Entrevista com o Poeta e Escritor do “Recanto das Letras” Hermes Israel Silva, O HICS.
Uma entrevista com um apaixonado pelas palavras, Um homem que não liga para imposição do tempo, que é feliz em ser tradicional, é desencanado de conceitos estabelecidos. Simplesmente livre da obrigação de ser A ou B. Hermes Israel Silva é simplesmente de verdade, como vai ver nessa entrevista. Vale a pena curtir do começo ao fim este aprendizado que adquiri e compartilho com todos meus leitores
FB –Em seu perfil o senhor diz que veio para São Paulo aos três anos de idade e que é da cidade de Paulista – PE. Minha pergunta é: mesmo vindo tão cedo para o Sudeste consegue levar para sua vida alguma referência da sua origem nordestina? E como foi sua infância?
HICS: Bem... Havemos de convir não há muito (senão nada... rs) que nos tenha ficado registrado no disco rígido de nossa mente aos três anos de idade... O que sei é ouvir dizer por aqueles que já eram maiores à época... Porém, ficam latente que tenho “n” referências da minha origem nordestina, haja vista a convivência familiar muito apegada que tivemos e que me trazia constantes citações/recordações da vida que por lá tivemos... Um fator que reputo ao fato de ser nordestino originário de pai e mãe que muito prezavam o lado FAMÍLIA É A BASE DE TUDO, fiquei com esta virtude como uma de minhas, senão a maior, referência! Como já acima apregoei, só posso referir-me à minha infância pós-migração e creio que apesar das dificuldades, sobretudo financeiras por aqui enfrentadas, consegui ter uma infância similar aos próprios amigos (as) que tinha e que eram filhos desse pungente estado de São Paulo. Tive uma infância como todo menino migrante, alternada por momentos muitos felizes, porém, com algumas superáveis provações!
FB – Como se deu o gosto pela leitura? Teve algum incentivo? Começou cedo?
Hics: O gosto pela leitura e pela escrita se deu ainda no inicio do meu antigo Curso Primário, onde tínhamos uma única MESTRA que nos lecionava todas as disciplinas, com uma competência, dedicação e desenvoltura não muito vista nos dias atuais. Minha inesquecível primeira MESTRA Dona Rafaela, nos lecionava Português, Aritmética, Geografia, História do Brasil, Ciências, Educação Moral e Cívica e mais alguns assuntos que me fogem à memória nesse instante... rs Era de praxe, nos dias que tínhamos aulas de Português, aula sim, aula não, ela solicitar que tirássemos uma folha do nosso caderno enquanto pregava (com a antiga e velha fita adesiva que já era chamada pelo seu nome comercial durex...) no antigo quadro-negro, folhas das chamadas ‘folhinhas’ que eram ofertadas pelos empórios onde se comprava com as cadernetas quando o bom cliente acertava suas contas, que diferentemente daqueles ofertadas pelas oficinas mecânicas, borracheiros e outros ambientes comerciais, apresentavam normalmente figuras representando crianças brincando em parques, na beira de rios pescando, subindo em árvores para colher frutos, colhendo flores, etc. ... Ai, a MESTRA pedia que escrevêssemos uma redação contando o que víamos... Foi ai que aprendi que há necessidade de se ter principio, meio e fim, enquadrando-se no assunto mostrado ou contado! Rigorosa na correção, vibrávamos quando conseguíamos uma nota entre 60 e 70, haja vista a quantidade de 10 a 30 que eram distribuídos. A MESTRA realmente corrigia, verificando ‘quase tudo’ o que exige uma boa redação. O mesmo também ocorria quando o assunto por ela avaliado era a leitura... E SEMPRE nos dava boas leituras para realizar... Daí adveio o meu gosto pelo procedimento...
FB – Em seu perfil também diz ser licenciado em Matemática e fez curso de aperfeiçoamento em Análise de sistemas e graduou-se em Direito. Como foi o processo de desenvolvimento nessas áreas e o que elas trouxeram em sua vida?
Hics: Bem, vivi numa época em que era muito difícil para os jovens da classe baixa ingressar em cursos superiores, pois havia um procedimento estudantil um tanto quanto estranho! As faculdades gratuitas e consideradas as que ofereciam melhores cursos e estudos eram as estatais, sendo que as anuidades cobradas pelas faculdades particulares tornava quase impossíveis a manutenção de um filho da classe baixa se manterem por lá. Porém, os filhos das classes mais abastadas financeiramente falando, estudavam o segundo grau e posteriormente cursinhos de preparação para o ingresso aos cursos superiores em de alto nível, obviamente levando alguma vantagem em relação aos filhos das classes baixas que, via de regra, trabalhavam durante o dia e estudavam no período noturno em escolas públicas, via de regra, não situadas muito bem no ranking das boas escolas! Havia então o ingresso nas faculdades gratuitas dos alunos oriundos da classe mais abastada, restando aos alunos oriundos das classes baixas ingressarem nas faculdades pagas, o que efetivamente, quando não ocorria logo no momento das matrículas, ocorria durante o transcorrer dos primeiros meses de aulas quando a inadimplência começava a ocorrer havendo o cancelamento das matrículas por falta de pagamento das mensalidades por parte dos alunos egressos da classe baixa!
Tudo o que relatei acima se fez necessário haja vista eu ser originário da chamada classe baixa e sonhar alto, pois pretendia cursar engenharia, o que se tornou impossível por ser o curso de engenharia ministrado em período integral, tendo uma mensalidade bastante alta nas poucas faculdades particulares que ofereciam graduação na formação. Impossibilitaria que eu continuasse trabalhando e mais ainda impossibilitaria que meu sonho de graduação se concretizasse. Ai, tanto eu quanto aqueles que apresentavam a mesma condição de vida, tinham de ‘se contentar’ com graduações fora daquilo que idealizaram para suas vidas e que seguisse ao menos a área da graduação que não puderam cursar. Para o meu caso, havia na área de ciências exatas, além da engenharia, que eu não tinha possibilidade de cursar, a licenciatura plena e o bacharelado em Matemática, Física, Química e Ciências Físicas e Biológicas! Uma das principais razões era que as graduações citadas não eram em período integral, o que possibilitaria aos alunos trabalharem. O Licenciado (ou Bacharel...) em Matemática, tinha além da finalidade primeira da graduação, que era exercer o Magistério, podendo lecionar em classes dos antigos cursos ginasial, técnico e de segundo grau, também trabalhar com Estatísticas em empresas ou trabalhar na crescente Área de Processamento de Dados (Hoje chamada Área de Informática). Experimentei o Magistério e não me adaptei e resolvi tentar a segunda opção que era o Processamento de Dados, onde atuei durante 34 anos de minha vida profissional, atuando como Analista/programador e ministrando cursos técnicos na Área! Ai ‘mora’ a explicação do por que do Curso de Aperfeiçoamento em Análise de Sistemas, onde também nos aperfeiçoamos em programação!
O Curso de Direito, através do qual me graduei como Bacharel na Área, serviu-me mais como uma realização pessoal, haja vista SEMPRE ter tido curiosidade em saber até que ponto todas as piadas e maledicências que envolviam as figuras dos causídicos condiziam com alguma realidade e pretendendo atuar na área em questão fazendo às vezes de um Robin Hood moderno, onde eu atuaria defendendo causas de um povo necessitado sem achacá-los! Ao ver que grande parte do que dizem acerca dos chamados Doutores condiz com a realidade e que eu enfrentaria grandes problemas com seguir minha intenção filantrópica, resolvi recuar...
Minhas atuações, creio que assim como a de muitos cidadãos honestos (Pedindo a devida vênia pela falta de modéstia...) que seguem e já seguiram por esta vida teste, deram-me muita satisfação, trouxeram-me muitos desafios, amigos, conhecimento, decepções, mas, acima de tudo, sempre mais e mais disposição para seguir dignamente minha vida até o final de meus dias!
FB – Voltando a falar em literatura, quais são suas preferências de poetas e livros nessa categoria desde os antigos aos mais contemporâneos? E também o que poderia ser feito para desperta os jovens ao interesse pela leitura? Esta rapidez das informações proporcionada pela tecnologia atrapalha um pouco?
Hics:Na minha época dos antigos primário e ginásio, em verdade não tinha uma preferência por poetas, lendo aqui e ali, alguns poemas do José de Alencar, do Machado de Assis, Castro Alves... Na verdade eu seguia mais a linha de leitura dos escritores, com os quais mais me identificava. Li Carlos Drummond de Andrade, quase toda a coleção do Monteiro Lobato, pouca coisa do Malba Tahan... Já no segundo grau, onde cursei o antigo Curso Cientifico, direcionando os alunos que queriam seguir a linha de EXATAS, li o livro O HOMEM QUE CALCULAVA, que muito me marcou. Li bastante contos de vários títulos de escritores nacionais e internacionais, dentre os quais destaco: Sidney Sheldon, Irving Wallace, Agatha Christie, José Mauro de Vasconcelos,..., e mais recentemente Paulo Coelho, Augusto Cury...
Permitindo-me brincar um pouco por aqui, creio que se soubéssemos o que motiva a juventude para experimentar e muito ficarem sob a dependência das drogas, faríamos ‘das tripas coração’ para arrumar um antídoto que os livrasse desta verdadeira ‘roubada’! Então o segredo todo mora ai... Não sei, porém, se alguém souber o que os atrai tanto, bastante aplicar o mesmo para a curiosidade e o interesse em relação aos livros... Ai, não haveria poetas e escritores para atender tanta demanda...
Eu SEMPRE fui cercado pela curiosidade e, portanto, se ficasse sabendo quase todo o enredo de um filme, por exemplo, antes de assisti-lo, consciente ou inconscientemente perderia um pouco do elã para assisti-lo. Creio que a curiosidade em ‘conferir’ o enredo seria superada pela surpresa que me aguardaria pari passo durante a apresentação. Em sendo assim, creio que tanta rapidez, por vezes atrapalha sim um pouco em certos aspectos.
FB – Como descobriu o “Recanto das Letras”?
Hics: Tenho um sobrinho carioca que em sabendo que eu gostava ‘um pouco’ de ler, comentou comigo que havia uma amiga que escrevia em um tal Recanto das Letras e que eu poderia ir por lá para conhecer e talvez gostando também fizesse parte. Relutei um pouco, pois não julgava que tivesse know-how para estar entre pessoas de gabarito, porém, criei coragem, fui aos poucos mostrando minhas ideias e estou por lá já há quase dez anos... rs
FB – Li um texto seu postando em 1172015 com o título de “Amando-te e respeitando-te até o fim de nossas vidas!” em que demonstra uma atitude muito respeitosa e sábia diante de uma situação em que a maioria dos homens iriam se sentir vaidosos e prestigiados diante do assédio feminino não importando a mínima com o compromisso firmado de tantos anos com uma mulher. Gostaria que descrevesse aqui este fato. E dissesse como é possível manter a maturidade e o equilíbrio diante de uma situação em que maioria não se comporta dessa forma?
Hics: Esclareço que não necessariamente os casos que escrevo são fáticos... Cito como exemplo de uma concepção fática que concebi, o texto de título EU VÍ A PONTE DE ITAPUI, publicado no RL em 27/09/09 e que reputo um dos melhores, senão o melhor que escrevi! O texto acima citado também não foi fático, porém, concebi expondo certamente minha reação se fosse o personagem que criei... Veja bem, conheci minha esposa quando ela tinha uns doze anos de idade e eu dezessete... Quando ela estava com dezesseis e eu 21, iniciamos nosso namoro... Até ela não acredita, no entanto, Como afiança (e eu acredito piamente...) que fui seu primeiro namorado, eu também afianço que ela foi a minha primeira namorada! Ficou mais ou menos evidente que o destino nos queria unir e uniu. Seguimos todos os passos em direção à união da forma correta seguindo os padrões da época e juramos perante a Lei dos Homens e de Deus e mais uma ‘porção de testemunhas’, que seríamos fieis na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-nos e respeitando-nos todos os dias de nossas vidas!
FB – Em outras áreas de entretenimento o que aprecia no Cinema, teatro e TV? Ter uma família que é jornalista nessa categoria que citei acima aguça seu interesse em conhecer mais sobre personalidades?
Hics: Quando criança era ‘vidrado’ nas comédias que tinham participação do Oscarito e Grande Otelo, Ankito, Mazzaropi e em filmes de aventura de cowboys, super heróis, Tarzan, etc. Já adolescente gostava dos filmes de ação e que contavam com estrelas de grande beleza, tais como Gina Lollobrígida, Elisabeth Taylor e que uniam à beleza muito talento! Os filmes O corcunda de Notre Dame na versão que contou com o Anthony Quinn interpretando o corcunda Quasímodo e a Gina Lollobrígida como a cigana Esmeralda, O maior espetáculo da terra, Lua de Fel e Marcelino Pão e vinho, muito me marcaram! Após adulto, poucas foram minhas inserções ao cinema e só posso destacar Ben-Hur, Esposamante (Que contou com a presença da atriz Laura Antonelli e sua estonteante beleza e o impecável ator Marcello Mastroianni) e Em algum lugar do passado, no qual estiveram impecáveis os atores Christopher Reeve, Jane Seymour (Também belíssima...) como marcantes! E na TV o que mesmo me marcou foram as programações das Tevês TV Record de São Paulo na época dos festivais e programas de auditório e as jornadas esportivas dos domingos à tarde, as jovens tardes de domingo com a Jovem Guarda na TV GLOBO, os teleteatros da TV TUPY e a sofisticada programação da TV Cultura em São Paulo! Creio que independentemente de haver na família jornalista que atua ‘seguindo os passos’ de notórios elementos do show business, há certa curiosidade dos brasileiros em quase sua totalidade de saber como vivem essas ‘personalidades’. Devido o fato de termos uma filha atuando na área, tínhamos conhecimento de algumas notícias antecipadas do que somente após algum tempo foram divulgadas pela mídia. Porém, pessoalmente NUNCA tive muito interesse em conhecer mais sobre as personalidades, preferindo saber mais sobre as pessoas as quais tenho mais querência faticamente!
FB – Vivemos em uma época de grandes escândalos políticos, corruptos sendo presos, alguns bodes expiatórios, juízes com postura de pop star, população divida e o mundo (não só o Brasil), passando por uma enorme crise. Como sei que o senhor prefere não se manifestar muito em assuntos políticos resolvi elaborar esta questão perguntando como ver esta situação de uma forma geral. Acredita na idoneidade dos meios de comunicação e informações que recebemos?
Hics: Como já reiterei algumas vezes, sou um tanto quanto ‘em cima do muro’ quando o assunto é política! Fui graduar-me em Direito já com meus 67 anos de idade, pura e simplesmente para constatar ‘in loco’ se TUDO o que afiançavam acerca das pessoas que atual supostamente em busca da verdade e cumprimento da Lei seria pura verdade! Há piadas, declarações, suposições e muita coisa a mais acerca dos Advogados, Juízes, Promotores e tudo o mais envolvidos com a Lei... Tive oportunidade de transitar por muito FORO durante o período de dois anos nos quais estagiei! Durante nossa graduação, ouvimos coisas que não concordávamos de forma alguma que são efetuados pelos Doutores Advogados e algumas delas saímos entendendo o porquê de suas atuações! Como por exemplo: “Como alguém se sujeita defender um estuprador declarado de criança?”. O exercício da advocacia é um trabalho normal como qualquer outro que é realizado profissionalmente! Atua na Área Penal quem se sente confortável e tem capacidade suficiente em fazê-lo! Se aceitar defender um facínora que se enquadra no anteriormente citado, mesmo sabendo que não há como livrá-lo de uma condenação, terá de dar o melhor de si para ao menos minimizar a pena que lhe será imposta, utilizando todas as beneficies que lhe proporcionarem a Lei. Agindo segundo as normas de ética e de moral que jurou defender quando se formou, obteve sua carteira de estagiário e posteriormente, ao ser aprovado no EXAME DA ORDEM, obter sua carteira de ADVOGADO, poderá atuar com todas as suas armas no sentido de defender aquele que o contratou! Porém, constatamos que tudo não funciona exatamente como deveria ser e nos defrontamos com muita SOBERBA, pecado que dá ao homem, muito mais autonomia e ‘querer ser’ do que realmente o é! Na nossa graduação em DIREITO ainda aprendemos que todo réu não é considerado culpado enquanto houver um resquício de possibilidade que o inocente, e, por conseguinte, se não houver idoneidade e responsabilidade dos meios de comunicação que ‘fazem a cabeça’ do povo de uma forma quase geral, quando repassam informações, também deveriam ser enquadrados e responder pela calúnia, injúria, difamação que sobre aquele (a) /aqueles (as) que está (ão) sendo julgado (os) /julgada (as) rigorosamente NOS TERMOS DA LEI! Pessoalmente, fico SEMPRE ‘em cima do muro’ com TUDO aquilo que não tenho conhecimento fático!
FB-Sempre participa de saraus declamando texto de sua autoria e de outros colegas, como é a repercussão entre as pessoas que ouvem suas declamações e como funcionam estes saraus?
Hics: Em autoanálise acredito que não me torno muito enfadonho nas ocasiões que estou em frente à plateia, não declamando, mas recitando alguns textos... rs Uma das coordenadoras (Excelente em todos os aspectos, por sinal...), já me disse que gosta muito do meu modo tendendo para o diálogo, com o qual me apresento... rs Sou privilegiado (e esperto...) de recitar alguns textos da lavra de Grandes Amigos (as) que tenho e que nada deixam a desejar e que são muito aplaudidos ao final do que tem de dizer através da minha fala! Os SARAUS funcionam no esquema de um mix entre declamadores, recitadores, músicos, cantores, dançarinos, humor... E, sob o meu ponto de vista, andam melhorando a cada nova apresentação...
FB– Você demonstra sempre uma forma de se expressar politicamente correta. Diga algo que o faz sair da linha vez ou outra:
Hics: Vou direto e reto ao ponto! Quando afiançam coisas ou situações que não fiz ou não tive menção de fazer! Por exemplo: Dizer que concebi um texto fático e que partiu de minha imaginação a partir de um episódio, uma situação, algo que observei em minhas andanças, viagens, etc. Certa feita perdi uma amizade muito considerada em um dos locais que escrevia por ter sido mal interpretado em um comentário que fiz em um dos comentários que fiz acerca de situação vivida pelo meu interlocutor... Fui ‘convidado’ a não mais comunicar-me, o fiz de imediato e seguimos nossa vida sem termos mais contato... Muito desgastante para mim, mas a vida seguiu e tenho minha consciência tranquila...
Nessa sequência um jogo de perguntas e respostas rápidas, um ping pong:
FB – Um dia que ficou na memória?
Hics: Na realidade são muitos os dias que ficaram em minha memória, no entanto ouso por aqui destacar dois: O dia em que, tenra idade (7 anos de vida), vi minha mãe chorando e não sabia o porquê. Decorridos alguns anos soube que foi pelo passamento do falecido Presidente Getúlio Vargas, que era chamado o PAI DOS POBRES e o dia que eu e minha alma gêmea nos unimos pelas Leis dos Homens e de Deus há já quase 45 anos!
FB – Um medo?
Hics: Ser acusado e mesmo sem ter feito e sem serem apresentadas provas, pagar pelo que não fiz!
FB – Um fato engraçado?
Hics: Ter sido rejeitado por minha primogênita neta até ela completar por volta de seus três anos de idade, por ela manter em sua cabecinha que eu havia roubado dela a sua vovó!
FB- Um nome feio?
Hics: Se for um nome próprio não gosto de VILMA, pois une um VIL com um MÁ... Felizmente, não há maldade nas ‘donzelas’ que carregam este nome...rs Em âmbito político, o ‘nome’ CORRUPTO é algo horripilante!
FB– Palavra bonita?
Hics: AMOR!
FB – Coisa agradável de ouvir?
Hics: Você é gente de bem e do bem!
FB – Coisa que não diria para ninguém?
Hics: Quero que você morra!
FB – Plano para o futuro?
Hics: Seguir vivendo seguindo o melhor possível as premissas estabelecidas pelo Filho Unigênito do Criador quando por aqui esteve nesta nossa vida teste.
FB – Deus em sua concepção
Hics: Abençoou-me e me desejou o melhor em minha passagem por aqui!
FB– Uma mensagem aos leitores do “Recanto das Letras”:
Muito grato a todos aqueles que me tem como AMIGO e que levam em consideração minhas falhas, pobrezas de elaborações, ser muito repetitivo e que sigam coletando e compartilhando muita amizade, conhecimento, capacidade, criatividade... NAMASTÊ!
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Uma entrevista com um apaixonado pelas palavras, Um homem que não liga para imposição do tempo, que é feliz em ser tradicional, é desencanado de conceitos estabelecidos. Simplesmente livre da obrigação de ser A ou B. Hermes Israel Silva é simplesmente de verdade, como vai ver nessa entrevista. Vale a pena curtir do começo ao fim este aprendizado que adquiri e compartilho com todos meus leitores
FB –Em seu perfil o senhor diz que veio para São Paulo aos três anos de idade e que é da cidade de Paulista – PE. Minha pergunta é: mesmo vindo tão cedo para o Sudeste consegue levar para sua vida alguma referência da sua origem nordestina? E como foi sua infância?
HICS: Bem... Havemos de convir não há muito (senão nada... rs) que nos tenha ficado registrado no disco rígido de nossa mente aos três anos de idade... O que sei é ouvir dizer por aqueles que já eram maiores à época... Porém, ficam latente que tenho “n” referências da minha origem nordestina, haja vista a convivência familiar muito apegada que tivemos e que me trazia constantes citações/recordações da vida que por lá tivemos... Um fator que reputo ao fato de ser nordestino originário de pai e mãe que muito prezavam o lado FAMÍLIA É A BASE DE TUDO, fiquei com esta virtude como uma de minhas, senão a maior, referência! Como já acima apregoei, só posso referir-me à minha infância pós-migração e creio que apesar das dificuldades, sobretudo financeiras por aqui enfrentadas, consegui ter uma infância similar aos próprios amigos (as) que tinha e que eram filhos desse pungente estado de São Paulo. Tive uma infância como todo menino migrante, alternada por momentos muitos felizes, porém, com algumas superáveis provações!
FB – Como se deu o gosto pela leitura? Teve algum incentivo? Começou cedo?
Hics: O gosto pela leitura e pela escrita se deu ainda no inicio do meu antigo Curso Primário, onde tínhamos uma única MESTRA que nos lecionava todas as disciplinas, com uma competência, dedicação e desenvoltura não muito vista nos dias atuais. Minha inesquecível primeira MESTRA Dona Rafaela, nos lecionava Português, Aritmética, Geografia, História do Brasil, Ciências, Educação Moral e Cívica e mais alguns assuntos que me fogem à memória nesse instante... rs Era de praxe, nos dias que tínhamos aulas de Português, aula sim, aula não, ela solicitar que tirássemos uma folha do nosso caderno enquanto pregava (com a antiga e velha fita adesiva que já era chamada pelo seu nome comercial durex...) no antigo quadro-negro, folhas das chamadas ‘folhinhas’ que eram ofertadas pelos empórios onde se comprava com as cadernetas quando o bom cliente acertava suas contas, que diferentemente daqueles ofertadas pelas oficinas mecânicas, borracheiros e outros ambientes comerciais, apresentavam normalmente figuras representando crianças brincando em parques, na beira de rios pescando, subindo em árvores para colher frutos, colhendo flores, etc. ... Ai, a MESTRA pedia que escrevêssemos uma redação contando o que víamos... Foi ai que aprendi que há necessidade de se ter principio, meio e fim, enquadrando-se no assunto mostrado ou contado! Rigorosa na correção, vibrávamos quando conseguíamos uma nota entre 60 e 70, haja vista a quantidade de 10 a 30 que eram distribuídos. A MESTRA realmente corrigia, verificando ‘quase tudo’ o que exige uma boa redação. O mesmo também ocorria quando o assunto por ela avaliado era a leitura... E SEMPRE nos dava boas leituras para realizar... Daí adveio o meu gosto pelo procedimento...
FB – Em seu perfil também diz ser licenciado em Matemática e fez curso de aperfeiçoamento em Análise de sistemas e graduou-se em Direito. Como foi o processo de desenvolvimento nessas áreas e o que elas trouxeram em sua vida?
Hics: Bem, vivi numa época em que era muito difícil para os jovens da classe baixa ingressar em cursos superiores, pois havia um procedimento estudantil um tanto quanto estranho! As faculdades gratuitas e consideradas as que ofereciam melhores cursos e estudos eram as estatais, sendo que as anuidades cobradas pelas faculdades particulares tornava quase impossíveis a manutenção de um filho da classe baixa se manterem por lá. Porém, os filhos das classes mais abastadas financeiramente falando, estudavam o segundo grau e posteriormente cursinhos de preparação para o ingresso aos cursos superiores em de alto nível, obviamente levando alguma vantagem em relação aos filhos das classes baixas que, via de regra, trabalhavam durante o dia e estudavam no período noturno em escolas públicas, via de regra, não situadas muito bem no ranking das boas escolas! Havia então o ingresso nas faculdades gratuitas dos alunos oriundos da classe mais abastada, restando aos alunos oriundos das classes baixas ingressarem nas faculdades pagas, o que efetivamente, quando não ocorria logo no momento das matrículas, ocorria durante o transcorrer dos primeiros meses de aulas quando a inadimplência começava a ocorrer havendo o cancelamento das matrículas por falta de pagamento das mensalidades por parte dos alunos egressos da classe baixa!
Tudo o que relatei acima se fez necessário haja vista eu ser originário da chamada classe baixa e sonhar alto, pois pretendia cursar engenharia, o que se tornou impossível por ser o curso de engenharia ministrado em período integral, tendo uma mensalidade bastante alta nas poucas faculdades particulares que ofereciam graduação na formação. Impossibilitaria que eu continuasse trabalhando e mais ainda impossibilitaria que meu sonho de graduação se concretizasse. Ai, tanto eu quanto aqueles que apresentavam a mesma condição de vida, tinham de ‘se contentar’ com graduações fora daquilo que idealizaram para suas vidas e que seguisse ao menos a área da graduação que não puderam cursar. Para o meu caso, havia na área de ciências exatas, além da engenharia, que eu não tinha possibilidade de cursar, a licenciatura plena e o bacharelado em Matemática, Física, Química e Ciências Físicas e Biológicas! Uma das principais razões era que as graduações citadas não eram em período integral, o que possibilitaria aos alunos trabalharem. O Licenciado (ou Bacharel...) em Matemática, tinha além da finalidade primeira da graduação, que era exercer o Magistério, podendo lecionar em classes dos antigos cursos ginasial, técnico e de segundo grau, também trabalhar com Estatísticas em empresas ou trabalhar na crescente Área de Processamento de Dados (Hoje chamada Área de Informática). Experimentei o Magistério e não me adaptei e resolvi tentar a segunda opção que era o Processamento de Dados, onde atuei durante 34 anos de minha vida profissional, atuando como Analista/programador e ministrando cursos técnicos na Área! Ai ‘mora’ a explicação do por que do Curso de Aperfeiçoamento em Análise de Sistemas, onde também nos aperfeiçoamos em programação!
O Curso de Direito, através do qual me graduei como Bacharel na Área, serviu-me mais como uma realização pessoal, haja vista SEMPRE ter tido curiosidade em saber até que ponto todas as piadas e maledicências que envolviam as figuras dos causídicos condiziam com alguma realidade e pretendendo atuar na área em questão fazendo às vezes de um Robin Hood moderno, onde eu atuaria defendendo causas de um povo necessitado sem achacá-los! Ao ver que grande parte do que dizem acerca dos chamados Doutores condiz com a realidade e que eu enfrentaria grandes problemas com seguir minha intenção filantrópica, resolvi recuar...
Minhas atuações, creio que assim como a de muitos cidadãos honestos (Pedindo a devida vênia pela falta de modéstia...) que seguem e já seguiram por esta vida teste, deram-me muita satisfação, trouxeram-me muitos desafios, amigos, conhecimento, decepções, mas, acima de tudo, sempre mais e mais disposição para seguir dignamente minha vida até o final de meus dias!
FB – Voltando a falar em literatura, quais são suas preferências de poetas e livros nessa categoria desde os antigos aos mais contemporâneos? E também o que poderia ser feito para desperta os jovens ao interesse pela leitura? Esta rapidez das informações proporcionada pela tecnologia atrapalha um pouco?
Hics:Na minha época dos antigos primário e ginásio, em verdade não tinha uma preferência por poetas, lendo aqui e ali, alguns poemas do José de Alencar, do Machado de Assis, Castro Alves... Na verdade eu seguia mais a linha de leitura dos escritores, com os quais mais me identificava. Li Carlos Drummond de Andrade, quase toda a coleção do Monteiro Lobato, pouca coisa do Malba Tahan... Já no segundo grau, onde cursei o antigo Curso Cientifico, direcionando os alunos que queriam seguir a linha de EXATAS, li o livro O HOMEM QUE CALCULAVA, que muito me marcou. Li bastante contos de vários títulos de escritores nacionais e internacionais, dentre os quais destaco: Sidney Sheldon, Irving Wallace, Agatha Christie, José Mauro de Vasconcelos,..., e mais recentemente Paulo Coelho, Augusto Cury...
Permitindo-me brincar um pouco por aqui, creio que se soubéssemos o que motiva a juventude para experimentar e muito ficarem sob a dependência das drogas, faríamos ‘das tripas coração’ para arrumar um antídoto que os livrasse desta verdadeira ‘roubada’! Então o segredo todo mora ai... Não sei, porém, se alguém souber o que os atrai tanto, bastante aplicar o mesmo para a curiosidade e o interesse em relação aos livros... Ai, não haveria poetas e escritores para atender tanta demanda...
Eu SEMPRE fui cercado pela curiosidade e, portanto, se ficasse sabendo quase todo o enredo de um filme, por exemplo, antes de assisti-lo, consciente ou inconscientemente perderia um pouco do elã para assisti-lo. Creio que a curiosidade em ‘conferir’ o enredo seria superada pela surpresa que me aguardaria pari passo durante a apresentação. Em sendo assim, creio que tanta rapidez, por vezes atrapalha sim um pouco em certos aspectos.
FB – Como descobriu o “Recanto das Letras”?
Hics: Tenho um sobrinho carioca que em sabendo que eu gostava ‘um pouco’ de ler, comentou comigo que havia uma amiga que escrevia em um tal Recanto das Letras e que eu poderia ir por lá para conhecer e talvez gostando também fizesse parte. Relutei um pouco, pois não julgava que tivesse know-how para estar entre pessoas de gabarito, porém, criei coragem, fui aos poucos mostrando minhas ideias e estou por lá já há quase dez anos... rs
FB – Li um texto seu postando em 1172015 com o título de “Amando-te e respeitando-te até o fim de nossas vidas!” em que demonstra uma atitude muito respeitosa e sábia diante de uma situação em que a maioria dos homens iriam se sentir vaidosos e prestigiados diante do assédio feminino não importando a mínima com o compromisso firmado de tantos anos com uma mulher. Gostaria que descrevesse aqui este fato. E dissesse como é possível manter a maturidade e o equilíbrio diante de uma situação em que maioria não se comporta dessa forma?
Hics: Esclareço que não necessariamente os casos que escrevo são fáticos... Cito como exemplo de uma concepção fática que concebi, o texto de título EU VÍ A PONTE DE ITAPUI, publicado no RL em 27/09/09 e que reputo um dos melhores, senão o melhor que escrevi! O texto acima citado também não foi fático, porém, concebi expondo certamente minha reação se fosse o personagem que criei... Veja bem, conheci minha esposa quando ela tinha uns doze anos de idade e eu dezessete... Quando ela estava com dezesseis e eu 21, iniciamos nosso namoro... Até ela não acredita, no entanto, Como afiança (e eu acredito piamente...) que fui seu primeiro namorado, eu também afianço que ela foi a minha primeira namorada! Ficou mais ou menos evidente que o destino nos queria unir e uniu. Seguimos todos os passos em direção à união da forma correta seguindo os padrões da época e juramos perante a Lei dos Homens e de Deus e mais uma ‘porção de testemunhas’, que seríamos fieis na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-nos e respeitando-nos todos os dias de nossas vidas!
FB – Em outras áreas de entretenimento o que aprecia no Cinema, teatro e TV? Ter uma família que é jornalista nessa categoria que citei acima aguça seu interesse em conhecer mais sobre personalidades?
Hics: Quando criança era ‘vidrado’ nas comédias que tinham participação do Oscarito e Grande Otelo, Ankito, Mazzaropi e em filmes de aventura de cowboys, super heróis, Tarzan, etc. Já adolescente gostava dos filmes de ação e que contavam com estrelas de grande beleza, tais como Gina Lollobrígida, Elisabeth Taylor e que uniam à beleza muito talento! Os filmes O corcunda de Notre Dame na versão que contou com o Anthony Quinn interpretando o corcunda Quasímodo e a Gina Lollobrígida como a cigana Esmeralda, O maior espetáculo da terra, Lua de Fel e Marcelino Pão e vinho, muito me marcaram! Após adulto, poucas foram minhas inserções ao cinema e só posso destacar Ben-Hur, Esposamante (Que contou com a presença da atriz Laura Antonelli e sua estonteante beleza e o impecável ator Marcello Mastroianni) e Em algum lugar do passado, no qual estiveram impecáveis os atores Christopher Reeve, Jane Seymour (Também belíssima...) como marcantes! E na TV o que mesmo me marcou foram as programações das Tevês TV Record de São Paulo na época dos festivais e programas de auditório e as jornadas esportivas dos domingos à tarde, as jovens tardes de domingo com a Jovem Guarda na TV GLOBO, os teleteatros da TV TUPY e a sofisticada programação da TV Cultura em São Paulo! Creio que independentemente de haver na família jornalista que atua ‘seguindo os passos’ de notórios elementos do show business, há certa curiosidade dos brasileiros em quase sua totalidade de saber como vivem essas ‘personalidades’. Devido o fato de termos uma filha atuando na área, tínhamos conhecimento de algumas notícias antecipadas do que somente após algum tempo foram divulgadas pela mídia. Porém, pessoalmente NUNCA tive muito interesse em conhecer mais sobre as personalidades, preferindo saber mais sobre as pessoas as quais tenho mais querência faticamente!
FB – Vivemos em uma época de grandes escândalos políticos, corruptos sendo presos, alguns bodes expiatórios, juízes com postura de pop star, população divida e o mundo (não só o Brasil), passando por uma enorme crise. Como sei que o senhor prefere não se manifestar muito em assuntos políticos resolvi elaborar esta questão perguntando como ver esta situação de uma forma geral. Acredita na idoneidade dos meios de comunicação e informações que recebemos?
Hics: Como já reiterei algumas vezes, sou um tanto quanto ‘em cima do muro’ quando o assunto é política! Fui graduar-me em Direito já com meus 67 anos de idade, pura e simplesmente para constatar ‘in loco’ se TUDO o que afiançavam acerca das pessoas que atual supostamente em busca da verdade e cumprimento da Lei seria pura verdade! Há piadas, declarações, suposições e muita coisa a mais acerca dos Advogados, Juízes, Promotores e tudo o mais envolvidos com a Lei... Tive oportunidade de transitar por muito FORO durante o período de dois anos nos quais estagiei! Durante nossa graduação, ouvimos coisas que não concordávamos de forma alguma que são efetuados pelos Doutores Advogados e algumas delas saímos entendendo o porquê de suas atuações! Como por exemplo: “Como alguém se sujeita defender um estuprador declarado de criança?”. O exercício da advocacia é um trabalho normal como qualquer outro que é realizado profissionalmente! Atua na Área Penal quem se sente confortável e tem capacidade suficiente em fazê-lo! Se aceitar defender um facínora que se enquadra no anteriormente citado, mesmo sabendo que não há como livrá-lo de uma condenação, terá de dar o melhor de si para ao menos minimizar a pena que lhe será imposta, utilizando todas as beneficies que lhe proporcionarem a Lei. Agindo segundo as normas de ética e de moral que jurou defender quando se formou, obteve sua carteira de estagiário e posteriormente, ao ser aprovado no EXAME DA ORDEM, obter sua carteira de ADVOGADO, poderá atuar com todas as suas armas no sentido de defender aquele que o contratou! Porém, constatamos que tudo não funciona exatamente como deveria ser e nos defrontamos com muita SOBERBA, pecado que dá ao homem, muito mais autonomia e ‘querer ser’ do que realmente o é! Na nossa graduação em DIREITO ainda aprendemos que todo réu não é considerado culpado enquanto houver um resquício de possibilidade que o inocente, e, por conseguinte, se não houver idoneidade e responsabilidade dos meios de comunicação que ‘fazem a cabeça’ do povo de uma forma quase geral, quando repassam informações, também deveriam ser enquadrados e responder pela calúnia, injúria, difamação que sobre aquele (a) /aqueles (as) que está (ão) sendo julgado (os) /julgada (as) rigorosamente NOS TERMOS DA LEI! Pessoalmente, fico SEMPRE ‘em cima do muro’ com TUDO aquilo que não tenho conhecimento fático!
FB-Sempre participa de saraus declamando texto de sua autoria e de outros colegas, como é a repercussão entre as pessoas que ouvem suas declamações e como funcionam estes saraus?
Hics: Em autoanálise acredito que não me torno muito enfadonho nas ocasiões que estou em frente à plateia, não declamando, mas recitando alguns textos... rs Uma das coordenadoras (Excelente em todos os aspectos, por sinal...), já me disse que gosta muito do meu modo tendendo para o diálogo, com o qual me apresento... rs Sou privilegiado (e esperto...) de recitar alguns textos da lavra de Grandes Amigos (as) que tenho e que nada deixam a desejar e que são muito aplaudidos ao final do que tem de dizer através da minha fala! Os SARAUS funcionam no esquema de um mix entre declamadores, recitadores, músicos, cantores, dançarinos, humor... E, sob o meu ponto de vista, andam melhorando a cada nova apresentação...
FB– Você demonstra sempre uma forma de se expressar politicamente correta. Diga algo que o faz sair da linha vez ou outra:
Hics: Vou direto e reto ao ponto! Quando afiançam coisas ou situações que não fiz ou não tive menção de fazer! Por exemplo: Dizer que concebi um texto fático e que partiu de minha imaginação a partir de um episódio, uma situação, algo que observei em minhas andanças, viagens, etc. Certa feita perdi uma amizade muito considerada em um dos locais que escrevia por ter sido mal interpretado em um comentário que fiz em um dos comentários que fiz acerca de situação vivida pelo meu interlocutor... Fui ‘convidado’ a não mais comunicar-me, o fiz de imediato e seguimos nossa vida sem termos mais contato... Muito desgastante para mim, mas a vida seguiu e tenho minha consciência tranquila...
Nessa sequência um jogo de perguntas e respostas rápidas, um ping pong:
FB – Um dia que ficou na memória?
Hics: Na realidade são muitos os dias que ficaram em minha memória, no entanto ouso por aqui destacar dois: O dia em que, tenra idade (7 anos de vida), vi minha mãe chorando e não sabia o porquê. Decorridos alguns anos soube que foi pelo passamento do falecido Presidente Getúlio Vargas, que era chamado o PAI DOS POBRES e o dia que eu e minha alma gêmea nos unimos pelas Leis dos Homens e de Deus há já quase 45 anos!
FB – Um medo?
Hics: Ser acusado e mesmo sem ter feito e sem serem apresentadas provas, pagar pelo que não fiz!
FB – Um fato engraçado?
Hics: Ter sido rejeitado por minha primogênita neta até ela completar por volta de seus três anos de idade, por ela manter em sua cabecinha que eu havia roubado dela a sua vovó!
FB- Um nome feio?
Hics: Se for um nome próprio não gosto de VILMA, pois une um VIL com um MÁ... Felizmente, não há maldade nas ‘donzelas’ que carregam este nome...rs Em âmbito político, o ‘nome’ CORRUPTO é algo horripilante!
FB– Palavra bonita?
Hics: AMOR!
FB – Coisa agradável de ouvir?
Hics: Você é gente de bem e do bem!
FB – Coisa que não diria para ninguém?
Hics: Quero que você morra!
FB – Plano para o futuro?
Hics: Seguir vivendo seguindo o melhor possível as premissas estabelecidas pelo Filho Unigênito do Criador quando por aqui esteve nesta nossa vida teste.
FB – Deus em sua concepção
Hics: Abençoou-me e me desejou o melhor em minha passagem por aqui!
FB– Uma mensagem aos leitores do “Recanto das Letras”:
Muito grato a todos aqueles que me tem como AMIGO e que levam em consideração minhas falhas, pobrezas de elaborações, ser muito repetitivo e que sigam coletando e compartilhando muita amizade, conhecimento, capacidade, criatividade... NAMASTÊ!
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