Plinio Almeida - Repórter e Apresentador (TV Globo PB - Cabo Branco TV)

Hoje temos a honra de entrevistar para o site recanto das letras o

repórter da TV GLOBO Paraíba, afiliada TV Cabo Branco. Plinio Almeida,

que tem se destacado cada vez mais no cenário jornalístico paraibano.

Plinio, antes de tudo é um prazer poder entrevistar você para o site

recanto das letras.

1-Você nasceu em Pesqueira, Pernambuco. O que tem a dizer sobre a

cidade de origem sua e sobre a época de infância?

R- Pesqueira é uma cidade de apenas 70 mil habitantes, mas muito importante no contexto histórico e econômico do interior de Pernambuco. Tem arquitetura bonita, casarios antigos. Havia fábricas importantes e muito movimento. Estudei grande parte da vida lá em um colégio de freiras, o Santa Dorotéia. Ao mesmo tempo, o tom provinciano próprio e até rural era uma constante, ainda mais porque minha família tem um sítio, onde eu sempre estive aproveitando a natureza e ajudando no que podia. Infância muito simples e, por isso mesmo, das melhores.

2- Quais as diferenças que encontrou do estado da Paraíba para o estado

do Pernambuco?

R- Acho os dois estados muito semelhantes na essência, principalmente do Interior. Costumes do semiárido, a vida rural em muitas localidades, a gastronomia. As capitais são bem distintas em tamanho e manifestações culturais. Mas a maior diferença que me impactou foi como as pessoas respiram Política. Aqui na Paraíba tudo se politiza, gerando animosidades.

3- Conversando com um engenheiro da Caixa de Pernambuco, o mesmo me

falou que lá, algumas casas são aprovadas de toda maneira, com a fossa

na calçada e que lá são aceitas devido as dificuldades de bairros mais

carentes. Aqui na Paraíba as exigências são maiores segundo ele, o que

um governante mais precisa ter e fazer na sua avaliação diante de

tantas dificuldades e desafios, para poder organizar o estado do

Pernambuco e mantê-lo entre as maiores potências do Nordeste e do

Brasil?

R- Sinceramente, não tenho informações muito precisas sobre áreas técnicas e processos burocráticos como os citados. Mas sei que Pernambuco tem suas falhas, assim como a Paraíba, embora meu estado de origem seja mais vigoroso economicamente e tenha seu nome marcado na história como um dos que sempre se destacaram nesta área no Nordeste, assim como na Política Nacional. O desafio é o mesmo de Nordeste inteiro: fazer mais com menos recursos, usando criatividade e ética na Administração Pública.

4-Qual reportagem mais lhe emocionou?

R- Falei disso há poucos dias nas comemorações dos 30 anos das Tv´s Cabo Branco e Paraíba. A reportagem mais emocionante foi, na verdade, uma série sobre a seca, gravada no início de 2012. Percorremos mais de 1500 quilômetros no interior da Paraíba, nos deparando com muitos cemitérios de animais a céu aberto e sertanejos chorando, passando todo tipo de necessidade. Um drama humano muito forte.

5- Como chegou a TV Cabo Branco?

R- Eu trabalhava já na TV Paraíba, empresa irmã, em Campina Grande, há três anos. Foi quando decidi me mudar para a Capital para emcampar o projeto familiar. Meu filho estava perto de nascer. Consegui uma vaga e nela estou há quatro anos.

6- Você teve problemas com uma cirurgia de Apendicite, chegou a fazer

outros procedimentos para ficar bem, conte-nos como foi este desafio

da sua vida? Foi o maior desafio?

R- (Risos) Eu até achava, até um tempo desse, que foi o maior desafio. Mas hoje não sinto mais assim. Foi duro, pois minha apendicite chegou ao grau máximo de complicações. Fiz três cirurgias para poder escapar. Tinha só 18 anos. Mas penso, hoje, que me terminar a faculdade foi também muito difícil; a missão da paternidade, apesar de divina, também não é nada fácil. Enfim, a existência inteira é um desafio e nos exige grandes esforços, sejam eles por situações agudas (como minha apendicite) ou outras contínuas e próprias do curso da vida.

7-Qual a sua melhor matéria na época na TV Paraíba (Afiliada da TV

Globo em Campina Grande)?

R- "Vozes da Seca", que citei acima.

8- Qual local você sonha em conhecer?

R- Não sou de muitas viagens, mas gosto quando consigo sair uns dias para algum lugar, perto ou mais longe. Diria que não há um lugar que eu sonhe em conhecer. Vou criando a vontade de uma hora para outra e tentando pavimentar o caminho até lá. Mas posso falar que não tenho como meta sempre o exterior ou lugares muito famosos.

9- E o pequeno Miguel? Como foi este desafio de ser pai?

R- O melhor e maior de todos. Pai de primeira viagem sofre um pouco nessa adaptação, precisa mudar bastante a rotina que tinha se quiser ser responsável. Agora que ele tem quase quatro anos estamos numa fase linda. Ele é bem esperto, entende muita coisa, já questiona bastante e confia muito em mim. Isso cria uma mágica na relação que me faz esquecer toda a parte mais trabalhosa para focar na alegria de ser pai. Agradeço a Deus todos os dias por Miguel.

10- Para quem você tira o chapéu?

R- Para qualquer pessoa ética e honesta que busque o bem nas suas relações familiares, nas amizades, no trabalho e com o meio ambiente.

11-Qual sua opinião sem citar preferências claro, sobre estes quatro

nomes políticos, Bolsonaro, Cássio Cunha Lima, Dilma e Michel Temer?

R- Não tenho como dar opinião sobre políticos, haja vista a natureza da minha profissão. Mas estou entre os brasileiros que querem muito as mudanças neste país para vê-lo mais decente, pois como está não há mais condições. E o povo brasileiro está se dando conta disso.

12- Acredita em vida após a morte?

R- Para mim ela é uma certeza.

13-Quais seus planos para o futuro?

R- Estar sempre perto da minha família e cuidar bem dela, que tenho como prioridade. É mais importante que tudo. No âmbito profissional, sou feliz pelo que já conquistei, mas não fecho portas e acho que nossa vida pode ser dinâmica neste sentido.

14-Acredita no amor eterno?

R- O amor verdadeirto, em qualquer tipo de relação humana, é eterno.

15-Qual seria a solução para as guerras em Allepo (Síria), Bagdá

(Iraque),dentre outras...?

R- Não sou habilitado a dar soluções em tema tão grave. Mas vejo que os grandes especialistas falam sempre em diálogo, em ceder em alguns pontos para ganhar em outros. Mas penso que no bojo de tudo isso está a ganância, a falta de humanidade. E enquanto isso não acabar os grandes flagelos humanos vão continuar.

16-Qual foi o maior problema que teve de enfrentar em alguma

reportagem seja ao vivo ou gravada?

R- Algumas ameaças, gente do poder público que não facilita as informações ou acessos a locais porque quer esconder maus feitos. E tem também aqueles dias em que não estamos muito legais, seja pelo cansaço ou outra circunstância pessoal. Aí dá um branco ao vivo (risos) ou um texto não sai bom quanto deveria.

17-Já pensou em ter um programa próprio?

R- Fui apresentador substituto algumas vezes nas férias de colegas. Apresentei também alguns programas de supetão, por causa de alguma intercorrência. Nunca surgiu oportunidade de apresentação fixa nem sei se vai acontecer. Mas afirmo que gosto muito da rua, de andar por lugares diferentes todos os dias, de conhecer gente nova, de ver os fatos (alguns históricos), se desenrolando na minha frente e ter a missão de reportá-los para a população. Foi isso que me motivou a ser repórter de TV e não sei se estou preparado para deixar de lado.

Agradeço demais a Plinio Almeida, repórter da TV Globo / TV Cabo

Branco (afiliada) da Paraíba. Desejo sorte e sucesso. Espero que a

Globo Nacional leia esta entrevista e lhe chame, pois, sem rasgar seda

és o melhor repórter do nordeste , entre os homens!

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 20/12/2016
Código do texto: T5858966
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