Opinando e Transformando - Daniel Mauricio
Entrevistado: Daniel Mauricio, nascido em Jaguariaíva–PR, é membro associado do Centro de Letras do Paraná - CLP, membro da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia – AVIPAF; membro da Academia Brasileira de Letras e Artes Virtuais, membro da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil, Graduado em Letras - UFPR; Administração de Empresas - FESP; Direito - FARESC; Pós-graduado em Gestão Administrativa e Tributária – PUC/PR; Pós-Graduado em Gestão de Pessoas e Qualidade no Setor Público - SPEI; Pós-Graduado em Gestão Pública de Tecnologia da Informação – PUC/PR; Pós-Graduado em Gestão Pública – FAEL; É Auditor de Tributos Municipais da Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura Municipal de Curitiba. Autor dos livros Mosaico de Sentimentos e Cacos e Retalhos; Participou também de diversas coletâneas como: Poesias Escolhidas – Vozes de uma Alma, Poesias Escolhidas – O Melhor de Mim, Eles São de Vênus: Homens Sem Frescuras (Editora Poesias Escolhidas); Parnaso Poético, Parnaso Poético II e Parnaso Poético III (organizados por Osmarosman Aedo e Silvana Mello); Movimento Nacional Elos Literários – Volume 2; e das Antologias: Cumplicidade de Movimentos, Memórias e Passagens (Editora Scortecci); Conexão III, Conexão IV e Conexão V (organizados por Amaury Nogueira); Espaço Cultural Coreto (Nogueditora); Minilivro Texturas Poéticas (Organizado por Isabel Furini e Carlos Zemek); Antologia /APLA – Academia Ponta-Grossense de Letras e Artes - Ramalhetes Princesinos nº 10 (Organizado por Dione Navarro), Ganhador do concurso Poemas Curtos (2014), Prêmio Marilda Confortin (2015), Prêmio Alice Ruiz (2016), promovidos pela Prefeitura Municipal de Curitiba; Agraciado com o título de Cidadão Benemérito de Jaguariaíva-PR.
Em sua opinião, o que é cultura de paz?
Cultura de paz são atitudes individuais e coletivas que devem ser incentivadas, cultivadas e implementadas no nosso dia a dia, visando sempre o bem estar e desenvolvimento sustentável da humanidade. É um engajamento coletivo e universal independentemente da raça, sexo, idade, religiosidade ou estrato social, a fim de se atingir a paz mundial, que começa dentro da casa de cada um.
Para que serve a cultura de paz?
Muito mais do que para evitar conflitos e guerras, a cultura da paz serve para estimular a autoestima, o respeito ao próximo e às diversidades culturais, religiosas, sexuais, bem como aos princípios que norteiam a liberdade, igualdade, solidariedade, fraternidade, tolerância, justiça social, democracia e especialmente aos direitos humanos.
Como promover a cultura de paz?
É sabido que apenas com os tratados e acordos políticos, econômicos ou militares não se pode garantir uma paz duradoura. É preciso um aprendizado contínuo, de forma que cada um compreenda e faça a sua parte neste processo complexo respeitando aos princípios éticos, morais. Portanto, a cultura da paz deve-se se desenvolver de dentro para fora, do individual para o coletivo e não através de imposições que poderão gerar ainda mais conflitos.
Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Podemos difundir a paz na medida em que a exercitamos para nós mesmos, em nosso dia a dia através de uma vivência prática. A paz não se constrói apenas por palavras. Ou seja, a paz desacompanhada de ações é apenas um sonho. Portanto, deve-se promover a paz entre a família, nas escolas, nas redes sociais, no trabalho, de forma que todos possam compreender que não existirá paz enquanto prevalecer a desigualdade e a injustiça.
Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
Pode-se dizer que a sociedade brasileira é bastante pacata. Diferentemente de muitos países que foram fundados às custas de sangrentas guerras, o Brasil desde o seu “descobrimento” até a sua “independência”, se deu de forma pacífica. É claro que houve um conflito aqui, outro acolá, mas nada comparado com outros países. Um país continental, com grande miscigenação, que abriga uma diversidade enorme de costumes, crenças e culturas, de forma que serve de exemplo para o mundo. Sabemos que ainda há preconceitos e desigualdades sociais que devem ser combatidos, assim como no resto do mundo. Por isso mesmo, a cultura da paz deve ser buscada e estimulada desde o início da aprendizagem escolar.
A cultura, a educação liberta ou aprisiona os indivíduos?
Não tenho dúvidas de que a cultura e a educação libertam o indivíduo. É conhecendo as diversidades é que aprendemos a valorizar e a respeitar. A cultura e a educação trazem luz, transformam mentes, agregam valores, fazem com que compreendamos que somos iguais enquanto seres humanos.
Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
O espaço digital é uma realidade. O mundo se transformou numa pequena aldeia, onde a ação de um indivíduo pode afetar para o bem ou para o mal a vida do planeta todo. Desta forma, não há dúvidas de que o espaço digital pode-se ser um aliado fundamental para a promoção da cultura da paz. A troca de experiências, as notícias, que demoravam a chegar e a alcançar todos os países, hoje se dá em questões de segundos e minutos. Portanto, o obscurantismo, a ignorância estão com os dias contados. É hora de despertar para uma nova realidade virtual que tem o poder de alterar os comportamentos de uma hora para outra.
Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Que devemos valorizar a vida. Que como “toda a ação desencadeia uma reação”, devemos cultivar a paz, respeitar o nosso próximo, pois só assim também seremos valorizados e respeitados.