Marcelo Pedro

OPINANDO E TRANSFORMANDO

NOME: Marcelo Pedro

BREVE CURRÍCULO: Comecei minha trajetória profissional como ator em diferentes grupos e companhias de Goiânia que contribuíram muito com o meu desenvolvimento artístico e pessoal.

Em 2006, ingressei na primeira turma de graduação em Comunicação Social/Audiovisual, da Universidade Estadual de Goiás, e, logo que conclui, me mudei para a cidade de Porangatu – GO, para trabalhar na TV Serra Azul, afiliada do Canal Futura. Foi um momento de imersão na produção televisiva voltada à educação e desenvolvimento social.

Atualmente, desde 2016, estou na TV UFG, em Goiânia – GO, como repórter e apresentador de conteúdos da área cultural e acadêmica.

EM SUA OPINIÃO, O QUE É CULTURA?

Na minha opinião, cultura é a forma como a sociedade se apropria das manifestações artísticas, clássicas ou populares, fazendo com que isso tenha sentido em suas vidas. Seja resgatando ou registrando costumes tradicionais ou contemporâneos, seja apreciando ou produzindo qualquer que seja a produção: desde o modo que as doceiras fazem as suas compotas, seguindo o que aprendeu com seus antepassados ou uma projeção holográfica com o que há de mais moderno em tecnologia. Se isso impacta, de alguma maneira, na vida das pessoas, é faz parta da cultura.

VOCÊ SE CONSIDERA UM DIFUSOR CULTURAL?

Me considero muito mais um operário à serviço da cultura, do que um difusor cultural. Apesar de ter oportunidade de estar em contato com diferentes manifestações artísticas e culturais, levando isso para exibição em um canal de televisão, creio que um difusor cultural tem uma dedicação muito mais intensa naquela arte que ele se propõe a difundir e perpetuar. Me considero um auxiliar dessa pessoa.

QUAL É O SEU PAPEL NESTE VASTO CAMPO DA TRANSFORMAÇÃO MENTAL, INTELECTUAL E FILOSÓFICA?

Meu papel é de alguém que participa dessa vasta transformação, sendo modificado a cada contato, cada novo aprendizado, cada descoberta... E de alguém que acredita que a arte e cultura pode ser uma poderosa ferramenta de mudança social e solução de algumas demandas que temos em nosso país.

COMO VOCÊ DESCREVE O PROCESSO DE ACULTURAÇÃO, AO LONGO DA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA?

Esse processo de aculturação me parece bastante complexo para ser descrito em poucas palavras. Porém, o que me alegra é perceber que existe um movimento, que precisa ter cada vez mais apoio, de resgate de tradições indígenas e manifestações afro descendentes, que devem ter espaço na composição cultural da sociedade afro-brasileira.

QUE PROBLEMÁTICA VOCÊ DESTACA NA PRÁTICA DA DIFUSÃO CULTURAL?

A falta de apoio e espaço para as produções e manifestações que não fazem parte do mainstream, daquilo que os grandes veículos e difusores querem como produto cultural. E isso faz com que, por exemplo, Goiás seja a ‘terra do sertanejo’, quando produzimos vários outros estilos, ou que o Brasil seja o país do carnaval, quando na realidade temos uma diversidade cultural muito grande. Esse é uma grande problemática.

COMENTE SOBRE O ESPAÇO DIGITAL, DESTACANDO SUA IMPORTÂNCIA NO CENÁRIO CULTURAL.

O espaço digital pode ser uma forma de superar a problemática da pergunta anterior. Ainda é um ambiente novo, com muitas possibilidades a serem descobertas e exploradas. Mas vemos que, atualmente, é possível ter bastante autonomia para levar às pessoas uma produção alternativa.

QUAL MENSAGEM VOCÊ DEIXA PARA TODOS OS FAZEDORES CULTURAIS?

Aos fazedores culturais, digo que precisamos continuar nessa árdua, porém prazerosa, missão de fazer o diferente, o que sensibiliza e o que pode provocar mudança social, despertar o senso de cidadania nas pessoas e valorização da nossa cultura.

Marcelo Pedro

www.marcelopedro.com

(www.tvufg.org.br/aovivo)