A nação: Quem disse isso?
(Esse texto é parte da coluna desta semana do Antônio Bacamarte, que escreve no Jornal A região, aqui de Charqueadas. Achei interessante e, com a autorização dele, socializo com os colegas do Recanto neste Dia da Independência)
QUEM DISSE ISSO? – O texto abaixo foi retirado de uma entrevista que uma personalidade pública deu a uma revista de circulação nacional. Leiam e tentem adivinhar quem é a pessoa e sobre a realidade de qual nação ele está falando. Depois, confiram o nome dela, que está escrito de forma invertida ao final.
“O que o incomoda hoje na política?
– Meu maior problema com a política hoje é que ela é a mesma de vinte anos atrás. Enquanto não tirarem os lobistas do centro do poder a imagem dos políticos como ladrões não vai mudar. A verdade é que malas de dinheiro chegam ao centro do poder todos os dias e os políticos as carregam consigo. Não admira que as pessoas fiquem cínicas. Estou preocupado com isso, e com outra questão sobre a qual ninguém fala muito. A nação foi fundada tirando a terra dos indígenas. Ninguém fala muito sobre o que acontece nas reservas hoje em dia. A vida lá continua ruim, como sempre foi. Estou preocupado com outras coisas também. O racismo ainda é flagrante. Há preconceito contra homossexuais. Ainda temos muito o que fazer com relação à desigualdade. (...) No passado minha visão se resumia a um ponto: eu queria um governo menor, menos desperdício. Mas sempre achei que o governo deveria tomar conta dos mais idosos e de outros que não podem tomar conta de si mesmos. O governo deveria cuidar das crianças. Tenho me envolvido com projetos assistenciais, porque o sistema social precisa ser endireitado e isso não será feito pelo setor privado. Os professores não deveriam estar ganhando 12 ou 20 mil por ano. Mereciam 60 mil. Quero que o governo tome conta daqueles que precisam de ajuda. Meio milhão de crianças está em orfanatos nesse exato momento. Quero que os idosos recebam remédios grátis, todos os remédios que precisarem. Bilhões e bilhões de nosso dinheiro estão sendo jogados fora.”
E daí, já pensaram em que é que acabou de falar? Parece uma pessoa abordando alguns dos problemas atuais do Brasil, não é mesmo? Só que quem está falando isso é (ler ao contrário):
o ator ecurB silliW, falando sobre a realidade política dos sodatsE sodinU na edição de julho de 2007 da revista Playboy.
É curioso notar que os problemas são semelhantes nos diferentes países do mundo capitalista, mudando apenas a proporção e a magnitude dos mesmos. Alterei apenas algumas palavras na entrevista dele, por exemplo: “Washington” por “centro do poder” e “40, 50 e 150 mil dólares” por “12, 20 e 60 mil reais”.
(Esse texto é parte da coluna desta semana do Antônio Bacamarte, que escreve no Jornal A região, aqui de Charqueadas. Achei interessante e, com a autorização dele, socializo com os colegas do Recanto neste Dia da Independência)
QUEM DISSE ISSO? – O texto abaixo foi retirado de uma entrevista que uma personalidade pública deu a uma revista de circulação nacional. Leiam e tentem adivinhar quem é a pessoa e sobre a realidade de qual nação ele está falando. Depois, confiram o nome dela, que está escrito de forma invertida ao final.
“O que o incomoda hoje na política?
– Meu maior problema com a política hoje é que ela é a mesma de vinte anos atrás. Enquanto não tirarem os lobistas do centro do poder a imagem dos políticos como ladrões não vai mudar. A verdade é que malas de dinheiro chegam ao centro do poder todos os dias e os políticos as carregam consigo. Não admira que as pessoas fiquem cínicas. Estou preocupado com isso, e com outra questão sobre a qual ninguém fala muito. A nação foi fundada tirando a terra dos indígenas. Ninguém fala muito sobre o que acontece nas reservas hoje em dia. A vida lá continua ruim, como sempre foi. Estou preocupado com outras coisas também. O racismo ainda é flagrante. Há preconceito contra homossexuais. Ainda temos muito o que fazer com relação à desigualdade. (...) No passado minha visão se resumia a um ponto: eu queria um governo menor, menos desperdício. Mas sempre achei que o governo deveria tomar conta dos mais idosos e de outros que não podem tomar conta de si mesmos. O governo deveria cuidar das crianças. Tenho me envolvido com projetos assistenciais, porque o sistema social precisa ser endireitado e isso não será feito pelo setor privado. Os professores não deveriam estar ganhando 12 ou 20 mil por ano. Mereciam 60 mil. Quero que o governo tome conta daqueles que precisam de ajuda. Meio milhão de crianças está em orfanatos nesse exato momento. Quero que os idosos recebam remédios grátis, todos os remédios que precisarem. Bilhões e bilhões de nosso dinheiro estão sendo jogados fora.”
E daí, já pensaram em que é que acabou de falar? Parece uma pessoa abordando alguns dos problemas atuais do Brasil, não é mesmo? Só que quem está falando isso é (ler ao contrário):
o ator ecurB silliW, falando sobre a realidade política dos sodatsE sodinU na edição de julho de 2007 da revista Playboy.
É curioso notar que os problemas são semelhantes nos diferentes países do mundo capitalista, mudando apenas a proporção e a magnitude dos mesmos. Alterei apenas algumas palavras na entrevista dele, por exemplo: “Washington” por “centro do poder” e “40, 50 e 150 mil dólares” por “12, 20 e 60 mil reais”.