Franthiesco Ballerini
Opinando e Transformando
Nome: Franthiesco Ballerini
Breve Currículo:
Jornalista e Mestre em Comunicação Social com especialização em audiovisual e jornalismo cultural, Franthiesco Ballerini tem quase 20 anos de experiência no mercado, em especial nos segmentos de comunicação e artes. Iniciou a carreira como trainee de comunicação de grandes empresas, como Akzo Nobel e Novartis, tendo ingressado num dos maiores jornais da América Latina, O Estado de S.Paulo, ainda muito jovem. No Grupo Estado, acumulou experiência de repórter, redator, crítico de cinema e correspondente de reportagens especiais em países como EUA, Índia, Canadá, México e Argentina. Em mídia impressa, colaborou para revistas especializadas como Cult e Bravo!. No rádio, atuou como colunista cultural da Rádio Eldorado e, na televisão, como colunista de cinema para a TV Gazeta.
Antes de fundar a Ethos Comunicação & Arte, acumulou também quase uma década de experiência acadêmica. Foi coordenador geral de cursos da Academia Internacional de Cinema, tendo gerenciado uma equipe de colaboradores e professores e desenvolvido mais de 40 cursos livres. Conhece o ensino de comunicação e de artes a fundo, atuando como professor de grandes instituições como FAAP, UMC e Faculdades Integradas Rio Branco.
Seus livros são referência no mercado. Diário de Bollywood é o primeiro livro em língua portuguesa sobre o cinema indiano no mundo; Cinema Brasileiro no Século 21 é consulta obrigatória para quem estuda e trabalha com audiovisual no Brasil; Jornalismo Cultural no Século 21 é fruto de três anos de pesquisa e atualização editorial nesta especialização; e Poder Suave, com prefácio do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, é publicação única no mundo, abordando o poder de persuasão da arte e entretenimento. Produziu filmes, como o documentário Bollyworld e Legacy, este feito para a marca italiana Giorgio Armani, e Nome, seu primeiro trabalho de direção e roteiro, tendo participado de seis festivais nacionais e internacionais.
Em sua opinião, o que é cultura?
Uma pergunta muito amplas, mas, basicamente, cultura é toda manifestação humana (e talvez até de alguns animais) envolvendo crenças, ações, tradições, dogmas e desejos sociais.
Você se considera um difusor cultural?
Sim, como crítico de cinema, como professor de Comunicação e Artes e também no meu dia-a-dia.
Qual é o seu papel neste vasto campo da transformação mental, intelectual e filosófica?
Busco desafiar meus alunos e meus leitores em entender o não-óbvio, manifestações culturais que provoquem, que promovam a diversidade cultural e social, que questionem o status quo, que busquem uma sociedade mais harmônica e respeitosa e que quebrem e desafiem, sempre, o que de melhor veio da arte antes deles.
Como você descreve o processo de aculturação, ao longo da formação da sociedade brasileira?
Discordo desta afirmação. Não há um processo de aculturação, há um processo de mudanças culturais, hibridizações culturais, e o acesso a mais informação e educação promove, certamente, maior conhecimento a culturas de muitos lugares remotos, mesmo com a predominância da cultura de massa norte-americana.
Que problemática você destaca na prática da difusão cultural?
A maior problemática, hoje, é a predominância, cada vez maior, da difusão cultural nas mãos dos grandes players, os grandes jogadores do sistema, formado por grandes bancos, produtoras internacionais, grupos de telefonia e audiovisual. O maior desafio é mostrar ao público que, nem sempre, os produtos culturais que vem dos grandes players ou que custaram muito dinheiro são, necessariamente, os melhores. Fosse assim, Velozes e Furiosos seria um bom filme e Hoje eu Quero Voltar Sozinho um filme ruim, o que não é o caso, é o inverso.
Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância no cenário cultural.
O espaço digital vai dominar, cada vez mais, o cenário cultural. É inevitável, não tem como lutar contra isso, o que se deve fazer é valorizar os agentes que promovem os filtros, sabem selecionar o que de melhor tem nesta babel digital, como críticos e curadores.
Qual mensagem você deixa para todos os fazedores culturais?
Não desistam. Vocês trabalham com o que de melhor e mais prazeroso existe no mundo. Não subestimem o poder da arte e do entretenimento, que é um poder suave fortíssimo. Sigam sempre em frente, apesar das adversidades.
www.franthiescoballerini.com