ENTREVISTA - Entrevistador: Christiano Nunes
ENTREVISTA
Perguntas feitas por Christiano Nunes, ao poeta JAKOB (Jacob Aprendiz), que o mais desconhecido no Brasil, no mundo e arredores. Vamos saber dele algumas coisas, qual a sua opinião e o que representa a literatura na sua vida.
Comecei falando dele já numa brincadeira, porque sei que ele gosta muito de brincar com as palavras e com os versos. Gosta muito de postar poesias com humor.
CHRISTIANO NUNES – Jacob, desde quando começou a escrever? Antes de entrar para o Recanto das Letras, já postava em algum outro site?
JACOB APRENDIZ – Não postava em nenhum outro site. Desde muito novo, muito pequeno. Eu era um menino tímido, não conseguia expressar minhas ideias porque sabia que as pessoas não aceitariam e além do mais e sofria muito bullyng o que na época a gente falava era deboche e tirar sarro. Isso atrapalhou muito a minha vida. Tinha vergonha de tudo e de todos. O quê eu fazia? Sentava-me num canto e começava expressar no papel, isto é, escrever o que eu sentia.
C. N. – Você mostrava para alguém o que escrevia?
J. A. – Não. Nem pra minha mãe, porque ela dizia que era falta de serviço, falta de ter o que fazer.
C. N. - Quem você se lembra de ter sido a primeira pessoa que leu teus escritos?
J. A. – Minha professora do Primário. Foi assim: Eu tinha facilidade pra fazer redação. Eu fiz uma poesia no caderno, arranquei a folha e dei a ela. Depois participei de uma homenagem para o dia das mães daquele ano. Ela e a diretora gostaram. E foi a única que me incentivou a continuar escrevendo.
C. N. – Chegou a pensar algo muito negativo? Talvez praticar uma coisa errada?
J. A. – Sim. Nunca usei drogas. Só conheço isso na televisão. Uma época eu tive a curiosidade em usar, mas não cheguei a isso. A pessoa a quem falei e que teria a maconha pra me arrumar, aconselhou-me a nunca fazer isso, porque seria a maior burrada da minha vida. Quando eu tinha lá meus 18 ou 19 anos (não faz muito tempo rs), eu tinha vontade de tirar minha própria vida. Mas queria uma morte que eu não sofresse. Sentia muita rejeição e perguntava por que nasci? Peguei uma corda e fui pra me enforcar, na hora minha coragem sumiu. E graças a Deus estou aqui. Leio bastante a Bíblia Sagrada. Isso me dá forças para viver.
C. N. – Você falou da Bíblia Sagrada. O que é a Bíblia Sagrada para você?
J. A. – Difícil dizer, mas pra mim é uma bússola que me orienta. Já li toda ela, várias vezes.
C. N. – E como se libertou da timidez?
J. A. Li um livro chamado O VALOR DO PENSAMENTO POSITIVO de Norman Vincent Peale. Ali ele orienta que não devemos temer. Devemos entregar nossos problemas a Deus e se esforçar pra fazer a nossa parte. O que não está no nosso alcance, está no alcance de Deus. Isso me ajudou e ainda me ajuda. Quando desanimo, às vezes fico sem vontade de escrever, mas lembro desses sábios conselhos.
C. N. – A última pergunta. Por que adotou como sobrenome, Aprendiz? Jacob Aprendiz?
J. A. – É simples. Sou um eterno aprendiz. Só deixamos de aprender algo quando morremos.
C. N. - Jacob Aprendiz. Obrigado pela atenção, assim as pessoas que te leem ficarão conhecendo um pouco mais de você. E o que passou, vai servir para alguém. Uma mensagem nas entrelinhas.