontro Brasileiro de haicai, Grêmio Haicai Ipê / SP, novembro/2005; 4º lugar Concurso de Haicais do 28º Festival das Estrelas Tanabata Matsuri / SP/2006; 4º e 9º lugares, na 1ª edição do Concurso Nacional de Haicai Caminho das Águas, Santos / SP / 2006; 4º lugar na 2ª edição do Concurso Nacional de Haicai Caminho das Águas, Santos / SP / 2007;

Menção Honrosa no 27º Concurso Literário Yoshio Takemoto de haicai / SP / 2008; Menção Honrosa no 1º Concurso Nacional de Haicai Nempuku Sato, Curitiba / PR / 2008; 4º lugar na 4ª edição do Concurso Nacional de Haicai Caminho das Águas, Santos / SP / 2009; 1º lugar na V Edição do Concurso Nacional de Haicai Caminho das Águas -,Santos / SP / 2011.

A partir de 2012 fui convocada a ser jurada nos concursos de haicai e não mais participei com meus haicais.

Premiação em outras áreas:

1. Diploma e a Medalha “Henrique Valadares” Rio de Janeiro/2008

2. Diploma e a Medalha Recompensa à Mulher na Maçonaria Fluminense/RL/2008

3. Prêmio Personalidade de Destaque na Literatura, 8º Fórum Cultural da Baixada Fluminense / 2009

4. X Prêmio Cultura Nacional-Talento Literário 2010 - Real Academia de Porto Alegre. Ordem da Confraria dos Poetas/RS

5. Rumor das ondas-haicai recebeu da Câmara do livro a classificação de “Livro medalha de ouro 2010”

6. Medalha de Mérito Cultura “Austregésilo de Athayde, outorgada pela Academia de Letras e Artes

de Paranapuã - ALAP /RJ/2011

7. Título de “Dama Grã-Cruz” Real Academia de Letras Prêmio Jucá Santos, Natal / outubro de 2011

8. XI Prêmio Cultura Nacional-Ordem da Confraria dos Poetas-Brasil, Porto Alegre/RS/2011

9. Comenda Arcádia Real, Ordem da Confraria dos Poetas-Brasil/RS/2012

10. Título de Cônsul Honorífico, Real Academia de Letras, Porto Alegre - RS/2012

11. Recebeu as Altas Insígnias da Divine Academie Française des arts Lettres et Culture, em Belo Horizonte-MG/2012

12. Medalha Jorge Amado, pelos 6 anos de fundação do ImBrasCI, do qual é Membro Fundador / RJ / 2012

13. XII Prêmio Cultura Nacional-Ordem da Confraria do Poetas-Brasil/2012.

14. . Seu livro “Pedras no Caminho” recebeu da Câmara do livro a classificação “Livro Medalha de Ouro 2012” outorgado pela Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literária / RJ.

15. Prêmio Cultura Nacional-Ordem da Confraria do Poetas-Brasil/2013,2014, 2015

16. Medalha Luiz Vaz de Camões - Editora Mágico de Oz, 2015-2016

17. Prêmio Literário Shakespeare – Real Academia de Porto Alegre, RS – 2016.

18. Mérito Cultural “Dez Anos Atirando Cultura” – Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana – 2016.

19. Moção de Mérito Literário – Academia Pan Americana de Letras e Artes - 2016.

RJ: estamos variando o tratamento entre você e senhora. Como você ou a senhora prefere?

Benedita: Fique à vontade para usar o que preferir.

RJ: Por favor, fale um pouco de sua cidade natal, de sua vivência hoje em Magé, no Rio de Janeiro, e estabeleça, se der, um vínculo entre ambas, no que tange as condições de fazer e difundir literatura.

Benedita: Itapecuru Mirim é um município Brasileiro no Interior do Estado do Maranhão, Região Nordeste do Brasil. Em 2015, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 66.433 habitantes, sendo a primeira cidade mais populosa e com o maior PIB da Microrregião de Itapecuru Mirim e a 18° maior cidade do estado. Elevado à categoria de cidade em 1817 com território desmembrado de São Luís, Itapecuru Mirim recebeu prêmio de cidade pela lei provincial nº 919 de 21 de julho de 1870.

Nasci em Itapecuru Mirim, fui para a capital em 1960, aos 15 anos e só volto lá de férias. Mas, lá estão minhas raízes e parte de meus familiares. Amo cada recanto da minha cidade natal. A AICLA, Academia de Ciências, Letras e Artes, estabelecida em 07 de dezembro de 2011, despertou um grande interesse para o resgate da história e da literatura praticada, na terra de Gomes de Sousa e Mariana Luz. As publicações de livros, antes esporádicas, agora surgem com muita frequência.

Morei dez anos no Sul do Brasil, voltei a São Luís, fiquei mais dez anos e cheguei à Cidade Maravilhosa do Rio em 1987. Mudei para a Praia de Mauá em 1989 e estou até hoje. Logo, Magé foi o lugar onde morei mais tempo, 26 anos.

Aqui à Praia do Anil, Magé, RJ - escrevi 24 dos meus 26 livros. Há 12 anos dedico-me inteiramente à literatura. Criei o Projeto Haicai na Escola, em 2004. Fundei o Grêmio Aluísio Azevedo de Letras e Artes, em 2005. Fundei o Grêmio Haicai Sabiá, em 2006 e transformei o GAALA na Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé. Em 24 de setembro de 2011.

http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/links/index.php

http://www.recantodasletras.com.br/haikais/5037745

http://www.beneditaazevedo.com/blog.php?idb=28996

http://www.beneditaazevedo.com/blog.php?idb=28994

http://www.beneditaazevedo.com/blog.php?idb=11181

Minha vivência literária no Rio de Janeiro, capital começou com o convite para uma cadeira de Membro Efetivo, com posse marcada para 26 de março de 2006. Antes de tomar posse, recebi da Presidente a incumbência de organizar a IX Antologia da APALA. Enquanto selecionava o material, participei das reuniões e fundação do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais - ImBrasCI, em fevereiro, antes da posse na APALA.

Desde o início, minha vida literária foi bastante intensa. Começada em Niterói, em 2000, estendeu-se para Magé, em 2002, ao Rio de Janeiro em 2006 e à Minha terra Natal, em 2011. Vivo e respiro literatura 24 horas. Durmo e acordo pensando em Literatura, principalmente em HAICAI.

RJ: A senhora tem alvos de sua admiração entre as pessoas que fazem arte e literatura em Magé? Quer falar disso?

Benedita: Tenho amigos dos quais admiro as obras literárias e artísticas. Dentre eles citarei dois representantes dos demais: Demétrio Sena e Deneir de Sousa.

RJ: Quantos livros tem lançados? Qual é a literatura de sua preferência, como escritora? E como leitora? O que mais aprecia ler?

Benedita: Tenho 23 livros individuais, 01 no prelo, 1 em parceria com Demétrio Sena e 1 em parceria com a portuguesa Elvira Araújo. Ao todo, 26 livros. Organizei 23 antologias e tenho participação em jornais, sites e 120 antologias. Escrevo qualquer gênero, mas, a minha paixão é o haicai. 9 dos meus livros são de haicai.

Como professora de Português e Literatura, mais de 25 anos, lia os clássicos brasileiros das Escolas Literárias. Mas, identifico-me mais com Machado de Assis, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário Quintana, Aluísio Azevedo, Josué Montelo e outros brasileiros. Gosto também dos portugueses: Fernando Pessoa, Flor Bela Espanca e outros.

Mas, confesso que ultimamente, leio mais os livros de haicai: Bashô, Buson, Issa, Shiki, Masuda Goga, Teruko Oda, Carlos Verçosa. Tenho pra ler: José Lira, Carlos Viegas, Rose Mendes, Edson Kenji Iura e outros. Gosto da literatura de textos contemporâneos, bem escritos, na internet.

RJ: Se puder, faça uma analogia poder público/cultura em Magé.

Benedita: Todos meus livros são publicações do autor. Nunca recebi incentivo de nenhum órgão público. Mas, só posso falar por mim.

RJ: Quer nos deixar uma mensagem neste fim de entrevista? Um apelo, um conselho aos escritores, qualquer que seja?

As Academias de Letras e Antes são órgãos sem fins lucrativos, portanto, não são concorrentes de grupos culturais que visam negociar seus trabalhos, sua arte. O convite para que alguém pertença a uma Academia de Letras ou de Artes funciona tal uma comenda, é uma horaria, que muitos ainda não entendem.

RJ: Muito obrigados por sua entrevista. Com certeza, ela será muito reveladora para muitos, especialmente na cidade de Magé e arredores.

RJ: Em tempo: Há algo que deixamos de perguntar e sobre o que a senhora gostaria de falar?

Benedita: Precisamos dar mais atenção à educação. Mais incentivo à leitura e escrita, em sala de aula e extraclasse. O único caminho para alguém sair da pobreza é o estudo e o trabalho. O ideal seria que após o 9º ano, tivéssemos escolas profissionalizantes, para que os jovens que quisessem, pudessem optar pelo trabalho, em um período.

Praia do Anil, Magé, RJ, 20/09/2016

Benedita Azevedo

www.beneditaazevedo.com

Benedita Azevedo e Francisco Sousa de Sá
Enviado por Benedita Azevedo em 04/09/2020
Reeditado em 17/11/2020
Código do texto: T7054539
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