ENTREVISTA PARA FOLHETIM BRASIL-POESIA, DA ASSIS EDITORA (UBERLÂNDIA, MG)

BP. Quem é você?

Escobar Franelas. Escritor e cineasta, autor de cinco livros. Também escrevo em jornais, revistas e portais. Participei de antologias de poesias, contos e crônicas. Ministro oficinas de educomunicação, história e produção audiovisual. Faço parte dos coletivos A Casa Amarela - Espaço Cultural, Lentes Periféricas (de produção audiovisual) e Curta Suzano.

BP. Como você vê a poesia brasileira?

Ótima. Tenho lido poetas que nada ficam devendo aos cânones, como Dalila Teles Veras, Akira Yamasaki, Elisa Lucinda, Carlos Moreira e Adriane Garcia. Nos saraus, rodas literárias e slams que frequento, encontro uma poesia heterodoxa, pujante e inovadora. A lamentar apenas o fato de que o mainstream das editoras não assimila essa robustez, coisa que as editoras menores têm cumprido com destreza.

BP. Como foi seu encontro com a poesia?

Desde a infância leio bastante. Lembro que Martim Cererê, do Cassiano Ricardo, me cativou muito. Mas antes da poesia, os contos e lendas já tinham me seduzido e lia tudo que me chegava às mãos. Destaco “Heidi”, “Tistu - O Menino do Dedo Verde”, “O Pequeno Príncipe”, toda a obra de Monteiro Lobato,

a coleção Vagalume e a série “A Inspetora”. Li isso e outras coisas bacanas entre a infância e a adolescência.

BP. Fale de seus livros/ poemas publicados?

“hardrockcorenroll” (poesia, 1998), “Antes de Evanescer” romance, 2011), “Itaquera - Uma Breve Introdução” (história, 2014), “haicaos - feridas, fragmentos e fraturas poéticas” (poesia, 2018) e Premiado (romance, 2019). Este último foi selecionado para o Prêmio Oceanos 2020, cujo resultado sairá no segundo semestre.

BP. Já foi premiado pela sua poesia? Qual foi o maior reconhecimento cultural que sua poesia já recebeu?

Sim, alguns. O primeiro (Arte nas Cohabs), em 1998, foi providencial. Organizado pela prefeitura de São Paulo, abriu as portas para que o meu primeiro livro fosse publicado.

BP. Como você gostaria que fosse a poesia, no Brasil?

Melhor distribuída para ser mais lida e apreciada.

BP. Qual é o escritor e respectivo livro, que foi sua base poética?

Li muita coisa na infância, e uma das lembranças que

guardo é de uma coletânea com poemas esparsos de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Vinícius de Moraes. O pluralismo de estilos ali, aliado à riqueza de imagens e ritmos, permitiram as comparações inevitáveis e me fizeram perceber as diferenças entre eles e eleger ali os meus preferidos.

EXPEDIENTE:

Folhetim Brasil Poesias

Produção: Assis Editora.

Coordenação: Ivone de Assis

Link original: https://assiseditora.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Brasil-Poesia-14-03052020.pdf