Entrevista com o Poeta e Escritor Sô Lalá. Por Fábio Brandão.
F B--- Vamos começar revelando seu nome de batismo e contando como foi sua infância e onde você foi criado.
Sô Lalá---Meu nome de batismo; Lair Estanislau Alves. Fui nascido na zona rural de Santo Estevão, hoje Iapu. De um ano até os dez, passei por Entre Folhas, Santa Maria do Baixio e São João do Oriente, por aí se vê que meu pai tinha alma de cigano. Minha infância foi vivida com as dificuldades da época, como filho de lavrador, que dependia do sol e chuva para o cultivo de alimentos. Ouvia-se dos meus pais , avos e tios as turbulências causadas pela a segunda guerra mundial. Diziam que faltavam querosene e sal. Minha mãe iluminava a casa com azeite de mamona num treco chamado de candeeiro. Aos sete anos, meu pai (incavou) uma enxadinha e me dava tarefa de eito para capinar ao redor de casa.
F B--- Começou sua relação com a literatura?
Sô Lalá--- Por incrível que pareça comecei na literatura aos quatro anos,kkk. Não sei se era para mim, mas apareceu lá em casa uma cartilha pré –primária, tinha a estampa de um menino e uma menina, Lalá e Lili. Eu e minha irmã, brincávamos de professor e aluna, decoramos Lalá e Lili e só ficava nisso. Um tio muito pândego “tio Geraldo” apelidou-me de Lalá e minha irmã de Lili. Essa minha irmã faleceu em 1989. Meu primeiro contato com a poesia, foi através de cordéis e trovas.
F B---O interesse pelas questões do País se deu em que época?
Sô Lalá--- Para ser franco demorei a sair da alienação, mesmo na maturidade, por vários motivos; meus pais eram fies seguidores dos dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, conservadorismo a flor da pele, o comunismo era como ( fome, peste e guerra). Na juventude política era como torcer por futebol. Me lembro da fase getulista de meu pai, ele com lágrimas nos olhos quando do suicídio de Getulio Vargas. Para dizer a verdade aquilo não fazia sentido no meu âmago, aborrecido sim, pela tristeza de meu pai. Um ano depois eu estava servindo o Exército no Rio de Janeiro. E como fora recomendado pelo o Comandante do Batalhão, no quartel era proibido discutir política, religião e futebol.
F B--- Você tem um irmão que é o escritor e poeta JEstanislau Filho, vocês trocam informações sobre o que vocês escrevem e sobre questões do País e da política?
Sô Lalá--- O mano José foi o primeiro da família a descobrir o outro lado da política e combateu com unhas e dentes a politicagem, esse lado podre desta bela ciência. Foi um dos fundadores do PT em Contagem MG. J Estanislau Filho teve oportunidade de estudar, mesmo por ter vocação para os estudos. Eu aos 28 anos tirei o diploma de quarto ano primário, o admissão e arranhei no primeiro ano ginasial. É evidente que por conta própria procurei ampliar conhecimentos. JEstanislau Filho é um autêntico Comedor de Livros, os conhecimentos acadêmicos dele são fantásticos. Sempre colho dele pérolas literárias, que muito me ajuda na construção de meus textos. Tinha muito medo de escrever, medo de barrigada na linguagem, ele me disse; “ não importa como você escreve, o importante é passar sua mensagem.”. Por termos sentimentos socialistas, sofremos com este Capitalismo Selvagem e essa direita retrógada. Também não poderia esquecer de citar meu outro irmão Carlos José da Silva, um forte militante petista.
F B---Como lida com as divergências de ideologias com as pessoas de sua convivência? Isto acontece no ambiente familiar também?
Sô Lalá---Divergências tiro de letra, desde de que sejam civilizadas, já bati de frente com energúmenos com ataques pessoais. Sempre dou exemplo do Tarso Genro do PT e sua filha Luciana Genro do Psol, ela sempre batendo na Dilma. Tarso já fez elogios a filha via TV. Tenho dois sobrinhos que não votaram na Dilma em 2014. Brinco com eles chamando-os de traíras. Eles são fãs de carteirinha do Lula e Marília Campos. Eles não votam em partidos, votam em pessoas, o que não deixa de ser positivo.
F B--- Porque existe tanta intolerância de ideologias e desrespeito as posições políticas?
Sô Lalá--- Essa intolerância foi surgida da inveja, daí a propagação do ódio. Como pode um metalúrgico de poucos estudos fazer o melhor governo dos últimos 60 anos. Fazer coisas que a direita não conseguiu fazer em 500 anos! Pensaram; vamos acabar com ele e a Dilma. O GOLPE começou quando o “não vai ter copa”.
F B--- Como era o Brasil em sua percepção antes da administração Lula e Dilma?
Antes do governo Lula e Dilma, o povão não tinha voz e nem vez. Hoje se vê pobre viajando de avião, nas universidades. As demandas sociais eram resolvidas de cima para baixo. Hoje temos o Orçamento Participativo, onde a população vota as obras prioritárias, onde precisa de um Posto de Saúde não é uma quadra esportiva. Com o “ OP” municipal a periferia aumentaram significadamente redes de águas e esgotos.
FB--- Como você enxerga o rumo que está tomando estas questões da nossa atualidade política?
Sô Lalá--- Caminhamos para o caus. Os pobres serão mais afetados. O que vem por aí, é a plutocracia.
FB---Você acha que teremos o impeachment da nossa Presidente Dilma?
Sô Lalá--- Acho que só um milagre para barrar o GOLPE.
FB--- Acredita que a militância petista tem condições de derrubar o que ela acredita ser um grande golpe da mídia?
Sô Lalá... Acredito na luta. Quando fazendo cursinhos de noções capitalistas, socialistas, trabalhistas e sindicalistas, o professor parafraseando Shakespeare, dizia; “ A direita tem muita mais força de que sonha nossa vã filosofia”. A direita articula este golpe desde 2003. No meu entender a cúpula do PT cochilou, descansou no poder. Agora barrar o o golpe, só por milagre.
FB--- Quais são suas referências na literatura e quais as pessoas públicas que mais admira?
Sô Lalá---Não sou de ler muito, durante meus quase 80 anos devo ter lido uns 100 livros. Li muitos jornais, sempre jornais alternativo, conhecidamente por imprensa nanica. Hoje a internet me satisfaz. Pessoas atuais que admiro; Luiz Inácio Lula Da Silva, Dilma Vana Rousséff, Leonardo Boff, Marilena Chuauí e muitos outros. Mas tem que puxando brasa para minha sardinha,é o poeta JEstanislau Filho.
F B----Com o afastamento do mandato do Cunha, pode-se ter alguma expectativa de que o pedido do impeachment seja arquivado?
Sô Lalá----Acho muito difícil arquivar esse processo de impeachment. A direita o cercou por todos lados jurídicos. E quem acreditar que o STF está imparcial nesse é muito bobo. O golpe foi bem GOLPE foi bem golpeado.
FB----Alguns setores da sociedade,viu em nomes como Sérgio Moro e Joaquim Barbosa uma possibilidade de moralização nesse País. Você enxerga como instrumento de golpe.
Sô Lalá----Moralização por estes dois senhores é coisa de piadistas. Eles só querem demonizar o PT! São dois lacaios. Joaquim Barbosa já envolveu em corrupção sobre um apartamento em Miami. Sérgio blinda o PSDB e delação que não tem petista, ele diz “Não vem ao caso” A esposa dele é filiada do PSDB. Com esses dois é golpe a vista.
FB---Parte da população está contra a Presidente Dilma, o que você acha que move estas pessoas? Preconceito social ou indignação?
Sô Lalá---- Preconceitos e indignação são os alicerces do ódio. Sem dúvida, o PIG, Partido da Imprensa Golpista, é o veículo para espalhar o ódio. Para a Rede Globo o Brasil é uma merda e os complexo de Vira-latas acreditam.
FB----Aposta em Lula como opção para a corrida presidencial em 2018? Se ele estiver complicado com a justiça não ficaria inviável esta candidatura, acha que isto é realmente manobra para que Lula não possa concorrer?
Sô Lalá---- Sem dúvida há um complô para Lula não possa concorrer as eleições de 2018. Como já venho dizendo, aposto no Lula em qualquer situação; Lula preso é Mandela. Assassinado é Getulio Vargas. Livre é presidente da república em Primeiro de Janeiro de 2019! Em impedimento de não poder candidatar, a quem ele apoiar, fatura a Presidência no primeiro turno.
FB---Tem expectativa de um bom futuro para o nosso País?
Sô Lalá---Tenho certeza que vamos superar essa crise muito mais maquiado de caos para implantar o Golpe. A rede Globo que o diga.
FB---Quais são suas referências na literatura e quais pessoas públicas que mais admira?
Sô Lalá--- Sem citar pessoas póstumas na Literatura, vejo Leonardo Boff, Florestan Fernandes Jr, Verísssimo, Marilene Chauí. Aqui em BH tem um escritor muito bom, gosto das suas obras; Manuel Lobato. Pessoas públicas; Lula, Dilma Rousséff, Chico Buarque, Lucélia Santos, Cristina Pereira, Papa Francisco, esses são alguns exemplos.
FB----O que aprecia na música, no cinema e na TV?
Sô Lalá---Sou bastante eclético em música. Aprecio a música clássica, MPB e sertanejas de raízes.. No cinema empolgo-me com os épicos. TV aberta nem pensar, pertence a Rede PIG!..
FB---Como conheceu o “Recanto das Letras.”?
Sô Lalá---Quem me falou do “Recanto das letras.” Foi o mano José Estanislau Filho. Me inscreveu e deu-me as primeiras coordenadas.
FB---- Que mensagem gostaria de deixar aos nossos colegas e leitores do “Recanto das Letras”?
Sô Lalá---A luta continua companheiros!!! Não vamos baixar a cabeça para os fascistas.
Obrigado Fábio Brandão, pela a oportunidade de expor meus ideias e sentimentos.
Lair Estanislau Alves.
Entrevista com o Poeta e Escritor Sô Lalá.
Por Fábio Brandão.
F B--- Vamos começar revelando seu nome de batismo e contando como foi sua infância e onde você foi criado.
Sô Lalá---Meu nome de batismo; Lair Estanislau Alves. Fui nascido na zona rural de Santo Estevão, hoje Iapu. De um ano até os dez, passei por Entre Folhas, Santa Maria do Baixinho e São João do Oriente, por aí se vê que meu pai tinha alma de cigano. Minha infância foi vivida com as dificuldades da época, como filho de lavrador, que dependia do sol e chuva para o cultivo de alimentos. Ouvia-se dos meus pais , avos e tios as turbulências causadas pela a segunda guerra mundial. Diziam que faltavam querosene e sal. Minha mãe iluminava a casa com azeite de mamona num treco chamado de candeeiro. Aos sete anos, meu pai (incavou) uma enxadinha e me dava tarefa de eito para capinar ao redor de casa.
F B--- Começou sua relação com a literatura?
Sô Lalá--- Por incrível que pareça comecei na literatura aos quatro anos,kkk. Não sei se era para mim, mas apareceu lá em casa uma cartilha pré –primária, tinha a estampa de um menino e uma menina, Lalá e Lili. Eu e minha irmã, brincávamos de professor e aluna, decoramos Lalá e Lili e só ficava nisso. Um tio muito pândego “tio Geraldo” apelidou-me de Lalá e minha irmã de Lili. Essa minha irmã faleceu em 1989. Meu primeiro contato com a poesia, foi através de cordéis e trovas.
F B---O interesse pelas questões do País se deu em que época?
Sô Lalá--- Para ser franco demorei a sair da alienação, mesmo na maturidade, por vários motivos; meus pais eram fies seguidores dos dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, conservadorismo a flor da pele, o comunismo era como ( fome, peste e guerra). Na juventude política era como torcer por futebol. Me lembro da fase getulista de meu pai, ele com lágrimas nos olhos quando do suicídio de Getulio Vargas. Para dizer a verdade aquilo não fazia sentido no meu âmago, aborrecido sim, pela tristeza de meu pai. Um ano depois eu estava servindo o Exército no Rio de Janeiro. E como fora recomendado pelo o Comandante do Batalhão, no quartel era proibido discutir política, religião e futebol.
F B--- Você tem um irmão que é o escritor e poeta JEstanislau Filho, vocês trocam informações sobre o que vocês escrevem e sobre questões do País e da política?
Sô Lalá--- O mano José foi o primeiro da família a descobrir o outro lado da política e combateu com unhas e dentes a politicagem, esse lado podre desta bela ciência. Foi um dos fundadores do PT em Contagem MG. J Estanislau Filho teve oportunidade de estudar, mesmo por ter vocação para os estudos. Eu aos 28 anos tirei o diploma de quarto ano primário, o admissão e arranhei no primeiro ano ginasial. É evidente que por conta própria procurei ampliar conhecimentos. JEstanislau Filho é um autêntico Comedor de Livros, os conhecimentos acadêmicos dele são fantásticos. Sempre colho dele pérolas literárias, que muito me ajuda na construção de meus textos. Tinha muito medo de escrever, medo de barrigada na linguagem, ele me disse; “ não importa como você escreve, o importante é passar sua mensagem.”. Por termos sentimentos socialistas, sofremos com este Capitalismo Selvagem e essa direita retrógada. Também não poderia esquecer de citar meu outro irmão Carlos José da Silva, um forte militante petista.
F B---Como lida com as divergências de ideologias com as pessoas de sua convivência? Isto acontece no ambiente familiar também?
Sô Lalá---Divergências tiro de letra, desde de que sejam civilizadas, já bati de frente com energúmenos com ataques pessoais. Sempre dou exemplo do Tarso Genro do PT e sua filha Luciana Genro do Psol, ela sempre batendo na Dilma. Tarso já fez elogios a filha via TV. Tenho dois sobrinhos que não votaram na Dilma em 2014. Brinco com eles chamando-os de traíras. Eles são fãs de carteirinha do Lula e Marília Campos. Eles não votam em partidos, votam em pessoas, o que não deixa de ser positivo.
F B--- Porque existe tanta intolerância de ideologias e desrespeito as posições políticas?
Sô Lalá--- Essa intolerância foi surgida da inveja, daí a propagação do ódio. Como pode um metalúrgico de poucos estudos fazer o melhor governo dos últimos 60 anos. Fazer coisas que a direita não conseguiu fazer em 500 anos! Pensaram; vamos acabar com ele e a Dilma. O GOLPE começou quando o “não vai ter copa”.
F B--- Como era o Brasil em sua percepção antes da administração Lula e Dilma?
Antes do governo Lula e Dilma, o povão não tinha voz e nem vez. Hoje se vê pobre viajando de avião, nas universidades. As demandas sociais eram resolvidas de cima para baixo. Hoje temos o Orçamento Participativo, onde a população vota as obras prioritárias, onde precisa de um Posto de Saúde não é uma quadra esportiva. Com o “ OP” municipal a periferia aumentaram significadamente redes de águas e esgotos.
FB--- Como você enxerga o rumo que está tomando estas questões da nossa atualidade política?
Sô Lalá--- Caminhamos para o caus. Os pobres serão mais afetados. O que vem por aí, é a plutocracia.
FB---Você acha que teremos o impeachment da nossa Presidente Dilma?
Sô Lalá--- Acho que só um milagre para barrar o GOLPE.
FB--- Acredita que a militância petista tem condições de derrubar o que ela acredita ser um grande golpe da mídia?
Sô Lalá... Acredito na luta. Quando fazendo cursinhos de noções capitalistas, socialistas, trabalhistas e sindicalistas, o professor parafraseando Shakespeare, dizia; “ A direita tem muita mais força de que sonha nossa vã filosofia”. A direita articula este golpe desde 2003. No meu entender a cúpula do PT cochilou, descansou no poder. Agora barrar o o golpe, só por milagre.
FB--- Quais são suas referências na literatura e quais as pessoas públicas que mais admira?
Sô Lalá---Não sou de ler muito, durante meus quase 80 anos devo ter lido uns 100 livros. Li muitos jornais, sempre jornais alternativo, conhecidamente por imprensa nanica. Hoje a internet me satisfaz. Pessoas atuais que admiro; Luiz Inácio Lula Da Silva, Dilma Vana Rousséff, Leonardo Boff, Marilena Chuauí e muitos outros. Mas tem que puxando brasa para minha sardinha,é o poeta JEstanislau Filho.
F B----Com o afastamento do mandato do Cunha, pode-se ter alguma expectativa de que o pedido do impeachment seja arquivado?
Sô Lalá----Acho muito difícil arquivar esse processo de impeachment. A direita o cercou por todos lados jurídicos. E quem acreditar que o STF está imparcial nesse é muito bobo. O golpe foi bem GOLPE foi bem golpeado.
FB----Alguns setores da sociedade,viu em nomes como Sérgio Moro e Joaquim Barbosa uma possibilidade de moralização nesse País. Você enxerga como instrumento de golpe.
Sô Lalá----Moralização por estes dois senhores é coisa de piadistas. Eles só querem demonizar o PT! São dois lacaios. Joaquim Barbosa já envolveu em corrupção sobre um apartamento em Miami. Sérgio blinda o PSDB e delação que não tem petista, ele diz “Não vem ao caso” A esposa dele é filiada do PSDB. Com esses dois é golpe a vista.
FB---Parte da população está contra a Presidente Dilma, o que você acha que move estas pessoas? Preconceito social ou indignação?
Sô Lalá---- Preconceitos e indignação são os alicerces do ódio. Sem dúvida, o PIG, Partido da Imprensa Golpista, é o veículo para espalhar o ódio. Para a Rede Globo o Brasil é uma merda e os complexo de Vira-latas acreditam.
FB----Aposta em Lula como opção para a corrida presidencial em 2018? Se ele estiver complicado com a justiça não ficaria inviável esta candidatura, acha que isto é realmente manobra para que Lula não possa concorrer?
Sô Lalá---- Sem dúvida há um complô para Lula não possa concorrer as eleições de 2018. Como já venho dizendo, aposto no Lula em qualquer situação; Lula preso é Mandela. Assassinado é Getulio Vargas. Livre é presidente da república em Primeiro de Janeiro de 2019! Em impedimento de não poder candidatar, a quem ele apoiar, fatura a Presidência no primeiro turno.
FB---Tem expectativa de um bom futuro para o nosso País?
Sô Lalá---Tenho certeza que vamos superar essa crise muito mais maquiado de caos para implantar o Golpe. A rede Globo que o diga.
FB---Quais são suas referências na literatura e quais pessoas públicas que mais admira?
Sô Lalá--- Sem citar pessoas póstumas na Literatura, vejo Leonardo Boff, Florestan Fernandes Jr, Verísssimo, Marilene Chauí. Aqui em BH tem um escritor muito bom, gosto das suas obras; Manuel Lobato. Pessoas públicas; Lula, Dilma Rousséff, Chico Buarque, Lucélia Santos, Cristina Pereira, Papa Francisco, esses são alguns exemplos.
FB----O que aprecia na música, no cinema e na TV?
Sô Lalá---Sou bastante eclético em música. Aprecio a música clássica, MPB e sertanejas de raízes.. No cinema empolgo-me com os épicos. TV aberta nem pensar, pertence a Rede PIG!..
FB---Como conheceu o “Recanto das Letras.”?
Sô Lalá---Quem me falou do “Recanto das letras.” Foi o mano José Estanislau Filho. Me inscreveu e deu-me as primeiras coordenadas.
FB---- Que mensagem gostaria de deixar aos nossos colegas e leitores do “Recanto das Letras”?
Sô Lalá---A luta continua companheiros!!! Não vamos baixar a cabeça para os fascistas.
Obrigado Fábio Brandão, pela a oportunidade de expor meus ideias e sentimentos.
Lair Estanislau Alves.
Entrevista com o Poeta e Escritor Sô Lalá.
Por Fábio Brandão.
F B--- Vamos começar revelando seu nome de batismo e contando como foi sua infância e onde você foi criado.
Sô Lalá---Meu nome de batismo; Lair Estanislau Alves. Fui nascido na zona rural de Santo Estevão, hoje Iapu. De um ano até os dez, passei por Entre Folhas, Santa Maria do Baixinho e São João do Oriente, por aí se vê que meu pai tinha alma de cigano. Minha infância foi vivida com as dificuldades da época, como filho de lavrador, que dependia do sol e chuva para o cultivo de alimentos. Ouvia-se dos meus pais , avos e tios as turbulências causadas pela a segunda guerra mundial. Diziam que faltavam querosene e sal. Minha mãe iluminava a casa com azeite de mamona num treco chamado de candeeiro. Aos sete anos, meu pai (incavou) uma enxadinha e me dava tarefa de eito para capinar ao redor de casa.
F B--- Começou sua relação com a literatura?
Sô Lalá--- Por incrível que pareça comecei na literatura aos quatro anos,kkk. Não sei se era para mim, mas apareceu lá em casa uma cartilha pré –primária, tinha a estampa de um menino e uma menina, Lalá e Lili. Eu e minha irmã, brincávamos de professor e aluna, decoramos Lalá e Lili e só ficava nisso. Um tio muito pândego “tio Geraldo” apelidou-me de Lalá e minha irmã de Lili. Essa minha irmã faleceu em 1989. Meu primeiro contato com a poesia, foi através de cordéis e trovas.
F B---O interesse pelas questões do País se deu em que época?
Sô Lalá--- Para ser franco demorei a sair da alienação, mesmo na maturidade, por vários motivos; meus pais eram fies seguidores dos dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, conservadorismo a flor da pele, o comunismo era como ( fome, peste e guerra). Na juventude política era como torcer por futebol. Me lembro da fase getulista de meu pai, ele com lágrimas nos olhos quando do suicídio de Getulio Vargas. Para dizer a verdade aquilo não fazia sentido no meu âmago, aborrecido sim, pela tristeza de meu pai. Um ano depois eu estava servindo o Exército no Rio de Janeiro. E como fora recomendado pelo o Comandante do Batalhão, no quartel era proibido discutir política, religião e futebol.
F B--- Você tem um irmão que é o escritor e poeta JEstanislau Filho, vocês trocam informações sobre o que vocês escrevem e sobre questões do País e da política?
Sô Lalá--- O mano José foi o primeiro da família a descobrir o outro lado da política e combateu com unhas e dentes a politicagem, esse lado podre desta bela ciência. Foi um dos fundadores do PT em Contagem MG. J Estanislau Filho teve oportunidade de estudar, mesmo por ter vocação para os estudos. Eu aos 28 anos tirei o diploma de quarto ano primário, o admissão e arranhei no primeiro ano ginasial. É evidente que por conta própria procurei ampliar conhecimentos. JEstanislau Filho é um autêntico Comedor de Livros, os conhecimentos acadêmicos dele são fantásticos. Sempre colho dele pérolas literárias, que muito me ajuda na construção de meus textos. Tinha muito medo de escrever, medo de barrigada na linguagem, ele me disse; “ não importa como você escreve, o importante é passar sua mensagem.”. Por termos sentimentos socialistas, sofremos com este Capitalismo Selvagem e essa direita retrógada. Também não poderia esquecer de citar meu outro irmão Carlos José da Silva, um forte militante petista.
F B---Como lida com as divergências de ideologias com as pessoas de sua convivência? Isto acontece no ambiente familiar também?
Sô Lalá---Divergências tiro de letra, desde de que sejam civilizadas, já bati de frente com energúmenos com ataques pessoais. Sempre dou exemplo do Tarso Genro do PT e sua filha Luciana Genro do Psol, ela sempre batendo na Dilma. Tarso já fez elogios a filha via TV. Tenho dois sobrinhos que não votaram na Dilma em 2014. Brinco com eles chamando-os de traíras. Eles são fãs de carteirinha do Lula e Marília Campos. Eles não votam em partidos, votam em pessoas, o que não deixa de ser positivo.
F B--- Porque existe tanta intolerância de ideologias e desrespeito as posições políticas?
Sô Lalá--- Essa intolerância foi surgida da inveja, daí a propagação do ódio. Como pode um metalúrgico de poucos estudos fazer o melhor governo dos últimos 60 anos. Fazer coisas que a direita não conseguiu fazer em 500 anos! Pensaram; vamos acabar com ele e a Dilma. O GOLPE começou quando o “não vai ter copa”.
F B--- Como era o Brasil em sua percepção antes da administração Lula e Dilma?
Antes do governo Lula e Dilma, o povão não tinha voz e nem vez. Hoje se vê pobre viajando de avião, nas universidades. As demandas sociais eram resolvidas de cima para baixo. Hoje temos o Orçamento Participativo, onde a população vota as obras prioritárias, onde precisa de um Posto de Saúde não é uma quadra esportiva. Com o “ OP” municipal a periferia aumentaram significadamente redes de águas e esgotos.
FB--- Como você enxerga o rumo que está tomando estas questões da nossa atualidade política?
Sô Lalá--- Caminhamos para o caus. Os pobres serão mais afetados. O que vem por aí, é a plutocracia.
FB---Você acha que teremos o impeachment da nossa Presidente Dilma?
Sô Lalá--- Acho que só um milagre para barrar o GOLPE.
FB--- Acredita que a militância petista tem condições de derrubar o que ela acredita ser um grande golpe da mídia?
Sô Lalá... Acredito na luta. Quando fazendo cursinhos de noções capitalistas, socialistas, trabalhistas e sindicalistas, o professor parafraseando Shakespeare, dizia; “ A direita tem muita mais força de que sonha nossa vã filosofia”. A direita articula este golpe desde 2003. No meu entender a cúpula do PT cochilou, descansou no poder. Agora barrar o o golpe, só por milagre.
FB--- Quais são suas referências na literatura e quais as pessoas públicas que mais admira?
Sô Lalá---Não sou de ler muito, durante meus quase 80 anos devo ter lido uns 100 livros. Li muitos jornais, sempre jornais alternativo, conhecidamente por imprensa nanica. Hoje a internet me satisfaz. Pessoas atuais que admiro; Luiz Inácio Lula Da Silva, Dilma Vana Rousséff, Leonardo Boff, Marilena Chuauí e muitos outros. Mas tem que puxando brasa para minha sardinha,é o poeta JEstanislau Filho.
F B----Com o afastamento do mandato do Cunha, pode-se ter alguma expectativa de que o pedido do impeachment seja arquivado?
Sô Lalá----Acho muito difícil arquivar esse processo de impeachment. A direita o cercou por todos lados jurídicos. E quem acreditar que o STF está imparcial nesse é muito bobo. O golpe foi bem GOLPE foi bem golpeado.
FB----Alguns setores da sociedade,viu em nomes como Sérgio Moro e Joaquim Barbosa uma possibilidade de moralização nesse País. Você enxerga como instrumento de golpe.
Sô Lalá----Moralização por estes dois senhores é coisa de piadistas. Eles só querem demonizar o PT! São dois lacaios. Joaquim Barbosa já envolveu em corrupção sobre um apartamento em Miami. Sérgio blinda o PSDB e delação que não tem petista, ele diz “Não vem ao caso” A esposa dele é filiada do PSDB. Com esses dois é golpe a vista.
FB---Parte da população está contra a Presidente Dilma, o que você acha que move estas pessoas? Preconceito social ou indignação?
Sô Lalá---- Preconceitos e indignação são os alicerces do ódio. Sem dúvida, o PIG, Partido da Imprensa Golpista, é o veículo para espalhar o ódio. Para a Rede Globo o Brasil é uma merda e os complexo de Vira-latas acreditam.
FB----Aposta em Lula como opção para a corrida presidencial em 2018? Se ele estiver complicado com a justiça não ficaria inviável esta candidatura, acha que isto é realmente manobra para que Lula não possa concorrer?
Sô Lalá---- Sem dúvida há um complô para Lula não possa concorrer as eleições de 2018. Como já venho dizendo, aposto no Lula em qualquer situação; Lula preso é Mandela. Assassinado é Getulio Vargas. Livre é presidente da república em Primeiro de Janeiro de 2019! Em impedimento de não poder candidatar, a quem ele apoiar, fatura a Presidência no primeiro turno.
FB---Tem expectativa de um bom futuro para o nosso País?
Sô Lalá---Tenho certeza que vamos superar essa crise muito mais maquiado de caos para implantar o Golpe. A rede Globo que o diga.
FB---Quais são suas referências na literatura e quais pessoas públicas que mais admira?
Sô Lalá--- Sem citar pessoas póstumas na Literatura, vejo Leonardo Boff, Florestan Fernandes Jr, Verísssimo, Marilene Chauí. Aqui em BH tem um escritor muito bom, gosto das suas obras; Manuel Lobato. Pessoas públicas; Lula, Dilma Rousséff, Chico Buarque, Lucélia Santos, Cristina Pereira, Papa Francisco, esses são alguns exemplos.
FB----O que aprecia na música, no cinema e na TV?
Sô Lalá---Sou bastante eclético em música. Aprecio a música clássica, MPB e sertanejas de raízes.. No cinema empolgo-me com os épicos. TV aberta nem pensar, pertence a Rede PIG!..
FB---Como conheceu o “Recanto das Letras.”?
Sô Lalá---Quem me falou do “Recanto das letras.” Foi o mano José Estanislau Filho. Me inscreveu e deu-me as primeiras coordenadas.
FB---- Que mensagem gostaria de deixar aos nossos colegas e leitores do “Recanto das Letras”?
Sô Lalá---A luta continua companheiros!!! Não vamos baixar a cabeça para os fascistas.
Obrigado Fábio Brandão, pela a oportunidade de expor meus ideias e sentimentos.
Lair Estanislau Alves.