Opinando e Transformando: Fabiano Contarato
Nome: Fabiano Contarato
Breve Currículo: Senador pelo Espírito Santo para o mandato (2019 – 2027); filiado à Rede Sustentabilidade; ativista humanitário. Professor de Direito Penal, Delegado de Polícia Civil; Diretor Geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES) e Corregedor-Geral do Estado na Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont/ES).
"Prezado Dhiogo, é uma satisfação responder a você.
Assisti sua entrevista ao Programa Iluminuras (TV Justiça)
Muito inspirador!
Espero que a sua perseverança o leve aonde os seus sonhos nem cogitam e que siga no propósito de transformar vidas.
Temos algo em comum: amo poesias.
Parabéns!" (Fabiano Contarato)
Em sua opinião, o que é cultura de paz?
Cultura de paz, para mim, é comprometimento sincero com os ensinamentos de Cristo: amor, perdão, solidariedade. Saber colocar-se na dor do outro. Não julgar. Para isso, é preciso primeiramente educar. A pacificação social só será alcançada por conscientização das pessoas, desde a infância. Não tem políticos ou acordos econômicos que possam trazer paz, se não tivermos isso internalizado. Virá pela família, por ensinamentos éticos e morais, por religião e pela educação.
Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Fazendo como você. Acreditando que temos de acreditar, pregar e ser a personificação da paz. Como você fala em sua entrevista, controlar a ansiedade e saber que tudo tem o seu tempo, mas não se acomodar. Fazer a sua parte. Ajudar, transmitindo conhecimentos.
Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
Infelizmente, estamos vivendo um tempo em que a cultura da paz é algo pouco falado. Aliás, temos, no Brasil, ambiente de polarização política, disputas econômicas, pouca consideração com as pessoas nas questões de combate às desigualdades. Fica parecendo que não temos habilidades ou capacidade para a paz, mas, se fecharmos os olhos e retornarmos, por exemplo, ao movimento Diretas Já (1983/1984), que possibilitou a redemocratização do país, teremos algo belíssimo a nos dizer que não precisa derramar sangue para conquistar uma vivência melhor. Daí deriva a ação para escrevermos a nossa Constituição de 1988, uma peça de pacificação. De cultura da paz. Precisamos fazer que valha em realidade.
A cultura, a educação liberta ou aprisiona os indivíduos?
Liberta, dá asas. No mito da caverna, Platão nos ensina que “sair da caverna” em que poderemos estar amarrados e buscar a luz, o conhecimento verdadeiro, é o que pode nos libertar. Também, por vivermos um ambiente de muita conturbação política e econômica, tentam rotular, confundir educação e cultura com ideologias. Não é nada disso. O fato é: sem educação, sem experimentar, sem fazer parte e viver a cultura (nossa e de outros povos) ficamos no escuro.
Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
O espaço digital veio para revolucionar as nossas vidas em uma velocidade jamais experimentada pela humanidade. Pode nos ajudar a bem viver. Mais educação, mais economia, mais maturidade em outros processos. Porém, como tudo o que é ferramenta na mão do homem, depende do caráter de quem a usa. Temos visto espalharem Fake News, há golpes, ataques cibernéticos. Não podemos ignorar a onda de intranquilidade. Uma das formas de combater isso é ampliar e amplificarmos a cultura da paz.
Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Somos pequenos, passageiros. Estamos aqui hoje e logo não estaremos. Prefiro deixar, como reflexão, as palavras do apóstolo Paulo, de profundo valor aqui na nossa conversa: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.” Gálatas 2:20.